Extraído do site : http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2012/12/menino-prodigio-de-7-anos-ja-leu-mais-de-500-livros-em-menos-de-um-ano.html
Edição do dia
23/12/2012
João Lucas escondia
livros debaixo do travesseiro para ler durante a noite sem a permissão dos pais
Um menino aprendeu a ler com 5 anos, e, aos 6, já
tinha lido mais de 500 livros.
O filho nem tinha nascido e o pai já
queria lhe dar o prazer da leitura. “Eu pegava o livro, chegava pertinho,
começava a ler, e assim a gente ia”, lembra João Luís Costa de Abreu, pai de
João Lucas.
O garoto nem andava, e em vez de ganhar
um chocalho, o pai deu a Constituição.
Aos 5 anos, João Lucas já lia com
fluência. Mas o que ele fez aos 6 anos ninguém conseguia acreditar.
“Eu sou professora alfabetizadora há 20
anos. Nunca tinha visto algo parecido”, diz a professora Elenis Durães Barbosa.
Foram 500 livros em menos de um ano! Um
recorde absoluto na biblioteca da escola. Ninguém tinha chegado nem perto
disso.
A coordenadora pedagógica Christine
Rodrigues diz qual a média de leitura para uma criança na idade de João.
“Nós chegamos normalmente a uma média de 100 livros por ano”.
Ele fez 7 anos em novembro e manteve o
ritmo. Quem quiser, que faça o teste: o garoto retém tudo o que lê. O menino
devorador de livros virou craque em gramática. E ai do professor desatento. “Às
vezes eu estou escrevendo no quadro e ele fala: ‘professora, não é melhor você
colocar uma vírgula aí nessa frase’”, conta a professora Elenis Durães Barbosa.
Ele agora também lê notas musicais. “Nos
quatro, cinco meses de aula, ele se desenvolveu como se fosse uma criança de 10
fazendo um ano de aula, por exemplo”, explica o professor de música Wilson
Henrique Ferreira.
Que “pau no gato” que nada! O garoto já
saiu tocando Jota Quest. E na educação física, o mesmo desempenho. “Enquanto
outras crianças demoravam mais tempo para aprender qualquer tipo de exercício,
o João Lucas, em menos tempo, já estava apresentando aquele exercício com
perfeição”, lembra o professor de natação Mateus Moura.
Quiseram adiantá-lo na escola.
Transformá-lo em campeão de natação. Os pais recusaram todas as ofertas.
“Talvez ele perdesse um pouco
maturidade, talvez ele perdesse um pouco da convivência com os próprios amigos
da idade dele’, diz o pai.
Isso tudo porque os pais do João Lucas
nunca quiseram botá-lo em uma redoma e nem ter cuidados excessivos, como se ele
fosse um geniozinho de cristal. Como o garoto sempre viu o livro como um
brinquedo, o que eles fizeram foi simplesmente deixá-lo brincar, de acordo com
sua própria vontade, segundo o seu próprio desejo.
A tradição na família era todo mundo ler
ao menos um livro por mês. “Nós fomos pegos de surpresa porque ele começou a
trazer três livros da biblioteca por dia”, conta Daiane dos Santos, mãe do
menino.
Ler à noite não podia. Os pais acharam
demais. Mas o garoto escondia livros debaixo do travesseiro.
“Aí ele abria a porta do quarto um
pouquinho, e ficava lendo pela fresta da porta”, lembra o pai.
Queremos conhecer João Lucas, o
entrevistado é ele. Mas quem tem cabeça inquieta é sempre perguntador. Ele
queria entender como funcionava o microfone durante a entrevista.
Quando ele leu o último livro? “Comecei
ontem à noite e terminei hoje de manhã. Eram 94 páginas”, disse.
De Miguel de Cervantes aos “Três
porquinhos”. O que interessa para ele é deixar livre o pensamento. Para João,
ler é imaginar coisas.
Estrela ? Só se for o da campanha de
incentivo à leitura da escola. Os pais querem que a única vaidade do garoto
seja a do conhecimento que está ao alcance de todos.
“Tendo estímulo, eu acho que qualquer
criança vai longe. Eu considero que meu sonho seja sonho muito simples: que ele
seja uma pessoa útil às outras pessoas e à sociedade de uma forma geral, que
ele possa fazer o bem por meio do conhecimento dele”, diz o pai.
Para assistir a entrevista, clique aqui :
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