Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Bauru terá ensino inédito voltado para os alunos superdotados Serviço começa a identificar estudantes da rede estadual com QI acima da média

Extraído do site : http://www.jcnet.com.br/Geral/2015/07/bauru-tera-ensino-inedito-voltado-para-os-alunos-superdotados.html

Albert Einstein, responsável por criar teorias que revolucionaram a física, chegou, certa vez, a receber o veredito de um professor: “você não vai dar em nada na vida”. Por sorte, sua genialidade foi percebida a tempo.

É justamente para não deixar “mentes brilhantes” ao sabor do acaso que a rede estadual de ensino de Bauru irá implantar, ainda neste ano, um atendimento pedagógico especializado para estudantes considerados superdotados. Por meio de uma iniciativa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o objetivo é permitir que estes alunos sejam identificados precocemente, para que tenham todas as condições de desenvolver suas potencialidades, em qualquer área que seja.

O serviço, previsto em lei, será instituído pela primeira vez em uma escola pública em todo o território paulista. A Diretoria Regional de Ensino aguarda apenas o processo de atribuição de aulas para designar um professor com habilitação especializada para as aulas terem início, possivelmente ainda no início do segundo semestre letivo.

O projeto-piloto ficou concentrado na Escola Estadual João Pedro Fernandes, localizada no Núcleo Gasparini. Na verdade, o atendimento já vem sendo desenvolvido na unidade, de maneira não oficial, desde o ano passado.

Todos os 289 alunos do 1.º ao 5.º ano matriculados na instituição foram submetidos a testes (leia mais no quadro ao lado) e, destes, 11 foram selecionados. A média de 3,8% de superdotados registrada na escola está em conformidade com os índices mundiais, que oscilam entre 2% e 5%.

“Eles não precisam ser, necessariamente, gênios, mas ter altas habilidades em uma determinada área”, destaca a dirigente regional de ensino Gina Sanchez . Uma das coordenadoras do projeto, a professora do Departamento de Educação da Unesp Vera Capellini explica que, como o Estado ainda não destacou um professor para ministrar as aulas, desde o ano passado até março deste ano duas bolsistas de mestrado já vinham desenvolvendo atividades com os estudantes, três vezes por semana, no contraturno escolar.

“Os alunos visitaram alguns laboratórios da Unesp, como o de robótica, foram ao Observatório de Astronomia e conheceram de perto, por exemplo, o trabalho desenvolvido pelo Zoológico Municipal e pela Banda Sinfônica Municipal”, enumera, revelando que uma das alunas “superdotadas” – que nunca teve aulas e toca três instrumentos diferentes – foi elogiada pelo professor de música da banda.

Inglês

Em junho, por meio da iniciativa de outra estudante de mestrado da Unesp, que é bilíngue, começaram a ter aulas de inglês uma vez por semana. “Independentemente de quando começarem as aulas com o professor do Estado, até o final do segundo semestre eles poderão seguir aprendendo inglês, algo que não é oferecido nos primeiros anos do ensino público”, pontua.

Gina Sanchez explica que, assim que o docente for contratado, um plano de ação individualizado será traçado para cada aluno. Os 11 estudantes serão divididos em grupos menores, de acordo com a faixa etária, que varia de 7 a 11 anos, e as áreas de interesse.

Cada grupo terá aulas duas vezes por semana, duas horas por dia, também no contraturno escolar. “Muitas atividades serão desenvolvidas fora da escola, como nos laboratórios da Unesp, sempre sob a supervisão do professor responsável e com conteúdo alinhado ao potencial dos alunos de cada turma”, completa.

Expansão

A dirigente regional de ensino Gina Sanchez destaca que, no longo prazo, o objetivo é estender o atendimento especializado a todas as escolas estaduais de Bauru. De acordo com ela, a Unesp já teria iniciado, inclusive, novos testes em outras unidades de ensino para detecção de mais alunos superdotados.

“Quando estiverem aptos, eles também terão o atendimento na escola João Pedro Fernandes, nos laboratórios da Unesp e nos demais ambientes em que parcerias forem firmadas pelo projeto. Com isso, certamente, também haverá a necessidade de ampliar o número de professores com habilitação especializada”, adianta.

Projeto

O projeto foi idealizado pelas professoras Vera Capellini, do Departamento de Educação da Unesp, e Olga Rolin Rodrigues, do Departamento de Psicologia. Ambas integram o programa de pós-graduação em psicologia e docência da Faculdade de Ciências da universidade.

A ideia foi encampada pela Diretoria Regional de Ensino, que, agora, aguarda designação de um professor especializado em educação inclusiva para o início das aulas. Enquanto isso, por meio de financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), duas alunas da Unesp, que cursam mestrado em psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, aplicaram os testes de desempenho e desenvolveram diversas atividades com os alunos selecionados.




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