Confira,
aqui, neste link :
http://www1.folha.uol.com.br/especial/2014/escolhaaescola/
Na escola de hoje, os alunos aprendem inglês, mas o espanhol também está na ponta da língua. Fazem esportes, balé, música e teatro.
Período integral e escolas de ensino bilíngues são as tendências de parcela significativa dos colégios. Em instituições menores, ganham espaço os convênios com grandes grupos educacionais, que fornecem apostilas e treinamento de professores.
A tecnologia está presente, mas os alunos ainda passam pouco tempo em laboratórios. Em geral, as instituições dizem estar abertas para a inclusão de estudantes com necessidades especiais.
Essas são algumas das conclusões obtidas em pesquisa inédita feita pelo Datafolha com escolas particulares da cidade de São Paulo.
Aula no laboratório do Instituto Educacional Portinari, em São Paulo |
No contato
com 420 colégios de ensino fundamental e médio (ou 11,4% da rede privada) de
todas as regiões da capital, o instituto levantou serviços, valores de
mensalidade, diretrizes pedagógicas, exigências para formação de professores e
para seleção de novos alunos e outras questões que revelam o perfil desse
mercado educacional.
Os dados
mostram, por exemplo, que 68% dos colégios com ensino fundamental 1 (do 1º ao
5º ano) oferecem ensino em tempo integral. No turno extra, as crianças fazem
cursos de idiomas e atividades esportivas e de recreação.
Benjamin
Silva, presidente do Sindicado dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São
Paulo, confirma que há uma tendência de crescimento desse tipo de serviço nas
escolas, principalmente nos últimos cinco anos.
Para Vitor
Paro, pedagogo e professor aposentado da USP, um segundo período na escola só faz sentido se o primeiro tiver
qualidade.
SISTEMAS
Grupos como
Objetivo, Positivo e Anglo são marcas que se tornaram referência para colégios
de menor porte. Escolas têm tomado emprestado o método e o prestígio em busca
de melhores resultados e mais organização. Esses sistemas de ensino já estão presentes em 58% dos
colégios, diz o Datafolha.
Paula
Louzano, professora da USP e doutora em educação pela Universidade Harvard,
afirma que escolas que usam esses sistemas muitas vezes "terceirizam"
a confecção de seu plano pedagógico.
Mesmo com o
uso de tablets em sala de aula e oficinas de robótica sendo
ministradas, a qualificação do professor ainda é o maior determinante para um bom ensino.
Para Daniel Cara, cientista social e
coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, os 63% de
colégios que declararam oferecer espanhol estão aquém do esperado para uma
integração adequada ao Mercosul. No entanto, ele diz considerar a realidade
paulistana boa em comparação com a média nacional.
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