Extraído do site : http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,saiba-como-escolher-a-escola-adequada-para-seu-filho,1075470,0.htm
Kamille já estudou na escola em que matrículou sua filha, Luísa
Busca deve ser orientada pelos valores da família e perfil do aluno, dizem especialistas
Bárbara Ferreira Santos - Estadão.edu
Quem está insatisfeito com a escola do filho, quer transferi-lo no fim
do ano, mas ainda não fez a escolha, deve correr: o período de matrículas para
2014 já está aberto.
José Patrício/Estadão Conteúdo
Especialistas são unânimes em afirmar que não existe uma escola ideal
para todos, mas aquela que se adapta melhor ao que a família busca e ao perfil
do aluno. Confira os fatores que mais influenciam na tomada de decisão e
depoimentos de pais.
1. Perto de casa ou do trabalho dos pais
Enfrentar
horas de trânsito pode ser estressante para as crianças. Por isso, a maioria
das famílias prefere que o filho estude perto de casa. Há quem opte, porém, por
um colégio próximo do trabalho dos pais. Quézia Bombonatto, presidente da
Associação Brasileira de Psicopedagogia, alerta: “Estudar muito longe de casa
pode dificultar a convivência e a participação dos colegas nas festinhas”.
2. Preço do curso
Além do valor
da matrícula e da mensalidade, os pais têm de considerar os gastos com
material, eventos e viagens.
“É preciso pesquisar bastante. Escolas com propostas pedagógicas semelhantes
podem ter uma grande diferença de preço. Quem cobra muito mais fatalmente perde
o aluno para a concorrência”, diz Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do
Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo.
3. Sistema: livro didático ou apostila?
Outro fator é
se a escola usa livro didático ou apostila. Há professores que rejeitam as
apostilas, dizendo que elas engessam o trabalho. Para outros, elas facilitam. A
empresária Maria Augusta Ramos transferiu o filho Roberto Soares Brandão Filho,
de 13 anos, para um colégio com apostilas - e gostou. “Facilita a organização e
o conteúdo é condensado. Para o meu filho funcionou.”
4. Humanista ou com foco no vestibular
Muitos
colégios não dizem claramente, mas nas visitas é possível identificar se a
instituição é tradicional, com foco no vestibular, ou humanista, que privilegia
o desenvolvimento e a criatividade do aluno. A psicóloga Patrícia Garbelotto
escolheu para a filha de 1 ano uma escola construtivista. “Vou tentar manter
essa opção mesmo quando ela crescer. Quero que ela seja livre, que não fique só
presa aos livros.”
5. Opinião de pais que têm filhos na
escola
Um dos
principais conselhos dos especialistas é que a família converse com outros pais
que têm filhos na escola, para saber se o discurso da instituição é colocado em
prática no dia a dia. Foi o que fez a assistente de marketing Kamille Crotti
Haolla, mãe de Luísa Matarazzo Haolla Deus, de 3 anos. Além de pais, ela buscou
professores, pois havia estudado na escola e conhecia a maior parte deles.
“Também a levei a um evento no colégio para ver a reação dela”, conta.
6. Português ou dois idiomas
Na maioria das
escolas, as aulas são dadas em português e o inglês é ensinado duas vezes por
semanal. Mas há as que optam pelo ensino bilíngue - com currículo brasileiro,
internacional ou com ambos. A
aposentada Maria de Lourdes Teruel Martins escolheu para a filha, Christiane,
de 13 anos, uma escola internacional. “Ela sairá com fluência no inglês, já que
60% das aulas são nesse idioma, e com dois currículos. Poderá prestar
vestibular onde quiser.”
7. Meio período ou integral
Para os pais
que precisam do horário estendido, o fato de a escola oferecê-lo ou não é
decisivo. Avalie quais atividades são oferecidas no contraturno e como o
colégio se organiza. “Minha filha de 7 anos ficava com crianças menores e não
se adaptou. Resolvemos deixá-la na mesma escola, em meio período”, diz o
administrador Ailton Lopes.
8. Religiosa ou laica
Muitos pais
acreditam que a educação não deve ser influenciada pela religião. Já outros
querem que a escola siga os valores religiosos da família. A analista
financeira Karen Roth Setton só colocou o filho de 6 meses na escola porque era
uma instituição judaica. “Lá eu confio 100%.”
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