Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Escola Acadêmica interage para desenvolver potencial de alunos da rede básica Insituto do Cérebro da UFRN promove ações envolvendo neurociências para desenvolver capacidades cerebrais de alunos de escola municipal

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Antonio Pereira explica importância do desenvolvimento do cérebro em um ambiente adequado (Foto: Alberto Leandro)
Antonio Pereira explica importância do desenvolvimento do cérebro em um ambiente adequado (Foto: Alberto Leandro)


Insituto do Cérebro da UFRN promove ações envolvendo neurociências para desenvolver capacidades cerebrais de alunos de escola municipal


 Alunos da escola municipal fazem oficina de Leitura com Neurociência (Foto: Alberto Leandro)
Alunos da escola municipal fazem oficina de Leitura com Neurociência (Foto: Alberto Leandro)


Pesquisas científicas apontam que a educação fundamental precisa acompanhar a evolução do conhecimento sobre o cérebro. A explicação é que as conexões cerebrais se estabelecem de maneira acelerada durante a infância e a adolescência necessitando de um ambiente que possa proporcionar o melhor desenvolvimento.

Visando atender a essa demanda em um problema complexo como a educação pública, o Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), desenvolve há cinco anos o projeto “Escolas Acadêmicas” em parceria com a Escola Municipal Juvenal Lamartine, no Alecrim.

“O objetivo geral é oferecer para os estudantes um ambiente de qualidade adequado para o desenvolvimento do cérebro dessas crianças e adolescentes. Buscamos conhecer quais são as necessidades da escola em várias áreas. É uma iniciativa que desenvolve junto com esporte, incentivo à leitura e interação com a tecnologia mais atual”, explicou o coordenador do projeto e professor do Instituto do Cérebro, Antônio Pereira.

Outro aspecto essencial para a realização do projeto é a formação continuada dos professores do ensino fundamental para que entendam as transformações e as necessidades dos seus alunos nesse período crítico do seu desenvolvimento.

“Trabalhamos junto com a escola. Não temos a solução pronta. Todas as ações são discutidas aqui com os professores que conhecem as necessidades do ambiente escolar e do diálogo surgem as intervenções que envolvem vários departamentos e professores da UFRN”, disse.


Professores da escola também recebem formação continuada para aplicar (Foto: Alberto Leandro)
Professores da escola também recebem formação continuada para aplicar (Foto: Alberto Leandro)



Diretora da Escola Juvenal Lamartine, Jeana Magalhães, explica que atualmente estão matriculados cerca de 800 alunos do próprio bairro do Alecrim como também de regiões da zona Norte de Natal. “Atendemos a faixa etária de 4 a 16 anos da educação infantil ao ensino fundamental. O projeto trouxe resultados positivos após o tempo de adaptação da nossa equipe e nos tornou referência ao longo dos anos que o projeto tomou corpo e já é modelo para a toda a rede municipal. Mostramos que é possível a interação entre educação básica e ensino superior envolvendo docentes, alunos, pais, funcionários”, afirmou Jeana.

O projeto iniciou com uma formação continuada sobre a “Neuroeducação” envolvendo o Instituto do Cérebro, Departamentos de Pedagogia, Fonoaudiologia, Psicologia, além da equipe da escola Juvenal Lamartine.

“Essa é uma contribuição modesta. Escolhemos uma situação grave e complexa como é a educação e com a universidade viemos dialogar para propor ações de enfrentamento ao problema inserindo no ambiente da escola com o conhecimento aprendido envolvendo fonoaudiólogos, engenheiros”, disse Antônio Pereira.


Aluno Antônio Ferreira participou de Olimpíada de Robótica representando a escola (Foto: Alberto Leandro)
Aluno Antônio Ferreira participou de Olimpíada de Robótica representando a escola (Foto: Alberto Leandro)


A escola passou a contar também com um Núcleo de Cognição Aplicado à Educação, local para que as atividades sejam planejadas e desenvolvidas. Além disso, o projeto Escolas Acadêmicas será expandido para a rede municipal após assinatura do convênio no início desse ano entre a Secretaria Municipal de Educação e a UFRN.

“Os alunos se interessaram e tivemos participantes em Olimpíadas de Robótica. Houve um crescimento na avaliação da Prova Brasil e todos foram capacitados para aprender melhor. Temos por exemplo o Laboratório de Robótica com o projeto Engenheiros do Futuro, a Leitura com Neurociências, desenvolvendo as capacidades dos nossos alunos. Nossa missão é ressaltar o valor da educação pública, motivando professores e alunos para alcançar bons resultados, passaremos por uma reforma onde teremos salas temáticas e que auxiliem no processo de aprendizagem, de acordo com o que aprendemos por meio da parceria com a universidade”, afirmou Jeana Magalhães.

Aprendizado para todos

Dentro das ações desenvolvidas pelo projeto Escolas Acadêmicas, alunos do curso de Engenharia Elétrica desenvolvem na escola municipal o projeto “Engenheiros do Futuro” em que os alunos do ensino fundamental aprendem a teoria e prática da Engenharia Robótica.

“As crianças se interessam pela robótica e por conhecimentos da ciência. Assim se torna um aprendizado mútuo”, disse a bolsista Nayane do Nascimento, aluna do curso de Engenharia Elétrica da UFRN, que participa do projeto.



Alunos da UFRN interagem com turmas do ensino fundamental da Juvenal Lamartine (Foto: Alberto Leandro)
Alunos da UFRN interagem com turmas do ensino fundamental da Juvenal Lamartine (Foto: Alberto Leandro)

A também estudante de Engenharia Elétrica, Paula Thainá fala com satisfação sobre o engajamento no projeto junto aos alunos da Escola Juvenal Lamartine. ”É um incentivo para seguirem na carreira de engenharia e robótica. Desde já aprendem o que lá no futuro poderão desenvolver melhor. Aliando teoria e prática com conteúdos de programação, automação, eletricidade, o que nos deixa muito empolgados”, disse Thainá.


“É muito legal as aulas teóricas e práticas que aprendemos a engenharia robótica, para aprender a fazer muito mais, uma oportunidade que é sem custo e oferecido pela parceria da escola com a universidade”, disse o aluno Antônio Ferreira, que por meio do projeto representou a escola nas Olimpíadas Brasileira de Robótica.

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