Extraído do site : https://www.segs.com.br/educacao/125713-estudante-de-goiania-representara-o-brasil-em-copa-do-mundo-de-fisica-na-china
Vinicius de Alcântara Névoa, de 16 anos, integra a delegação brasileira que disputará o IYPT 2018, conhecido como a Copa do Mundo de Física, em Pequim, de 19 a 26 de julho
Aos 16 anos, Vinicius de Alcântara Névoa, aluno do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Arena, escola parceira do Sistema de Ensino Poliedro em Goiânia (GO), integrou a equipe que venceu o IYPT Brasil, competição científica para estudantes do Ensino Médio. “A competição nacional, que antecede o mundial, foi bastante acirrada, mas conseguimos nos sobressair e chegar à final, em que desempenhamos muito bem, o que nos fez conquistar a medalha de ouro”, aponta Vinicius.
Após ver sua equipe ser campeã geral desta
disputa, ele integra a seleta delegação de cinco jovens brasileiros que em
alguns dias chegarão à capital da China, Pequim, para competir no International
Young Physicists' Tournament (IYPT). Será uma semana de intensas disputas nas
Physics Fights, sessões em que as equipes de 32 países debatem as resoluções
apresentadas para determinados problemas.
“Uma equipe desafia a outra com perguntas. E aí
tem o Physics Fights, quando as duas equipes disputam oralmente sobre a
questão. A resposta é avaliada pela equipe observadora e o corpo de jurados dá
as notas. O IYPT se difere de outras competições, para o qual nos preparamos
fazendo experimentos e com a base teórica muito forte”, explica Samuel Araújo,
conhecido como professor Argentino, diretor do Colégio Arena.
Construir um sismógrafo, uma Fonte de Heron ou
válvula de Tesla, investigar e explicar alguns fenômenos naturais, como quando
se tira uma foto de uma lanterna brilhando à noite e podem ser observados raios
de luz emanando do centro da lanterna, são alguns exemplos dos desafios abertos
e de natureza investigativa apresentados aos estudantes no torneio científico.
“O Vinicius é um rapaz que tem uma trajetória
muito forte em Física, Química e Matemática. Ele é muito bom mesmo em Ciências
Exatas e se tornou uma referência em Goiânia. Exerceu a função de capitão do
grupo, coordenou as estratégias de competição, fundamentais para garantir o bom
desempenho”, afirma o professor Argentino.
“Desde criança Vinicius já falava que seria
cientista e demonstrava altas habilidades. Por exemplo, a partir dos três anos
quando íamos à praia, ao invés do típico castelo de areia, ele preferia
construir um Relógio de Sol ou algo nessa linha. Ele é um jovem com altas
habilidades e bastante curioso. Já ganhou inúmeras medalhas em competições e
além de ser autodidata, aprende e gosta muito do Colégio e do método de ensino
lá adotado”, enfatiza a mãe do aluno, Ivana Alcântara Névoa.
E Vinicius se recorda bem como surgiu o
interesse por física ainda na infância. “Desde pequeno sou muito curioso,
sempre fiz muitas perguntas e ainda faço. E quando criança tinha o costume de
fazer experimentos. Me interessava por saber como uma geladeira funciona, o que
não é muito comum, mas é importante para desenvolver conhecimento de mundo”.
“Há sete anos participo como professor e
orientador. Já tive duas equipes que foram medalhistas de prata e dois alunos
indicados para competições internacionais. Só que Goiás nunca havia vencido uma
competição da IYPT como primeiro lugar, como foi este ano no Brasil, em que
vencemos 24 times. Estamos animados, pois a nossa perspectiva é buscar medalha
no mundial. Países muito fortes são tidos como favoritos, mas o Brasil está
correndo por fora e bem”, aponta o diretor e responsável pelo departamento de
olimpíadas cientificas do Colégio Arena.
As expectativas são elevadas. “É uma grande
responsabilidade e me sinto muito feliz por essa chance de carregar a bandeira
do País em uma competição que envolve o mundo inteiro. Vamos fazer nosso
melhor, pois temos treinado para este objetivo”, avalia o estudante.
A escola respira olimpíadas científicas.
“Vinicius e os outros alunos do Arena têm treinamentos específicos, acesso a
aulas e livros avançados. Investimos na capacitação diferenciada de
professores. Nosso objetivo é tornar Goiânia um polo de competições
científicas”, indica o professor.
Sobre o torneio
Em 12 edições realizadas do Torneio Nacional,
cerca de 200 equipes já disputaram as Physics Fights oficiais no país. Desde
2010, segue formato semelhante ao do Torneio Internacional. Entre dezenas de
versões do IYPT realizadas pelo mundo, há alguns anos a brasileira consolida-se
como a maior. Em 2017, os brasileiros conquistaram a terceira medalha de prata
nos últimos cinco anos, o que assegurou ao país a posição de protagonismo no
cenário internacional.
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