Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 30 de novembro de 2014

Os pais podem tornar seus filhos mais inteligentes?

Extraído do site : http://meucerebro.com/os-pais-podem-tornar-seus-filhos-mais-inteligentes/

filhos-mais-inteligentes

Este artigo causou bastante polêmica no meu grupo do Facebook, o Mãe de Crianças Superdotadas :  “ https://www.facebook.com/groups/213399982041957/


Ler histórias para dormir, conversas engajadas sobre determinados assuntos e jantar junto regularmente são exemplos positivos de interação entre pais e filhos. Mas de acordo com uma nova pesquisa, nenhuma dessas ações têm alguma influência detectável sobre a inteligência das crianças mais tarde na vida.


O professor de criminologia da Universidade Estadual da Flórida, Kevin Beaver, examinou uma amostra nacionalmente representativa de jovens paralelamente a uma amostra de crianças adotadas a partir do Estudo Nacional Longitudinal de Saúde do Adolescente (Adicionar Saúde) e encontrou evidências para apoiar o argumento de que o QI não é simplesmente o resultado da socialização parental.


O estudo questiona a influência dos pais sobre a inteligência dos filhos.


O estudo analisou os comportamentos dos pais e se os mesmos tinham algum efeito sobre a inteligência verbal medida pelo Teste de Vocabulário por Imagem (PVT, sigla em inglês). Os testes de QI foram aplicados aos alunos do ensino fundamental e médio, e repetido quando alcançaram as idades dos 18 aos 26 anos.

“Uma pesquisa anterior havia detectado que comportamentos relacionados à paternidade afetavam a inteligência, o que talvez não estivesse correto pois não levara em consideração a transmissão genética”, disse Beaver.

Os resultados foram publicados no artigo “Um olhar mais atento ao papel das influências relacionadas com a parentalidade na inteligência verbal ao longo da vida: resultados de um projeto de pesquisa com base em adoção”, na revista Intelligence.

O assunto do quanto os pais influenciam a inteligência dos filhos tem sido muito debatido. Algumas pesquisas mostram que os pais que socializam seus filhos de acordo com certos princípios, como é o caso da leitura regular conjunta ou dos jantares em família, teriam filhos mais inteligentes do que aqueles pais que não praticam esses hábitos.

Por outro lado, há o argumento de que filhos mais inteligentes não seja um efeito direto da socialização parental, e que a inteligência seja passada de pai para filhos geneticamente, não socialmente. A fim de testar os dois argumentos, Beaver utilizou o projeto de pesquisa com base em adoção.

“Pensamos que esta foi uma avaliação muito interessante e quando testamos as duas hipóteses concorrentes neste projeto de pesquisa de base adotiva, detectamos que não houve associação entre a influência dos pais e a inteligência da criança mais tarde na vida, fenômeno este gerado por influências genéticas”, Beaver disse.

Ao estudar crianças que não compartilham nenhum DNA com pais adotivos, elimina-se a possibilidade de que a socialização parental seja apenas um marcador para a transmissão genética. “Em pesquisas anteriores, parecia que a parentalidade estava proporcionando filhos mais inteligentes, mas, na realidade, os pais que eram mais inteligentes estavam praticando esses hábitos, os quais mascaravam a transformação genética da inteligência de seus filhos”, disse Beaver.

Os pais poderiam negligenciar ou traumatizar seus filhos sem afetá-los em sua inteligência?

“Minha resposta é não”, Beaver disse, “mas a forma como você cria seu filho não vai ter um efeito detectável em seu QI, se tal criação estiver ainda dentro dos limites de normalidade.” Uma afirmação para refletirmos sobre as ações dentro de casa e também na escola que buscam aprimorar a inteligência das nossas crianças.

Beaver colaborou no estudo com Joseph A. Schwartz, da Universidade de Nebraska da Escola de Criminologia e Justiça Criminal da Omaha; Mohammed Said Al-Ghamdi e Ahmed Nezar Kobeisy do Centro de Investigação Social e Ciências Humanas e Universidade Rei Abdulaziz, na Arábia Saudita; Curtis S. Dunkel do Departamento de Psicologia da Western Illinois University; e Dimitri van der Linden, do Instituto da Universidade Erasmus de Psicologia, na Holanda.

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