A
Organização Mundial da Saúde estima que de 3,5% a 5% da população mundial
pode ser chamada de “superdotada”. Parece um número pequeno, mas que merece
atenção. Segundo a pedagoga especialista em AltasHabilidades/Superdotação eMestre Educação do Centro Universitário UNINTER,
Paula Mitsuyo Yamasaki Sakaguti, ainda é um desafio identificar os alunos
que possuem altas habilidades. “Muitas vezes esta criança possui um
comportamento que faz com que ela se destaque das demais. Às vezes, pode
inclusive ser confundida como um ‘aluno-problema’ quando, na verdade, já
absorveu o conteúdo e, por isso, acaba tendo um tempo livre a mais dos
demais colegas”, comenta.
Paula
explica que um dos sinais que pode ser percebido em crianças superdotadas é
que elas são mais curiosas, criativas, com vocabulário avançado, leitura
precoce e estão sempre com questionamentos, além de serem muito intensas.
“Como estes alunos tendem a compreender o conteúdo a partir das diversas
relações que estabelecem com aprendizados anteriores e de forma mais rápida e criativa, quando algo não lhes interessa
mais, passam para o próximo tópico. Por isso, é importante também que estes
estudantes sejam atendidos em suas peculiaridades, que aprendam a conviver
com as diferenças e entendam as dificuldades do outro. Precisamos mostrar a
eles a ter paciência, mas também já preparar materiais adicionais com maior
profundidade, atividades desafiadoras que enriqueçam o currículo para serem
apresentados a estes alunos durante as aulas ou em período contraturno”,
destaca. Para a Mestre em Educação, esta busca pela qualidade de ensino
oportunizaria crescimento aos alunos superdotados e a descoberta de novos
talentos em todos os outros estudantes.
A
especialista ressalta que as crianças superdotadas possuem altas
habilidades em determinadas áreas e não necessariamente em todas
elas. “Desta forma, os pais e professores devem pensar em atividades
que possam ampliar as habilidades específicas de cada aluno,
redimensionando as práticas educativas. Pois, na perspectiva da educação
inclusiva, cada criança é diferente, a forma de avaliar deve ser
diferenciada, o currículo deve ser flexibilizado e tudo deve estar
contemplado no Projeto Político Pedagógico da escola”, finaliza.
|
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário