Estudo analisou desempenho de estudantes em teste do ensino médio (Foto: Ed Oudenaarden/ANP/AFP)
Genética influi mais que escola no desempenho do aluno, diz pesquisa
Estudo de
universidade britanica analisou resultado de gêmeos em prova.
Dados mostram que genes fazem diferença em 58% dos resultados.
Dados mostram que genes fazem diferença em 58% dos resultados.
Uma pesquisa da Universidade King’s College, de
Londres, revelou que o desempenho de um estudante nos exames de avaliação tem
mais relação com a genética do que com o conteúdo aprendido nas escolas e a
ajuda da família. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira (12) na revista
científica Plos One.
Os pesquisadores da universidade britânica analisaram
os resultados de 11 mil gêmeos idênticos e não idênticos de 16 anos no exame de
certificado geral da educação secundária (GSCE), uma prova que os estudantes do Reino Unido realizam ao final do ensino médio.
O estudo sugere que os genes de cada aluno faz, em
média, uma diferença de 58% para os seus resultados nas disciplinas básicas de
inglês, matemática e ciências. E os fatores ambientais, tais como a escola,
bairro e da casa da família, têm um impacto menor, de 29%.
Os gêmeos idênticos compartilham 100% de seus genes,
enquanto que gêmeos fraternos (não idênticos) têm em comum, em média, apenas
metade dos genes que variam entre as pessoas. Segundo o estudo, se as notas dos
exames dos gêmeos idênticos são mais parecidas do que os de gêmeos não
idênticos, a diferença na pontuação do exame entre os dois conjuntos de gêmeos
é devido à genética, e não da educação recebida e do meio ambiente em que
vivem.
Ainda de acordo
com a pesquisa, a genética tem mais influência no desempenho em ciências (58%)
do que em humanas (42%).
Os autores explicam que o
resultado do estudo não significa que o desempenho acadêmico de um aluno é
geneticamente pré-determinado, ou que as intervenções da escola e da família
não são importantes. A pesquisa revela, segundo eles, que reconhecendo a
importância da predisposição natural da criança por meio da genética é possível
ajudar a melhorar o aprendizado.
"Embora estes
resultados não tenham implicações necessárias ou específicas para as políticas
educacionais, é importante reconhecer o papel importante que a genética
desempenha no sucesso escolar das crianças", afirma o
professor Robert Plomin, do Centro de Psiquiatria da universidade. "Isso
significa que os sistemas educacionais que são sensíveis às habilidades
individuais e as necessidades das crianças, que são derivadas, em parte, a
partir de suas predisposições genéticas, poderiam melhorar o desempenho
educacional."
Para Nicholas Shakeshaft, que coordenou a pesquisa,
destaca que a maneira como cada aluno aprende um conteúdo é diferente. "Nossa
pesquisa mostra que as diferenças de desempenho escolar dos alunos têm mais
relação com a natureza genética do que com o ambiente", explica.
"A genética explica 60% do desempenho de um indivíduo , mas sim que a
genética explica 60% das diferenças entre os indivíduos. Isto significa que
a hereditariedade não é fixa. Se as influências ambientais mudam, então a
influência da genética no rendimento escolar pode mudar também."
Já o professor Michael O'Donovan ressalta que os
pesquisadores descobriram que os ambientes para os alunos também são
importantes e que o estudo não implica que as melhorias na educação não terá
benefícios importantes. "Para os indivíduos que vivem nos melhores e
piores ambientes , essa exposição pode fazer mais diferença na sua educação do
que a genética. Mais pesquisas serão necessárias para avaliar as implicações
dos resultados para as estratégias de ensino."
Tenho um filho de 6 anos de idade, que foi diagnosticado com Asperger aos 4 anos, gostaria de saber se ele tem direito a professor de apoio em sala de aula convencional, uma vez que a professora titular relatou que ele precisa de atendimento individual para aproveitar melhor as matérias ensinadas
ResponderExcluirSe no laudo dele que indica que ele tem Asperger estiver recomendando que a escola tenha um professor de apoio em sala de aula, ele tem sim direito. Está na Lei Berenice Piana. Se a escola não cumprir, você pode entrar com ação judicial.
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