Extraído
do site : http://noticias.terra.com.br/educacao/enem/noticias/0,,OI6326048-EI8398,00-Enem+melhor+escola+faz+entrevista+para+selecionar+superdotados.html
Enem:
melhor escola faz entrevista para selecionar superdotados
23 de novembro de 2012 • 11h49 •
atualizado às 12h45
Renan Truffi
Direto de São Paulo
"Campeão" no
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com 737,15 pontos na média geral, o
Colégio Integrado Objetivo só seleciona alunos por meio de entrevista com
psicólogos. Diferentemente de boa parte das instituições com boas notas no
teste, a melhor escola do País, de acordo com o ranking, não faz prova porque
prioriza os alunos "superdotados", como explica o fundador do
Objetivo, João Carlos Di Genio.
"Os
outros colégios fazem exame, nós não. Nós fazemos entrevista. Tem muito bom
aluno e inteligente, mas há aluno que tem capacidade para ser superdotado,
brilhante. Na entrevista com psicólogo, a gente pega se o aluno está preparado,
se tem potencial. Pelo desempenho, você percebe (se é superdotado). Às vezes
ele nem tem notas muitos boas, mas resolve estudar", explica.
O fundador da rede explica
que resolveu criar a turma de "especiais" para "formar uma elite
intelectual no País", mas reconhece que o Colégio Integrado Objetivo
também funciona como uma vitrine para atrair estudantes comuns para as outras
unidades da escola.
"O
Brasil precisa valorizar esse tipo de aluno. Você precisa de uma elite
intelectual. Você precisa ter inovação senão não vamos evoluir. A ideia é uma
formar uma liderança intelectual. Cinco por cento da população é superdotada.
Você tem que ter uma escola que atenda essa elite intelectual. Agora que o
Brasil está acordando. Tanto o pobre quanto o rico nascem com potencial. É que
o rico desenvolve isso em escolas particulares, o pobre não", argumenta.
Além de priorizar
estudantes acima da média, o colégio também conta com uma grade diferenciada em
tempo integral. Os alunos que entram no Colégio Integrado Objetivo estudam das
7h10 às 18h. De acordo com Di Genio, foram os próprios estudantes que pediram
mais tempo para se dedicarem aos estudos.
"Começou em 2009, com
alunos que participavam de olimpíadas internacionais de matemática, astronomia
e física. Eles ficavam aqui para estudar na parte da tarde. Primeiro pediram
restaurante e, no final, eles mesmo falaram: 'monta um colégio de tempo
integral'. A tendência é passar tudo (escolas do Objetivo) para tempo
integral", conta.
Na parte da tarde, no
entanto, os adolescentes estudam matérias diferentes, como robótica e
astronomia. A medida, no entanto, é mais para agradar os
"superdotados", como revela o fundador do Objetivo. Segundo ele, se a
escola não oferecer outras disciplinas, eles ficam "insatisfeitos". "Se você não satisfaz
o interesse desse tipo de aluno, eles desistem. Eles gostam de astronomia, são
alunos brilhantes. São alunos que requerem acompanhamento de psicólogos porque
quando dão problema, são muito críticos. Eles podem começar usar a inteligência
para o lado ruim", diz.
Apesar disso, João Carlos
Di Genio nega que a escola priorize disciplinas como matemática, física ou
química. Questionado sobre o porquê da escola não ter alcançado o mesmo
desempenho na prova de redação, o fundador responde que a avaliação da parte de
textos ainda é "subjetiva". "A nota do primeiro e do 30º é quase
a mesma coisa. Redação é sempre uma coisa subjetiva. De tempo em tempo estão
mudando os critérios (de avaliação)", afirma.
Enem 2011
O desempenho das escolas na edição de 2011 do Enem foi divulgado nesta quinta-feira e pode ser consultado no site do MEC. Segundo o levantamento, das pouco mais de 10 mil escolas analisadas, 47,62% eram privadas. A maior dos estudantes que prestaram o exame (83,86%) tem renda familiar per capita entre um e cinco salários mínimos (de R$ 622,00 a R$ 3,1 mil).
De acordo com o MEC, a
média das escolas privadas ficou em 596,2 pontos. Já as escolas da rede pública
alcançaram 474,2 pontos. Entre as 100 primeiras colocadas no levantamento,
apenas dez são públicas.
Gostei! Isso é bem interessante...
ResponderExcluirCláudia, Di Genio parece ter bastante conhecimento do que é a superdotação. Ele fala que o aluno pode não tirar notas tão altas, fala do problema do tédio, da não assistência ao superdotado que pode levá-lo a usar a inteligência para o lado ruim.
ResponderExcluirGostei muito desta matéria. Antes até achava que o colégio "massacrava"estes alunos, agora ficou bem claro que é uma espécie de enriquecimento o que eles fazem com matérias que os alunos adoram, como a astronomia, e que traz excelentes resultados.
Beijo