Extraído do site do Jornal " A Folha de São Paulo" : http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1211533-aos-14-anos-estudante-brasileiro-e-ouro-em-olimpiada-de-ciencias-no-ira.shtml
Sobre o menino,
Matheus Camacho, que estampou a reportagem da capa da Revista Istoé, da qual eu
fui entrevistada e sua façanha :
FÁBIO
TAKAHASHI
Com
quase dois anos a menos que os 180 concorrentes de 28 países, Matheus Camacho,
14, foi à capital do Irã no início do mês passado para participar da Olimpíada
Internacional de Ciências. Após dez dias de provas, voltou com a medalha de
ouro por equipes na principal prova da competição, a prática.
Matheus
foi o brasileiro mais novo que já participou da competição, que começou em 2004 e reúne
principalmente estudantes com 15 anos. Muitos já têm quase 16.
"O resultado dele foi impressionante. Não
tenho notícia de que haja outro medalhista tão novo", disse Márcio Martino, organizador da
competição no Brasil.
"Gosto
muito de estudar. E me esforcei. Acho que foi isso", afirmou Matheus, aluno bolsista do
colégio Objetivo, na capital paulista.
O
esforço significa que, de manhã, ele assiste às aulas regulares. À tarde, são
mais quatro ou cinco horas, específicas para preparação de olimpíadas. E, em casa, mais uma ou duas horas.
"Não
posso dizer que ele fica cansado. É o prazer dele", afirmou a mãe, Simone Camacho, 45,
formada em direito e funcionária do Judiciário. O pai é coronel do Exército.
As
outras diversões são cinema ("filmes de qualquer tipo"), videogame e
música. Ouvindo os Beatles, aprendeu e ficou fluente em inglês.
A
precocidade do estudante teve de ser compensada com a carga de estudos. Ele é do ensino fundamental. As provas são do nível do médio.
Até
março, o jovem nunca tinha visto uma aula de física, e a primeira de química
foi em abril.
Em maio, ele já estava na primeira eliminatória nacional, que contou com cerca
de 2.500 alunos e cobrou as duas disciplinas.
Ao
final, Matheus e outros cinco foram escolhidos para representar o país na
competição mundial, em Teerã.
A
PROVA
A
Olimpíada Internacional possui três etapas. Uma, de testes. Outra, de questões
dissertativas. A terceira, com maior peso e mais importância, é a experimental.
Na
edição 2012, o tema foi DNA. Em uma das frentes, eles tiveram de, a partir de
sequências identificadas, descobrir quais eram as outras, comparando as
informações entre os dois grupos.
Um
dos trios brasileiros (que contava com Matheus e dois alunos de Fortaleza, do
colégio Farias Brito) alcançou os 40 pontos possíveis.
A
medalha de ouro foi inédita para o país. Na colocação geral, o país ficou em
quinto, sua melhor posição. Taiwan foi o vencedor.
DESESTÍMULO
Por
pouco, o talento de Matheus não se perdeu pelo sistema de ensino. Ele estudava em um colégio particular
que tinha boas aulas regulares, mas poucas atividades extras. "Ele estava desestimulado, nem
queria ir para a escola", afirmou a mãe.
Ao
final de 2011, Matheus e a família tiveram a certeza de que o problema era a
falta de desafios. Na nova escola, a chance de participar
da Olimpíada impulsionou-o.
Agora,
em plenas férias, Matheus segue em ritmo de estudos. Quer, no final do ano,
ganhar uma medalha de ouro individual --no ano passado, foi prata.
Para
isso, terá de participar em maio novamente da primeira eliminatória nacional.
Quem quiser se inscrever deve acessar o site www.ijso.com.br, a partir do fim
do mês.
Bom dia Matheus sou o Clemilson Macedo, trabalhei com sua mão quando vc nem tinha nascido, e fiquei muito feliz em ter visto vc depois de tanto tempo, gostaria de saber se sua mãe ou seu pai tem facebook, ficaria muito feliz em reencontrar com tds abraços e aguardo um contato
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