Núcleo da Secretaria de
Educação de Mato Grosso dá assistência a estudantes superdotados
Aos 16 anos, Douglas pratica inglês, português, alemão, polonês e russo, além de já ter estudado um pouco de latim / Divulgação
Douglas
Luca tem 16 anos e cursa o 2º ano do ensino médio na Escola Estadual Coração de
Maria, em Campo Grande. À tarde,
nada de videogame ou bate-papo no celular. O estudante vai, quatro vezes por semana, para o Núcleo de
Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S), onde recebe atendimento
educacional especializado e desenvolve atividades de língua portuguesa, física
e matemática, além de jogar xadrez e estudar sua grande paixão: línguas.
Aos 16 anos, ele pratica inglês, português, alemão, polonês e russo, além de já
ter estudado um pouco de latim.
Com todas as atividades diárias, Douglas ainda
encontrou tempo, durante as madrugadas, para criar uma língua própria, o kinyi, projeto que pretende levar a sério na carreira
acadêmica. “Eu queria ser engenheiro, mas com meu interesse por linguagem eu
decidi fazer Filologia, para estudar desde a confecção de uma língua até como
ela vai se desenvolvendo e se adaptando”, contou o estudante.
Hoje, o garoto fala com naturalidade sobre suas
habilidades, mas nem sempre foi assim. Quando criança, ficou desanimado com a
escola e tinha dificuldade de relacionamento por não ter afinidade com os
colegas. “No 5º ano do ensino fundamental ele não quis mais ir para a escola,
porque ele sabia além e se sentia desmotivado, até doente ele ficava. Os
assuntos dele não interessavam para os colegas e vice-versa”, explicou Eliane
Luca, mãe do Douglas.
O NAAH/S entrou na vida da família há quatro anos
e, depois de um período de acompanhamento na escola, Douglas começou a
frequentar o Núcleo. “Quando ele veio para cá, aprendeu a se relacionar com as
pessoas e a lidar com esse dom”, afirmou Eliane. Tudo mudou, principalmente a
convivência com as pessoas, até em casa. Tem sido muito bom para a gente”,
acrescentou.
O estudante que é superdotado apresenta um conjunto
de três características básicas: habilidade acima da média, mesmo que em uma
área específica; criatividade na solução de problemas; e envolvimento muito
grande com sua área de interesse. “Quando essas três características se
manifestam, temos um quadro de altas habilidades/Superdotação”, destacou a
professora Brenda Cavalcante Vieira.
Atualmente, são
87 estudantes matriculados, entre 6 e 16 anos, que frequentam o NAAH/S no
contraturno das aulas, até quatro vezes por semana. “De acordo com o interesse do estudante, o professor elabora o
planejamento, individualizado, com conteúdo que pode ser, entre outras áreas,
de Ciências, Física, Matemática, Arte, Música, Arte, Música, Xadrez ou Língua
Portuguesa”, afirmou a coordenadora do NAAH/S e presidente do Conselho
Brasileiro para Superdotação, Graziela Jara.
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