Educação
25/08/2013 - 09:52
Helena BorgesEducação
Dois brasileiros figuram na lista de
candidatos à maior honraria da matemática no mundo. Contribuiu para o feito o
trabalho de um instituto que está formando uma elite naquela que é a ciência
campeã de notas vermelhas no país
Helena Borges
CALCULADORES
- Ávila (à direita), cotado para medalha: início precoce e estímulo da
família. Alessandro (à esquerda) diz que sempre adorou matemática e
percebeu no Impa que “não estava sozinho no mundo”.
Figurar
nessa lista já é, em si, uma glória. Mas os brasileiros Fernando Codá, de 33
anos, e Artur Ávila, de 34, candidatos ao prestigioso prêmio Fields, o Oscar da matemática, têm motivos para uma
dose extra de empolgação. São boas, muito boas, as chances de eles levarem a estatueta
para casa - ou melhor, as medalhas. São quatro, entregues a cada quatro
anos a matemáticos de até 40 anos que tenham surpreendido a academia com
resultados inéditos e revolucionários. A cerimônia será no ano que vem, na
Coreia do Sul, depois do encerramento do Congresso Internacional de Matemáticos
(Codá foi convidado a proferir uma das palestras do encontro, algo que Ávila
também fez em 2010, quando figurou como único palestrante brasileiro). Os
Estados Unidos, com catorze medalhas, são os grandes campeões dessa competição.
A França vem logo depois, com dez vitórias, seguida pela Rússia e pela
Inglaterra, ambas com seis. Como o Brasil, país sem nenhum destaque nas
ciências exatas, entrou nesse clube? A resposta está aos pés do Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro, no prédio do Instituto de Matemática Pura e
Aplicada (Impa), o centro de estudos onde os alunos se formaram e onde, brincam
eles, só entra quem não é muito normal.
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