Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quarta-feira, 6 de março de 2013

Especialista aponta caminhos para diminuir a falta de informação


Extraído do site : http://blog.institutobrookfield.org.br/index.php/2013/02/criancas-superdotadas-o-que-fazer-%E2%80%93-parte-1/


Crianças superdotadas: o que fazer? – Parte 1


Foto: Chaos / Getty Images



A superdotação/alta habilidade ainda é um tema com muito potencial de exploração. Muitas pessoas não sabem como lidar com as crianças que aprendem de forma diferente que as demais. Como pais, família e sociedade devem encarar esse fato? A conscientização é um dos caminhos para diminuir o preconceito e o desperdício de grandes talentos por falta de estímulo e estrutura, entre outros fatores.





Esse problema está entre os principais desafios da superdotação no Brasil, segundo a presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD)





“Os principais são: falta de informação da sociedade; falta de formação dos professores; mitos e crenças equivocadas; preconceito”, afirmou.



Nós, do Instituto Brookfield, sabemos disso e cuidamos com muito carinho dessa realidade. Estamos na luta. É por isso que apoiamos o Programa Estrela Dalva, que também cuidadesse assunto da mesma forma e empenho, dando oportunidade para crianças superdotadas moradoras de comunidades de baixa renda.



Para destacar esse assunto no blog e conscientizar cada vez mais, resolvemos detalhá-lo na entrevista, dividida em duas partes, que fizemos com a Drª. Susana Pérez, presidente do Conselho Brasileiro de Superdotação. Hoje apresentaremos um panorama geral. Semana que vem, publicaremos mais detalhes e dicas pedagógicas para quem se interessa sobre o assunto. Confira:



Instituto Brookfield: Conte um pouco sobre o trabalho do Conselho Brasileiro para Superdotação.




Drª. Susana: O Conselho Brasileiro para Superdotação é uma instituição da sociedade civil criada em 2003 e dedicada a defender os direitos das pessoas com AH/SD, incentivar pesquisas e estudos, promover publicações e eventos na área, dar assistência às pessoas que o procuram. Ele é uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente pela sua seriedade e dedicação à área.




Temos uma biblioteca virtual no nosso site, que é atualizada permanentemente. Por ser uma ONG, o ConBraSD não tem recursos próprios e todos os membros da Diretoria e Conselhos trabalham de forma voluntária, sem receber qualquer remuneração. Dependemos exclusivamente da contribuição simbólica dos sócios e/ou doações.



A Diretoria atual assumiu em janeiro e, portanto, estamos em processo de atualização do site e início das atividades, mas temos diversos projetos para a nossa gestão (2013-2014).



Drª. Susana Pérez. Foto: Arquivo pessoal.



Instituto Brookfield: É preciso que a criança com altas habilidades/superdotação estude em algum colégio diferente?




Drª. Susana: A escola deve atendê-los de forma diferenciada, sim, conforme está definido na legislação brasileira, mas se essa escola for “somente para crianças com AH/SD”, como se desenvolveria uma criança que somente convive com outras iguais a ela?



Onde essa criança aprenderá a conviver com a diferença? Felizmente, a educação brasileira é inclusiva e, embora hoje em dia ainda não atenda um número nem próximo das estimativas mais conservadoras de alunos com AH/SD, o atendimento educacional especializado na escola (pública ou privada) que a criança frequenta, em escola próxima ou em centro de atendimento especializado é obrigatório.




Instituto Brookfield: Qual é a estimativa de superdotados no Brasil?




Drª. Susana: Não há estimativas oficiais brasileiras. O MEC não informa ao público em geral o número de alunos com AH/SD declarados no Censo, que é ínfimo. Sabe-se que qualquer país terá aproximadamente 3,5 a 5% de pessoas com QI acima de 130, o que foi, durante algum tempo, considerado como uma estimativa de superdotação (aproximadamente 2,5 milhões de crianças na Educação Básica, ou 8 milhões de brasileiros). As pesquisas de Mestrado e Doutorado e alguns estudos realizados na área têm constatado um percentual entre 7,5 e 10% de pessoas com AH/SD. Isso quer dizer que, em média, temos de 2 a 3 pessoas com AH/SD em cada sala de aula de todas as escolas do País.




Instituto Brookfield: Você indica lugares para que os pais possam buscar ajuda e informação sobre o tema?




Drª. Susana: Procurem informações em lugares idôneos, como o site do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD) ou de associações nos diferentes estados. Há muitas informações equivocadas, e muitas pessoas que não estão qualificadas para oferecer qualquer tipo de informação ou ajuda, mas que tiram proveito da grande desinformação que há sobre o tema.


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