Para a corretora Célia Amancio, 42, católica
praticante, a escolha do colégio Pio XII (na zona oeste) para os filhos se
baseou nas ações sociais promovidas pela pastoral, como visitas a asilos.
"Ser praticante não é apenas ir à
missa aos domingos, mas fazer ações sociais durante o ano todo", afirma
ela, que é mãe de Pedro Henrique, 13, e João Vitor, 8.
A empresária Valéria Tessaro, 40, aprova a
linha do Santa Maria, na zona sul, onde Maria Eduarda, 11, e Luiz Gustavo, 7,
estudam. Ela destaca como característica o desestímulo ao consumismo.
"Eles são rigorosíssimos em relação
ao uniforme. Estojo, agenda, é tudo padronizado do colégio. Não tem essa de
aluno querer se destacar mais que o outro", diz.
Célia
Amancio, 42, com os filhos Pedro Henrique, 13, e João Vitor, 8, no Pio XII
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Outro ponto positivo, na visão dela, é a
restrição que o colégio impõe a que colegas permaneçam na mesma sala de aula em
anos seguidos.
"Eles acham que você não pode se
identificar apenas com a mesma pessoa. Você tem que estar preparado para lidar
com a diversidade no mundo", afirma Valéria.
De acordo com a pesquisa Datafolha, 22%
das escolas consultadas em São Paulo possuem ensino religioso.
Muitas atraem famílias por serem
tradicionais ou por terem bom desempenho em indicadores de ensino.
Porém, segundo Roseli Fischmann,
coordenadora de pós-graduação em educação da Universidade Metodista, a opção
por esse tipo de instituição só deve ocorrer se os pais têm a mesma visão.
"Se a criança aprende a orar antes da
refeição na escola, quando vai para casa espera poder fazer o mesmo",
afirma a educadora.
Mas é comum que alunos de diferentes
crenças dividam as salas de aula em escolas confessionais (que seguem filosofia
religiosa).
De acordo com Roseli, escolas com práticas
ecumênicas não devem envolver a religião com outras disciplinas, salvo em
estudos históricos, como as Cruzadas.
"Isso acaba por misturar conteúdos
que têm origem e sentido distintos, podendo confundir a formação da
criança", afirma.
A professora de inglês Yara Tropea, 35,
achou elevada a carga horária de quatro horas semanais de ensino religioso
quando visitou uma escola próxima à sua casa.
Ela, que afirma não ter crença religiosa,
também ficou incomodada com as imagens de santos em todos os ambientes.
Decidiu, então, matricular Pedro, 8, em um colégio laico.
"Não faz sentido mandar para a escola
para ouvir coisas que a gente não acha que sejam verdade", justifica.
Perguntas podem nortear o perfil de escola
ideal
1. Que valores e atitudes eu gostaria
que fossem reforçados na educação?
2. Que procedimentos da escola eu não
aceitaria?
3. A pluralidade religiosa é
considerada?
4. Como a escola lida com o bullying?
5. Festividades com famílias levam em
conta novos estilos, como pais separados ou casais do mesmo sexo?
6. A escola é rígida, liberal, ou
mistura os dois?
excelente esse conteúdo, vou aplicae em meu berçário zona norte SP, muito bom, parabéns!!!
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