Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Reflexões sobre o Bullying na escola





Por Silvana Pereira








O bullying pode iniciar silencioso, mas suas marcas trazem grandes prejuízos. Pais, professores e alunos devem interagir e juntos estar em constante diálogo. Quando nos omitimos de buscar soluções para situações destas características, estamos sendo cooparticipativos de um processo de exclusão.


   Existem diferentes maneiras de praticar bullying:



 Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”);



Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima);

  

Psicológico e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar,
difamar);



Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar);



Virtual ou Cyberbullying (bullying realizado por meio de recursos tecnológicos: celulares, filmadoras, internet etc.)



Estudos indicam que há um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente familiar.



Quando qualquer ato praticado a um indivíduo de forma contínua e que cause sofrimento ou constrangimento, podendo ser praticado por uma pessoa ou grupo, estamos aí diante do Bullying. Na escola, as situações mais comuns são apelidos, ações de repúdio, preconceito, imitação de sons ou do jeito de ser da vítima, referência a questões físicas, ameaças, sempre representando ações contínuas e frequentes. Atualmente são muito comuns também os casos de bullying virtual, através das redes sociais.



O contexto escolar é o local onde os professores devem ficar atentos, pois muitas vezes tais situações são visíveis e fáceis de serem percebidas por um adulto que conviva com a vítima ; porém, na maioria das vezes, o bullying é silencioso, sutil, sendo percebido, principalmente pelas mudanças comportamentais que se tornam visíveis tanto na escola quanto na família: queda no rendimento escolar, estado de tristeza, aversão à escola e medo de se expressar.



O acompanhamento dos pais é essencial, sendo que : ao observarem qualquer situação diferente devem procurar a escola para que juntos verifiquem qual a melhor maneira de lidar com a situação, sem expor a criança ou o jovem que esteja sofrendo bullying.



O bullying prejudica o desenvolvimento da criança, podendo trazer danos psicológicos, baixa autoestima, dificuldade em se relacionar e confiar nas pessoas. Os pais e escola devem manter um diálogo constante  seja através de  reuniões, palestras, eventos proporcionados pela escola e a partir destes momentos procurar medidas preventivas para o bullying.



Existem situações onde as crianças não são as vítimas do bullying, mas sim as que praticam o mesmo, então os pais devemos estar  sempre atentos, pois são mais perceptíveis a estas situações. É preciso estar muito atento aos comentários, amigos e, principalmente, aos contatos que os filhos mantêm através das redes sociais. Não significa invadir o espaço individual do filho, mas manter uma relação de confiança na qual ele possa estabelecer um diálogo franco e aberto do que se passa com ele; e sempre que solicitado pelos profissionais da escola não deixar de participar e ouvir, pois nem sempre o comportamento que os pais conhecem dos seus filhos é o mesmo que ele apresenta quando inserido num grupo, no caso, na escola.



Entretanto, cabe ressaltar que, ao perceberem que os filhos praticam bullying os pais também devem entrar em contato com a escola, pois assim juntos possam traçar formas de ajudá-lo, pois também é uma vítima. Nenhum praticante de bullying age simplesmente sem uma causa ; ninguém faz alguém sofrer sem ter dentro de si algo que incomoda ou algum sofrimento psíquico, algo que o faça chamar a atenção dos outros e, às vezes, da própria família sobre ele mesmo.



Como diz o Psiquiatra gaúcho José Outeiral : Não estamos diante de gerações Y, Z ou tantas letras que tentam definir a atual geração. Nossas crianças e jovens precisam de atenção, não material, mas física, de presença, de diálogo, do olhar cuidador e não opressor da família e da escola, que devem estar juntas neste processo conciliador que integra nossas crianças e jovens numa sociedade que busca se reconstruir, apesar de tantas situações adversas para a formação de um cidadão ético e mais humano: esta é a minha aposta e é acreditando nisso que trabalho na área da educação




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