Extraído do site :
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/sao-competencias-nao-cognitivas-777484.shtml
Autonomia,
estabilidade emocional, sociabilidade, capacidade de superar fracassos,
curiosidade e perseverança são algumas habilidades não-cognitivas

HABILIDADES NÃO-COGNITIVAS
O que são
competências não-cognitivas?
Qual é a fórmula para que alunos tenham sucesso em suas vidas? Durante muito tempo,
inteligência, capacidade de resolver problemas e raciocínio lógico foram as
respostas para essa pergunta. Até por isso, todas as avaliações educacionais
atuais visam medir essas competências,
conhecidas como cognitivas, por estarem ligadas ao conhecimento.
Exemplo máximo é o PISA, organizado pela OCDE e que compara o desempenho de
estudantes de 65 economias mundiais em Leitura, Matemática e Ciências.
Mas um novo elemento foi recentemente
adicionado à equação do sucesso individual dos alunos. Diversas pesquisas
mostraram que não basta dominar Português e Matemática, por exemplo, se o
indivíduo não souber se relacionar com os outros, não for determinado e não
conseguir controlar suas emoções, entre outras características da personalidade.
São as competências
não-cognitivas ou socioemocionais, como chamam os educadores:
autonomia, estabilidade emocional, sociabilidade, capacidade de superar
fracassos, curiosidade, perseverança…
"Não há uma lista fechada de quais são essas competências, mas os pesquisadores descobriram que para as pessoas serem felizes e terem uma carreira bem-sucedida, esse tipo de habilidade importa tanto quanto o saber fazer coisas", explicou Daniel Santos, economista e consultor do Instituto Ayrton Senna (IAS), que organizou em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) o primeiro teste em escala para a avaliação dessas habilidades não-cognitivas.
"Queremos que essa primeira avaliação nos ajude a compreender como
cada um desses fatores impacta a aprendizagem dos estudantes", afirma
Mozart Ramos Neves, diretor de inovação do Instituto. Os resultados da
avaliação, aplicada em 55 mil alunos da rede estadual do Rio de Janeiro, serão
divulgados em março de 2014. A OCDE, que também coordena o PISA, tem interesse
em fazer um estudo longitudinal das competências não-cognitivas em diferentes
países, isto é, o intuito é acompanhar grupos de alunos ao longo do tempo para
entender como a escola pode favorecer o desenvolvimento das habilidades
não-cognitivas e como isso altera a aprendizagem.
Habilidades que ajudam na aprendizagem
O que as pesquisas estão descobrindo agora, pais e professores já sabiam
há tempos. Sem esforço, organização, dedicação e boa sociabilidade, mesmo um
aluno inteligentíssimo terá dificuldades em ter uma vida estudantil e
profissional bem sucedida. Por outro lado, um aluno com alguma dificuldade de
aprendizagem pode compensar com perseverança, disciplina e maturidade emocional
para dar a volta por cima. "Esses traços do caráter e da personalidade dos
alunos fazem toda a diferença para que não só aprendam mais, mas também para
que não desistam dos estudos e de seus sonhos", explica Santos.
E a melhor parte é que essas características não são talentos natos, mas
podem ser aprendidas em qualquer momento da vida. "As pessoas têm
predisposições, há crianças que são mais expansivas e outras mais retraídas,
por exemplo. No entanto, é a interação com as pessoas de sua convivência que
vai estimular ou não sua sociabilidade", explica a professora de
Psicologia Clínica e do Desenvolvimento da Unesp (Universidade Estadual de São
Paulo) Alessandra Turini Bolsoni Silva.
Apesar de a vivência escolar mostrar a importância dessas habilidades no
dia a dia, os especialistas avaliam que é necessário haver um programa
intencional e estruturado em forma de política pública para que haja resultados
positivos em todas as escolas.
A princípio, a ideia de colocar mais temas a serem trabalhados em sala
pelos professores parece desfocar a busca por uma educação de qualidade. Até
porque neste quesito ainda estamos bem atrasados. Só lembrar que, no PISA 2012,
ficamos em 58º lugar dentre os 65 participantes. Porém, as pesquisas deixaram
claro que o desenvolvimento das habilidades não-cognitivas colaboram
diretamente para uma boa aprendizagem dos alunos. "Integrar as
não-cognitivas talvez seja um caminho para alavancar o sucesso escolar dessas
crianças", diz Mozart Neves.
Depois de um extenso estudo bibliográfico, o Instituto Ayrton Senna em
parceria com a OCDE, agrupou seis habilidades não-cognitivas mais importantes
para serem avaliadas. Confira quais são, aqui neste link do “Educar para
Crescer” :
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