Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Superdotação é debatida na Câmara dos Deputados - Instituto Brookfield

Um dos destaques foi a carência de estrutura para atender estudantes superdotados.




Claudia Hakim (centro da foto) na Câmara dos Deputados. Foto: Arquivo pessoal.


De acordo com o último Censo Escolar (2012), existem cerca de 11 mil estudantes com desempenho intelectual acima da média, matriculados na educação básica.


Preocupados com o desenvolvimento dessa parcela da população, nesta terça-feira (7/05), um grupo de pais, especialistas, deputados e gestores debateram os desafios e as políticas educacionais para os alunos com altas habilidades/superdotação, na Audiência Pública de Políticas Públicas para inclusão dos alunos com altas habilidades/superdotação, realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília.

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Um dos destaques apontados durante a audiência foi a carência de recursos financeiros, de estrutura adequada e de professores capacitados para atender estudantes superdotados. Atualmente, existem apenas 27 centros de atendimento especializado em todo o País.

“Na audiência, pontuei a importância de o MEC firmar parceria com as escolas, orientando-as a cumprirem a lei, interferindo nas questões que gerarem não atendimento destes alunos e, também, pensar numa forma de divulgar o que é a superdotação, para a sociedade como um todo e nas escolas”, Claudia Hakim, mãe de superdotados e Assessora Jurídica do Núcleo Paulista de Atenção à Superdotação (NPAS).

Apoio

A audiência teve o apoio e participação do Programa Estrela Dalva (ILECCA), por meio de uma carta levada por um grupo de pais de crianças superdotadas. Nela, Maria Clara Sodré, Superintendente do Programa, enfatizou o número de superdotados no País e a importância do olhar da sociedade para essa parcela da população. “Especialistas da Organização Mundial de Saúde trabalham com a hipótese da existência de pelo menos oito milhões de pessoas no Brasil com capacidade cognitiva acima da média da população. Habilidades superiores criam necessidades especiais; portanto, alunos superdotados, talentosos e criativos devem ser desafiados com atividades diferentes daquelas oferecidas à média, para poderem efetivar seu potencial. Se não forem estimulados, poderão até mesmo lutar contra habilidades que os levariam a descobertas científicas, criatividade artística, liderança, entre outras.”, enfatizou Maria Clara.




Foto: Getty Images.


O deputado Eduardo Barbosa, do PSDB de Minas Gerais, afirmou que o tema encontra pouca visibilidade, inclusive na Comissão de Educação. “E a gente tem que dar a mão à palmatória porque a Comissão de Educação da Câmara nunca se aprofundou nesse tema. Haja vista que nós tivemos aqui a Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, mas não tivemos uma audiência sequer sobre essa questão”, disse.


Caminhos

Uma das medidas para a inclusão dos superdotados poderá vir com a tramitação na Câmara de um Projeto de Lei do Senado (PL 4700/12) que cria um cadastro nacional de alunos com altas habilidades/superdotação matriculados na educação básica ou superior. A proposta vai ser analisada pelas comissões de Educação e de Constituição e Justiça, sem necessidade de aprovação em plenário.


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