Extraído
do site : http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2015/01/justica-autoriza-estudante-de-14-anos-cursar-medicina-na-ufs.html
Ele fez prova de proficiência e conseguiu certificado do ensino médio.
O
estudante de Itabaiana José Victor que com apenas 14 anos de idade conquistou pontuação suficiente no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) para cursar medicina na Universidade Federal de
Sergipe (UFS) conseguiu na Justiça o direito de fazer uma prova de proficiência
especial para comprovar seus conhecimentos nas disciplinas referentes ao ensino
médio, em virtude da pouca idade e
de ainda estar cursando o primeiro ano do ensino médio. Ele foi submetido
ao teste realizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) nesta
quarta-feira (28), foi aprovado, recebeu o certificado de conclusão do
ensino médio e está apto a fazer a matrícula na universidade.
“Estou
muito feliz e me sinto preparado para o desafio”, comemora José Victor.
O estudante cursava o
primeiro ano do ensino médio
na Escola Estadual Murilo Braga. Ele teve média final de 751,16 pontos no Enem
e ainda fez 960 pontos na prova de redação, com isso, José Victor conquistou uma das 100 vagas para o curso de medicina da
UFS e no grupo inscrito, que é o das escolas públicas, ficou em 7º lugar. Com o certificado de conclusão do ensino médio
ele vai poder fazer a matrícula no sábado (31).
O direito de fazer a prova
foi concedido em caráter de liminar
pelo juiz titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Itabaiana, Alberto Romeu
Gouveia Leite.
"Ontem
ficamos sabendo através do nosso advogado que a liminar foi concedida em favor
do José Victor e seguimos com o documento para a Secretaria de Estado da
Educação, onde ele fez em seguida uma
prova de proeficiência com 120 questões de todas as disciplinas e uma
redação. Ele foi aprovado e recebeu
certificado do ensino médio que o habilita a fazer matrícula na UFS”,
orgulha-se o pai, José Mendonça Teles.
A
assessoria de imprensa da SEED confirmou que o estudante fez a prova e foi
aprovado.
ENEM
Ele conquistou a pontuação necessária para pleitear vaga no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do fim do ano passado e aguardava a decisão da Justiça para autorizar a utilização da nota como comprovação de conclusão do 2º grau e, se selecionado, já iniciar as aulas do curso superior.
O jovem que teve um desempenho considerado
exemplar ainda cursava o 1º ano do ensino médio. A média final foi de
750,98, na redação a nota foi 960,0.
“Minha
pontuação foi suficiente para entrar para o curso de medicina no segundo lugar
no Grupo E, de escolas públicas e com renda livre, sem distinção de classe
social”, afirma o adolescente.
O
garoto sempre quis ser médico e sabia que para isso teria que se esforçar. Ele
estudou assuntos que ainda não viu na escola para fazer o exame que tem
conteúdos de todo o Ensino Médio. “Passei o ano passado estudando para o Enem,
além do conteúdo dado em sala de aula. Era
uma média de três horas por dia só resolvendo questões de provas anteriores,
sem dúvida a técnica para estudar e armazenar o conhecimento foram decisivas
para o meu desempenho. É preciso saber
organizar o tempo e também se preparar para saber como será a prova no dia”,
destaca.
A disciplina e o interesse
pelo conhecimento surgiu em casa com o incentivo dos pais que são professores da rede estadual de português
e inglês. “Eles me deram dicas de como me organizar e procurei vídeo-aulas na internet, livros complementares e fui a algumas
aulas do curso pré-vestibular da Secretaria de Estado da Educação (Seed)
por fora, mesmo sem estar matriculado, como aluno assistente”, revela. O esforço também teve recompensa em 2014,
quando José Victor foi medalhista na Olimpíada Brasileira de Matemática de
Escolas Públicas (Obemep).
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