Extraído do site : https://www.almanaquedospais.com.br/direitos-aluno-com-sindrome-de-down/
Aluno com Síndrome de
Down tem direito a atendimento educacional especializado e professor auxiliar,
em sala de aula comum, dentro de um sistema regular de ensino
Recentemente fui
procurada, em meu escritório, por uma mãe, cujo filho está na mesma escola
(conceituada em sua cidade), desde os 05 meses.
A criança está com 11 anos e já fora obrigada a reprovar uma vez de
série por “não estar preparada para seguir em sua escolaridade junto de seus
antigos amigos”. A mãe aceitou a retenção de série proposta no Terceiro ano do
Ensino Fundamental. Não deveria. A criança não deveria ter sido retida.
Apesar da criança estar
se desenvolvendo relativamente bem para a sua condição, nestes dois últimos
anos, a mãe vem percebendo que seu filho poderia estar sendo muito melhor
estimulado e se desenvolvendo muito mais do que está. Isto, se ele tivesse em
sala de aula, uma professora auxiliar, para lhe dar o atendimento que ele tem
direito. Ocorre que a escola acha que a criança não precisa de um professor
auxiliar. A criança não precisa de uma professora auxiliar, ou a escola é que
não quer oferecer este profissional sob suas expensas ? Claro, se ela admitir
isto, terá que desembolsar às suas expensas a referida professora ! A mãe já
paga, por conta própria, um valor para contratar uma terapeuta ocupacional que
acompanha a criança em somente 04 das 25 aulas que a criança tem por semana.
Este custo não deve ser desembolsado pelos pais do aluno que tem deficiência. E
sim pela escola !
O currículo
Para garantir que os
alunos com síndrome de Down tenham acesso ao currículo, é possível que várias
atividades e objetivos tenham que ser modificados e adaptados para o seu nível
de compreensão e desenvolvimento.
Embora isso possa
significar que o aluno com síndrome de Down esteja trabalhando em um nível
muito diferente dos seus colegas, não significa que o assunto, tema ou objetivo
seja diferente. Em alguns casos, pode ser necessária a adaptação para um
formato de texto em leitura fácil, como foco em uma palavra-chave ou conceito
específico. Em outros, pode significar simplesmente a oferta de apoio ou
explicação adicional.
Como pessoas com
síndrome de Down aprendem com mais facilidade por meio dos estímulos visuais,
as atividades, ideias e conceitos devem ser diferenciadas e reforçadas
visualmente. Sempre que possível, deve-se relacioná-los a experiências do dia a
dia[1].
A linguagem
frequentemente terá que ser simplificada e o vocabulário específico de certa
área precisará ser esclarecido. Métodos alternativos de registro dos trabalhos
deverão ser considerados para compensar dificuldades na escrita. O ideal é
montar sequências de imagens e/ou palavras e colá-las ou armazená-las nos
livros do aluno, além de oferecer textos com espaços em branco para que ele
complete.
No que se refere à
avaliação, deve-se ter em conta que não se trata de avaliar a criança, mas sim
as situações de aprendizagem que foram oferecidas. Isso significa dizer que a
expectativa em relação à aprendizagem da criança deve estar sempre vinculada às
oportunidades e experiências que foram oferecidas a ela.
Devido a dificuldades de
fala, linguagem e memória, alunos com síndrome de Down têm grande dificuldade
para aprender por meio de professores que usam apenas a palavra falada. No
entanto, eles aprendem bem por meio de professores que usam abordagens visuais
ou multissensoriais. Daí porque a necessidade de um professor auxiliar, em sala
de aula, para ajudar o aluno com Síndrome de Down em sua aprendizagem.
Estratégias específicas
de avaliação individualizada podem ser necessárias para alguns alunos com
síndrome de Down. Elas devem ser desenvolvidas, mas sugere-se que sejam
utilizadas o mínimo possível. A criança com síndrome de Down deve estar o
máximo de tempo possível em situações de aprendizagem junto com seus colegas de
turma.
Sugere-se que o Plano de
Aprendizagem Individual parta dos objetivos de desenvolvimento propostos pela
escola para a turma na qual a criança com síndrome de Down está matriculada. O
importante é que ele seja motivado e apoiado para avançar sempre na mesma
direção dos seus colegas.
É inegável que a ordem
jurídica vigente garante à criança com Síndrome de Down direito ao atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, já que
portadora de deficiência. O Direito à educação especial que é garantido às
pessoas com deficiência, de acordo com artigos 208, III, da Constituição
Federal e 58, da LDB[2]. Direito garantido, ademais, pelo Estatuto da Pessoa
com Deficiência[3] e Resoluções do Conselho Nacional e Estaduais de Educação.
Não aceitemos de braços cruzados que a criança seja preterida em seu direito.
[1]Extraído do site :
http://www.movimentodown.org.br/2013/05/o-curriculo/
[2] Lei de Diretrizes
Básicas da Educação
[3] Lei Nº 13.146, DE 6
DE JULHO DE 2015.
boa noite poderia me tira uma duvida. eu tenho essa semana pra fazer matricula da minha filha que tem síndrome de down. e eu nao sei qual a opicao coloca na matricula de inscrição...
ResponderExcluirtenho 3 opicoes
1 altas habilidades / superdotada
2 deficiencia itelectual
3 deficiencia multipla
vou fica muito feliz que vc poder me ajuda
iTem 2 - deficiêcia intelectual.
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