Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 29 de junho de 2014

Garota diagnosticada com altas habilidades/superdotação usa arte milenar oriental para canalizar energia criativa

Fonte : http://ndonline.com.br/florianopolis/plural/171666-aos-16-anos-barbara-jordao-mostra-super-habilidades-na-arte-dos-origamis.html

Aos 16 anos, Bárbara Jordão mostra super habilidades na arte dos origamis

Edinara Kley
FLORIANÓPOLIS

Transformar papel em objetos em 3D é a atividade artística que mais agrada Bárbara Cristina de Oliveira Jordão. Aos 16 anos, a garota diagnosticada com altas habilidades/superdotação encontrou na arte oriental dos origamis a maneira mais agradável de canalizar sua energia criativa. Tamanha foi sua interação com as dobraduras que a aluna da terceira fase do curso de Edificações do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) também foi convidada a ministrar cursos sobre o tema na instituição.

Para não perde nenhuma ideia, Bárbara carrega papéis para onde vai

Chamado de “Vida em dobras”, o projeto é uma pequena mostra de como a arte pode interferir positivamente na vida de estudantes comuns ou com o mesmo diagnóstico de superdotação. Das primeiras dobras aprendidas em 2012 no NAAH/S (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação de Santa Catarina) até agora, ela perdeu a conta de quantos modelos fez. E conta que, quanto mais cria, mas sente a necessidade de inventar novos objetos, animais e plantas.

Para não perder nenhuma ideia, anda com papéis nos bolsos. Na falta de coloridos, explica que qualquer material pode ser usado, de guardanapos de papel a sacas de cimento. Basta ser quadrado. “Às vezes eu estou andando ou no ônibus e sinto vontade de fazer, aí vem uma criança e pergunta o que eu estou fazendo, eu termino e entrego a ela. Ou se vejo alguém triste, faço uma flor e entrego”, narra a adolescente.

Ensinar o ofício milenar dos orientais para pessoas que cultivam o mesmo interesse também é uma forma de aliviar o estresse da menina aficionada em números. “Ajuda quando fico estressada, me distraio porque gosto de tentar coisas novas, sempre tem uma dobra nova que você pode aprender ou inventar”, comenta. Além de servir ao saber artístico, pesquisas indicam que fazer origami melhora a concentração, a precisão, o raciocínio lógico e a sensibilidade. “Depois que comecei a dobrar, desenvolvi um toque mais leve e apurei minha coordenação motora”, completa Bárbara.

A facilidade da jovem em fazer dragões, gatos, flores, casas, móbiles e outros objetos de papel surpreende. Rosas são suas criações preferidas e levam, em média, 10 minutos para ficar prontas, mas ela já demorou duas horas para terminar um rato. Fazer, apenas, não contentava a garota, que criou seu próprio projeto de ensino e uma história para ensinar origamis a crianças com necessidades especiais matriculadas em outros núcleos da Fundação Catarinense de Educação Especial. “Uma pedagoga assistiu a apresentação e me convidou para fazer a oficina, aceitei e percebi que eu gostava de ensinar”, comenta. As oficinas recebem alunos e pessoas da comunidade maiores de 10 anos.

O risco da discriminação

“O aluno com altas habilidades é um sujeito único com algumas questões diferentes, individuais”, pontua a pedagoga Liliam Barcelos, do NAAH/S, único núcleo do Estado a oferecer oficinas de artes plásticas, cerâmica, mecatrônica, matemática e produção textual a superdotados.

As atividades servem de complemento às aprendidas na escola e são importantes para que o aluno consiga utilizar todo seu potencial criativo nas disciplinas. Mas, para chegar até lá, há um longo caminho a ser percorrido, especialmente pelos órgãos educacionais que ainda não têm mecanismos eficientes para perceber as aptidões dos alunos.

De acordo com as leis de educação, o aluno com altas habilidades tem direito a atenção especial dentro e fora de sala de aula, só que há uma falha no reconhecimento destas características. Bárbara Cristina Jordão, por exemplo, foi “descoberta” em um olímpiada de matemática em 2012, quando recebeu menção honrosa. “Os educadores percebem pouco porque há um mito que o aluno com altas habilidades é acima da média em tudo, o que não é verdade. Enquanto isso não é descoberto eles chegam a ser discriminados na escola”, observa Liliam.

A pedagoga destaca que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3% a 5% da população mundial tem algum tipo de altas habilidades. “O último censo habitacional identificou 59 pessoas em todo Estado de Santa Catarina, mas só aqui no NAAH/S atendemos 40. Essa conta não fecha”, alerta.

Clique, neste link, aqui para assistir a a participação de Bárbara no programa Ver Mais, da RICTV Record :





MEUS COMENTÁRIOS :

Bárbara, você é uma graça !!! Continue humilde e fofa como tu já és !!!!

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