Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

DSM-5 E O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO




Uma das mudanças mais importantes da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) é o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O diagnóstico revisto apresenta novidades cientificamente úteis e mais precisas na maneira de diagnosticar e medicar pacientes com desordens relacionadas ao Espectro do Autismo. 


Usando o DSM-IV, os pacientes podiam ser diagnosticados em quatro níveis de comorbidades diferentes: Autismo Clássico, Síndrome de Asperger , Transtorno Desintegrativo da Infância ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação 


Os pesquisadores perceberam que esses diagnósticos separados não eram razoavelmente considerados nas clínicas e nos centros de tratamento. Qualquer pessoa diagnosticada com uma das quatro formas dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (PDD) do DSM-IV ainda deverá cumprir os critérios para TEA no DSM-5 ou outro manual mais preciso para o diagnóstico. Enquanto o DSM não delinear procedimentos de tratamento e recomendações para transtornos mentais, determinando um diagnóstico ainda mais preciso, esse é o primeiro passo para o profissional clínico estabelecer um plano de tratamento para o paciente. 


O Neurodevelopmental Work Group, liderado pela Doutora Susan Swedo, pesquisadora sênior do National Institute of Mental Health, recomendou os critérios do DSM-5 para TEA com o objetivo de que ele represente uma melhoria acentuada no nível de conhecimento sobre o autismo. O Grupo de Trabalho acredita que essas alterações facilitarão o diagnóstico do TEA sem limitar a sensibilidade dos critérios, ou alterar substancialmente o número de crianças diagnosticadas. 


Pessoas com TEA tendem a ter déficits de comunicação, tais como responder inadequadamente a conversação, interpretando mal as interações não-verbais, ou ter dificuldade em construir amizades adequadas à sua idade. Além disso, as pessoas com TEA podem ser excessivamente dependente de rotinas, altamente sensíveis a mudanças em seu ambiente, ou intensamente focada em itens inadequados. Mais uma vez, os sintomas das pessoas com TEA, coincidirá tanto com os de pacientes que apresentam poucos sintomas leves como de outros com muitos sintomas mais graves. Este espectro vai permitir aos médicos possam perceber as variações nos sintomas e comportamentos de cada paciente individualmente.


De acordo com os critérios do DSM-5, os pacientes com TEA devem apresentar sintomas desde a infância, mesmo se esses sintomas não forem mais reconhecidos mais tarde ao longo da vida. Esta mudança de critérios possibilita não só o diagnóstico precoce do TEA mas também permite que as pessoas, cujos sintomas não podem ser plenamente reconhecido até que as demandas sociais superam a capacidade para receber o diagnóstico. Uma importante mudança nos critérios do DSM-IV recebeu atenção especial: Os critérios anteriores haviam sido trabalhadas no sentido de facilitar a identificação de crianças em idade escolar com distúrbios relacionados com o autismo, mas não era tão útil no diagnóstico de crianças mais novas.


Os critérios do DSM-5 foram testados em situações clínicas da vida real como parte do trabalho do DSM-5 em ensaios de campo e análise, onde ficou claro que não haverá alterações significativas na prevalência da doença.

Antes do trabalho de avaliação mais abrangente do DSM-5, o maior e mais atualizado estudo que havia sido publicado nesse respeito era o de Huerta, et al, publicado em outubro 2012 em um artigo do American Journal of Psychiatry.


Os critérios para o TEA foram baseados na extração dos sintomas a partir dos dados coletados anteriormente. O estudo constatou que os critérios utilizados no DSM-5 identificou 91 por cento das crianças com diagnóstico do DSM-IV, sugerindo que a maioria das crianças com diagnóstico de Transtorno Global do Desenvolvimento baseados no DSM-IV irá manter o seu diagnóstico de TEA com os novos critérios. Diversos outros estudos, utilizando diversas metodologias, têm sido inconsistentes em suas descobertas.


O DSM é o manual usado por médicos e pesquisadores para diagnosticar e classificar os transtornos mentais. O American Psychiatric Association (APA) publica o DSM-5 em 2013, culminando um processo de revisão de 14 anos. 


APA é uma Sociedade Médica Especializada que tem como membros mais de 36 mil médicos especialistas no diagnóstico, tratamento, prevenção e pesquisas de doenças mentais, incluindo transtornos por uso de substâncias.


Visite o APA no www.psychiatry.org.


Para mais informações, entre em contato com Eva Herold em 703-907-8640 ou press@psych.org. 



© 2013 American Psychiatric Association

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