Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Principais tópicos abordados na Audiência Publica para Políticas Públicas em prol dos alunos com altas habilidades / superdotação, realizada na Câmara Dos Deputados, em Brasilia, em 07/5/2.013



 

1 - Censo Escolar : o Censo escolar deve refletir a realidade e o numero mais próximo possível dos alunos superdotados matriculados na rede de ensino. Como as escolas não identificam tais alunos, estes não figuram no Censo. E, mesmo dentre aqueles alunos identificados, também a grande maioria não consta do censo escolar. Porque as escolas não sabem que este aluno precisa ter a sua matricula contabilizada no Censo e não sabem a importância deste censo para estes alunos. A Sra. Macae Evaristo dos Santos - Secretaria da SECADI - MEC, departamento de diversidade aonde se inserem os alunos superdotados, nos disse que o MEC precisa ter ciência deste numero para gerar a demanda do atendimento. Se este numero de alunos superdotados, no Censo for baixo, o MEC não saberá a demanda destes alunos.

Há que se fazer uma política para que as escolas saibam da importância deste censo e da identificação destes alunos ! 

2 - Recursos Financeiros Duplo Fundeb : ficou claro para as pessoas que participaram desta audiência que os recursos que o governo federal destina para os alunos superdotados que são matriculados e registrados no Censo não são repassados para as escolas. Esta verba do Fundeb esta prevista em lei, mas, não vem sendo respeitada. Todo e em qualquer recurso destinado ao desenvolvimento e estimulou dos alunos superdotados eh imprescindível. Esperamos que a senhora secretaria do MEC possa nos justificar e explicar para onde se destinam estes recursos e verificar se , a partir de então, os mesmo serão repassados as escolas que possuem estes alunos registrados no Censo e que fazem jus, por lei, sobre esta verba ! 

3 - Formação Continuada : Precisamos que sejam feiras capacitações e formações dos professores para saberem identificar e trabalhar com estes alunos, em sala de aula.

4 - Judicialização da Educação : Se houverem políticas publicas que atendam aos alunos superdotados, não serão necessárias as ações judiciais para o cumprimento da lei. O que existe hoje eh que, como as escolas, diretorias de ensino e Secretarias da Educação se recusam a cumprir a lei, não as conhecem, o aluno que precisa de atendimento, muitas vezes, só consegue judicialmente, sendo que, nem todos tem condições de contratar advogados, o que limita o atendimento destes alunos.

5 - Salas de Recursos Funcionais : Precisamos que as salas de recursos funcionem, sejam ativadas e que tenham verba para tanto. Muitas salas de recursos, atualmente, que dão atendimento a estes alunos funcionam com verbas particulares, e não publicas ! 

6 - Produção das salas de Recursos : Seria interessante que a sociedade tivesse conhecimento dos trabalhos que são desenvolvidos pelas salas de recursos.

7 - É importante que o MEC faça avaliação destes Núcleos de altas habilidades. A sra. Secretaria do SECADI - MEC ressaltou a importância da criação de um plano de atendimento especializado para este aluno que tem demandas muito diferenciadas.

8 - Ela também cogitou a Ideia de educação integral para estes alunos com a diversidade dos espaços educativos. Ou seja ; os alunos não aprenderiam somente em sala de aula e o conteúdo que eh passado, mas, também em outros espaços e outros conteúdos não curriculares.

9 - A sra. Secretaria do SECADI também reconheceu a necessidade de se fortalecer os NAAH's (Núcleo de Atividade as Alta Habilidades) dos Estados Brasileiros.

10 - O MEC firmou um compromisso com a deputada Erika Kokay, autora do requerimento desta audiência publica para que este assunto seja mais debatido com o MEC para que se atinja a proposta desta audiência, que eh o atendimento do aluno superdotado em suas habilidades. Para tanto, o MEC firmou um compromisso de manter este dialogo com os representantes das entidades que atuam na área das altas habilidades.

11 - Renata Maia Pinto falou sobre a necessidade de se regulamentar aceleração de série e uma alteração no artigo 24 da Lei de Diretrizes Básicas de Educação, a proibição do aluno ser reclassificado (pular) no primeiro ano do ensino fundamental.

12 - Denise Fleith  trouxe a questão do atendimento ao superdotado como um todo, um olhar mais humanizado, que prevê não somente a parte acadêmica ou o desenvolvimento dos talentos úteis à nação, mas o que a educação pode trazer de benefícios pessoais que contribuam para a felicidade e bem estar desses alunos, como seu desenvolvimento nos aspectos sócio-afetivos e emocionais. E a colega dela, também de Brasília, Vera Lucia Palmira, reiterou tudo o que foi dito pelas especialistas já mencionadas.

13 - A especialista de Belo Horizonte, Alessandra Benati, ressaltou a importância da capacitação dos profissionais ligados a educação, na área das altas habilidades.

14 - O Dr. Alexandre Valdetero da Associação Paulista de Altas Habilidades e Superdotação (APASHD) trouxe ao conhecimento da Secretaria do MEC as dificuldades que vem sendo encontradas no Estado de São Paulo para se conseguir fazer valer o atendimento ao aluno superdotado e regulamentar a aceleração de série.

15 - Eu, Claudia Hakim, pontuei a importância do MEC firmar uma parceria com as escolas, orientando-nas a cumprirem a lei, interferindo nas questões que gerarem um não atendimento destes alunos e também pensar numa forma de divulgar o que eh a superdotação para a sociedade como um todo e também nas escolas.

Claudia Hakim
Autora do Blog : Mae de Crianças Superdotadas (www.maedecriancassuperdotadas.blogspot.com)
Assessora Jurídica do Nucleo Paulista de Atenção a Superdotação (NPAS)





Clique, aqui, no link abaixo, para assistir à minha fala, na Audiência Pública :


http://vod.camara.gov.br/cgi-bin/playlist.pl?p=plenario4_2013-05-07-16-36-06-000_167437&d=1

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