Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 8 de janeiro de 2012

Descubra se o seu filho tem a inteligência naturalista e pegue dicas de como desenvolvê-la ou estimulá-la ...




Conheça um pouco sobre a inteligência naturalista, assim definida por Howard Gardner, e descubra se o seu filho tem este tipo de inteligência e o que você pode fazer para desenvolvê-la ou estimulá-la.



INTELIGÊNCIA NATURALÍSTICA



          Quando Howard Gardner referiu-se pela primeira vez à questão das múltiplas inteligências, disse que não havia motivo para se pensar que sete seria um número definitivo, enfatizando que mais inteligências poderiam ser identificadas. Em seu livro "Estruturas da Mente", Gardner chamou-as de "inteligências candidatas".



          Thomas Hoerr  e colegas especularam se senso de humor, habilidades educativas ou velocidade de raciocínio, entre outros, não seriam possíveis inteligências, porém ao aplicarem os critérios de Gardner sobre o que constitui uma inteligência, descobriram que essas "inteligências candidatas" eram parte de uma inteligência já identificada ou não se classificavam como tal. Por exemplo, quanto ao senso de humor, concluíram que cada inteligência tem sua própria forma de humor. Quando o humor é expressado por um jogo de palavras ou mímicas, a pessoa está manifestando a inteligência linguística ou corporal–cinestésica , respectivamente.



          Gardner relata que inteligências candidatas são freqüentemente apresentadas a ele, desde inclinação à culinária até espiritualidade. Afirma que não quer ser o árbitro para decidir o que é ou não uma "inteligência oficial", e que os critérios para determinar uma inteligência devem servir a esse propósito.



          Em 1996, Gardner fez a primeira ampliação da sua listagem original acrescentando a inteligência naturalística. Ele descreveu o naturalista como um indivíduo "apto para reconhecer flora e fauna, fazendo distinções relativas ao mundo natural e para usar essa habilidade produtivamente na agricultura ou nas ciências biológicas". Apesar da habilidade de apreciar a vida ao ar livre ou de sentir-se confortável junto à natureza sejam importantes aspectos dessa inteligência, ela tem sido caracterizada mais como uma capacidade para discernir, identificar e classificar plantas e animais, do que uma habilidade de conviver com a natureza.



          Charles Darwin foi caracterizado como possuidor de uma inteligência naturalística muito marcante. Stephen Jay Gould, usou a teoria das múltiplas inteligências para ajudar a explicar o seu sucesso. Gould observou que Darwin foi um estudante indiferente: "Absolutamente nada em qualquer registro documenta características indicativas de brilho intelectual." Contudo, segundo Gould: "Ele coordenava as inteligências múltiplas para ver, obter e ordenar informações." A habilidade de Darwin para identificar e classificar insetos, pássaros, peixes e mamíferos, resultou na sua teoria da evolução, que figura como uma das maiores contribuições intelectuais do século dezenove.



          Porém, as habilidades de observar, coletar e categorizar podem ser também aplicadas ao meio humano, como uma criança que organiza figurinhas de seus ídolos em um álbum de esportes ou de um adulto que classifica variações em impressões digitais.



Implicações para a Educação


          Atualmente, o meio ambiente está bastante diferente daquele que existia na segunda metade do século 19, quando Darwin navegou no H. M. S. Beagle. As áreas selvagens são raras, vestígios identificados e protegidos de uma era remota.




  A juventude de hoje passa as férias em shoppings com ar condicionado e as crianças têm poucas oportunidades para familiarizarem-se com a natureza, para desenvolverem sua inteligência naturalística e adquirirem um sentido de mundo com plantas e animais. Porém, Gardner sugere que os jovens usem sua inteligência naturalística, para reconhecer, classificar e organizar figuras sobre esportes ou automóveis, por exemplo.



          O trabalho com a inteligência naturalística está apenas começando. Por exemplo, estuda-se suas diferenças e semelhanças com a inteligência lógico-matemática . Procura-se um meio de deixar os estudantes usarem suas habilidades para identificar e organizar. Idealmente, pode-se fornecer um cenário naturalista para essa inteligência.  Pode-se pedir aos estudantes para criarem categorias de classificação de personagens históricos e organizá-los de modo que explique os acontecimentos, ou então levar a classe para uma viagem a uma área natural de preservação. É necessário começar a procurar por essa inteligência nos estudantes, pois a razão de trazer a teoria das inteligências múltiplas para as salas de aula é fornecer aos alunos mais caminhos para serem bem sucedidos, e a inteligência naturalítica oferece um meio a mais para ajudar os estudantes a compreender e aprender.


Estratégias Educacionais para a Inteligência Naturalística



    • Coletar objetos do mundo natural 
    • Classificar espécies naturais
    • Organizar grupos
    • Observar a natureza
    • Perceber as mudanças no meio ambiente
    • Caracterizar objetos
    • Aprender características do mundo natural
    • Usar lentes de aumento, telescópios ou microscópios para estudar a natureza
    • Desenhar ou fotografar objetos naturais
    • Caminhar junto a natureza ou viajar em ambiente natural
    • Jardinagem
    • Cuidar de animais de estimação
    • Proteger a vida natural
    • Visitar zoológicos e jardins botânicos
    • Visitar museus de história natural
    • Secar flores
    • Consultar livros sobre a natureza
    • Pesquisar sobre o trabalho de naturalistas famosos, tais como Darwin

 

Alguns Temas relativos à Inteligência Naturalística


 



Alguns recursos relativos à Inteligência Naturalística



Critérios de Gardner para Inteligência


1. Isolamento potencial por dano cerebral.

2. Experiência de deficientes mentais cultos, prodígios e outros indivíduos excepcionais.

3. Um conjunto central de operações identificável - tipos básicos de operações de processamento de informações ou mecanismos que lidam com um tipo específico de formação recebida.

4. Uma história de desenvolvimento distinta, junto com um conjunto de performances de "estado final".

5. Uma história evolucionária e uma plausibilidade evolucionária.

6. Apoio de tarefas experimentais e psicológicas.

7. Apoio de recomendações psicométricas.

8. Suscetibilidade para orientar-se a partir de um sistema de símbolos.

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