Extraído do
site : http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2013/10/jovens-autodidatas-desenvolvem-habilidades-especiais-em-rio-branco.html
Eles são
desenhistas, compositores e artesãos.
Adolescentes são acompanhados pelo Núcleo de Altas Habilidades.
Acompanhados pelo Núcleo de Atividades de Altas
Habilidades/Superdotação (NAAH/S) do Acre, três jovens entre 15 e 17 anos,
desenvolveram talentos muito especiais. Autodidatas, eles brincam com coisas
que muita gente grande faz para ganhar dinheiro.
O estudante Alex Moraes, de 16 anos, conta que nunca
quis saber de brinquedos comprados. Sempre gostou de confeccionar os próprios.
Primeiro, utilizava folhas de papel. "Com o papel não tem como fazer muita
coisa, porque é frágil. Eu só conseguia fazer bonecos. Fui tentando fazendo
outras coisas, mas sempre precisava de mais papel", diz.
Depois, o menino passou a utilizar frascos de remédio,
adaptando com materiais de escritório que encontrava no lixo. Agora, são fios
de cobre que ganham formas nas mãos habilidosas do adolescente. Animais e
bonecos aos poucos vão surgindo com muita técnica a partir da matéria prima
escolhida.
Desenhos e histórias são feitas pelos jovens do Núcleo (Foto: Fátima Bandeira/ Arquivo pessoal)
Elias Araújo também utiliza o papel, mas, para desenhar. De longe, parece que foram impressos. Mas tudo é feito com lápis, caneta, pincel. Além dos mangás, ele também cria as histórias. Já são cinco produções e a sexta, ele garante que vai longe.
"É uma história com muitas aventuras. E onde eu
quero chegar? Eu quero que ela se torne uma das cinco melhores do mundo",
afirma.
Janderson Di Paula começou a cantar com dois
anos em festas da escola, na igreja. Aos 15 anos, tem dez composições próprias.
Começou com o gospel, mas hoje o lírico também faz parte do repertório.
"Algumas estão colocados o tom e outras não.
Porque quando a gente compõe, pensa em uma frase, pensa em algumas melodias
vazias. Depois, em um contexto todo, a gente vai poder colocar a melodia para
completar a música todinha", explica.
Nos três casos, ninguém da família trabalha com as
habilidades que eles desenvolveram. São considerados autodidatas e com altas
habilidades, que não são comuns para a idades que eles têm. Por isso recebem um acompanhamento
especial.
De acordo com a coordenadora do NAAH/S-AC Brenda
Nagyla da Silva, as habilidades podem ser acadêmicas, criativas e até dentro da
área de liderança. "Apesar de que alguns professores não reconhecem como
habilidade. Mas é uma das que mais se destacam hoje dos alunos que são
apresentados para nós".
Colaborou Sâmia
Roberta, da TV Acre.
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