Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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sábado, 27 de outubro de 2012

Superdotados e superdotados underachievers


Fleith, Denise de Souza
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dc.contributor.author
Tentes, Vanessa Terezinha Alves
dc.identifier.citation
TENTES, Vanessa Terezinha Alves. Superdotados e superdotados underachievers : um estudo comparativo das características pessoais, familiares e escolares. 2011. 152 f. Tese (Doutorado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
en




dc.description
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2011




A baixa performance acadêmica em indivíduos superdotados constitui um fenômeno complexo, observado e relatado por professores



Porém, não se tem ainda uma definição consensual que agregue os vários elementos que compõem essa realidade aparentemente antagônica.



A definição de baixa performance, underachievement em inglês, enfatiza a discrepância entre o potencial revelado (habilidade) e a performance (realização) particularmente no contexto escolar. Este estudo comparou dois grupos de alunos, superdotados e superdotados underachievers, de um atendimento educacional especializado para alunos com altas habilidades/superdotação, em relação às suas habilidades, preferências, interesses, aspectos motivacionais, características pessoais, relações interpessoais e acadêmicas e estilos de aprendizagem. Investigou ainda possíveis diferenças entre os alunos desses dois grupos, dos gêneros masculino e feminino, em relação à inteligência, criatividade, motivação para aprender, autoconceito, desempenho escolar e atitudes parentais.



Participaram do estudo 96 alunos, sendo 53 superdotados e 43 superdotados underachievers. Utilizou-se um delineamento descritivo-comparativo e uma combinação de instrumentos para acessar as variáveis investigadas. Foram empregados testes psicométricos de inteligência não verbal, de pensamento criativo verbal e figurativo, e de desempenho acadêmico, bem como aplicadas escalas de características pessoais, acadêmicas e motivacionais, estilos de aprendizagem, autoconceito e atitudes parentais. A análise baseou-se também nos dados colimados no Protocolo de Investigação da Performance Acadêmica de Alunos Superdotados, análise documental e questionário demográfico. Para o estudo comparativo foi realizada a análise de variância multivariada (MANOVA).



Os resultados indicaram prevalência de alunos superdotados underachievers entre superdotados na razão de 2:1.



Os alunos superdotados, em comparação aos underachievers, obtiveram desempenho significativamente superior nas medidas de inteligência, criatividade total e criatividade ix verbal, autoconceito (na dimensão conduta comportamental e autoestima global), desempenho escolar total e no subteste de escrita.



Por outro lado, os underachievers se destacaram nas medidas de motivação extrínseca quando comparados aos superdotados.



Com relação ao gênero, os resultados sinalizaram diferenças significativas a favor do gênero masculino quanto à inteligência. Da mesma forma, as alunas obtiveram resultados superiores, quando comparadas aos alunos, nas medidas de criatividade verbal, motivação intrínseca para aprender, autoconceito na dimensão autoestima global e desempenho escolar na dimensão escrita. Interações significativas entre grupo e gênero foram observadas em relação à inteligência e autoconceito nas dimensões competência escolar, aceitação social e autoestima global. As alunas superdotadas underachievers obtiveram resultados inferiores em todas as medidas quando verificados os efeitos da interação grupo e gênero.



Quanto às variáveis relacionadas à família, não foram observadas diferenças significativas no que tange às atitudes parentais adotadas na educação de superdotados e superdotados underachievers.



Alunos underachievers são invisíveis ao sistema de ensino e estão de algum modo, excluídos dos processos educacionais e à mercê de vulnerabilidades pessoais e sociais. É imperativo que a sociedade se mobilize para criar alternativas alinhadas com o movimento de educação inclusiva, a fim de reverter essa realidade paradoxal.




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