Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Da escola pública a Harvard : olimpíadas mudam destinos de campeões






Angela Chagas

No dia em que são abertas as inscrições para a maior olimpíada científica do País, com a participação esperada de mais de 20 milhões de estudantes de escolas públicas, o Terra conta a história de meninos e meninas que tiveram suas vidas transformadas após a participação nas competições de matemática, química, física, biologia, computação...


Tábata Pontes era aluna de uma escola pública do subúrbio de São Paulo quando participou da primeira edição da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Hoje ela estuda na universidade americana de Harvard. Gustavo Haddad Braga ganhou 50 medalhas em competições científicas, e agora é aluno do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Artur Ávila, brasileiro considerado um dos favoritos a receber a Medalha Fields - uma espécie de Nobel da matemática - descobriu a paixão pelos números após participar das competições olímpicas no Brasil e no exterior.

 
Professores: escola precisa ficar mais atraente para estimular talentos


Para especialistas, o exemplo dos campeões mostra que é preciso deixar a educação mais atraente: talentos precisam ser estimulados.


Coordenador do colégio paulista Etapa e um dos organizadores da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), Edmilson Motta está acostumado a trabalhar com os talentos revelados nas competições. Para ele, não existem gênios, e sim jovens que foram estimulados a fazer aquilo que mais gostam. "O problema da escola hoje é que ela simplesmente não desperta o desejo de seus alunos em ser bom em alguma coisa. Os interesses das pessoas, seja pela matemática, pela computação, pela história, pelo cinema, precisam florescer", afirma.


O professor de matemática conta que os campeões olímpicos não são pessoas que nasceram com um dom especial, mas que foram estimulados a desenvolver suas habilidades. "Eles se tornam pessoas apaixonadas pelo estudo, pelos números, por descobrir o conhecimento. A escola normal hoje não desperta essa paixão", argumenta.


Ele diz ainda, que não são somente por meio das competições científicas que os alunos devem ser estimulados. "Tem muita gente que não gosta de ciências, de física, biologia e cálculos. Tem pessoas que preferem as humanidades, que podem se destacar na dança, no cinema, na literatura, no canto. Isso também precisa ser valorizado".


Uma das escolas de São Paulo com maior número de campões em olimpíadas científicas, o Etapa tem uma preparação especial para seus alunos. Eles fazem aulas no contraturno exclusivas para preparação para as diferentes provas. No entanto, quem não gosta das competições, tem oficinas de cinema, leitura, de debates. "Precisamos fisgar os alunos de algum jeito", afirma o professor.


"O problema da escola hoje é que ela simplesmente não desperta o desejo de seus alunos em ser bom em alguma coisa. Os interesses das pessoas, seja pela matemática, pela computação, pela história, pelo cinema, precisam florescer"


O presidente do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), César Camacho, concorda que os alunos precisam ser estimulados. Mas como fazer isso em instituições públicas, com professores mal remunerados e sem estrutura para desenvolver plenamente as habilidades dos estudantes? A solução encontrada pelo Impa foi criar uma competição de matemática voltada exclusivamente para alunos da rede pública. Desde 2005, o instituto oferece material didático e orientações aos professores para despertar a paixão dos jovens pela matemática. O resultado, segundo Camacho, é surpreendente. 


"Antes de a OBMEP ser criada, todos os alunos que representavam o Brasil nas competições internacionais de matemática eram da rede privada. Na última prova, metade eram de escolas públicas", comemora. Uma iniciativa que começou com o empenho de pesquisadores do Impa e com a colaboração voluntária de professores universitários, ganhou o apoio dos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia, que ajudam a custear as despesas para a aplicação de uma prova que hoje atinge a marca de 20 milhões de inscritos.

Além das medalhas aos campões, os melhores colocados na OBMEP ainda ganham uma bolsa de R$ 100 por mês, durante um ano, para participar do Programa de Iniciação Científica (PIC) do Impa. São 170 polos de aulas no País para que os jovens se aprofundem nos conhecimentos da matemática. "O que acontece com esses estudantes? As portas das universidades estão sendo abertas. São crianças humildes, de pequenas comunidades do interior, que não vislumbravam a possibilidade de fazer um curso superior", diz Camacho. Segundo ele, no ano passado o Impa selecionou cinco ex-campeões na OBMEP para fazer doutorado na instituição. "Eles não estariam aqui se não fosse a olimpíada". 


No entanto, o presidente do Impa afirma que é preciso muito mais. E a mudança passa pela melhoria no ensino.
"A educação básica no Brasil ficou para traz, a escola pública precisa melhorar", completa Camacho.


Clique aqui e conheça a seguir a história desses campeões e a opinião de especialistas sobre a importância das competições científicas para revelar novos talentos, jovens que num futuro bem próximo podem alavancar a pesquisa no Brasil e inspirar mudanças no modelo de ensino :




MEU COMENTÁRIO :

Apenas discordo desta colocação do professor do Etapa, que prepara os alunos para as tais olimpíadas : 


“ Coordenador do colégio paulista Etapa e um dos organizadores da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), Edmilson Motta está acostumado a trabalhar com os talentos revelados nas competições.
Para ele, não existem gênios, e sim jovens que foram estimulados a fazer aquilo que mais gostam. "O problema da escola hoje é que ela simplesmente não desperta o desejo de seus alunos em ser bom em alguma coisa. Os interesses das pessoas, seja pela matemática, pela computação, pela história, pelo cinema, precisam florescer", afirma.

O professor de matemática conta que os campeões olímpicos não são pessoas que nasceram com um dom especial, mas que foram estimulados a desenvolver suas habilidades. "Eles se tornam pessoas apaixonadas pelo estudo, pelos números, por descobrir o conhecimento. A escola normal hoje não desperta essa paixão", argumenta”.


Eu acho que tem, sim, que ter um dom especial e este dom precisa ser estimulado para que a pessoa consiga ir para as olimpíadas e vencê-la.

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