Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Impacto da educação inclusiva na pré-escola é avaliado em pesquisa



Extraído do site : http://agencia.fapesp.br/15867



Experiência da diversidade na infância pode promover a abertura ao diferente e evitar o preconceito de forma duradoura, sugerem pesquisadores da USP (Milton Michida/GESP)



Impacto da educação inclusiva na pré-escola é avaliado em pesquisa


12/07/2012


Por Karina Toledo






Experiência da diversidade na infância pode promover a abertura ao diferente e evitar o preconceito de forma duradoura, sugerem pesquisadores da USP (Milton Michida/GESP)



Agência FAPESP – Vivenciar a experiência da educação inclusiva na pré-escola pode promover a abertura em relação ao diferente e evitar o preconceito de forma duradoura, aponta uma pesquisa feita no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).


A pesquisa qualitativa foi feita com seis alunos com idades entre 7 e 16 anos egressos de uma creche pública com características inclusivas e ambiente diversificado. Além de crianças com deficiência, a instituição situada na cidade de São Paulo atende alunos de diferentes classes sociais e etnias.



“A ideia era entrevistar esses alunos, agora no ensino fundamental e em escolas diferentes, para avaliar se a experiência da educação inclusiva pré-escolar teve impacto em suas atitudes e valores”, contou Marie Claire Sekkel, coordenadora da pesquisa que teve apoio da FAPESP.




Segundo Sekkel, a investigação teve como base diversas teorias da psicologia que apontam as experiências vividas na infância como fundamentais para definir as características mais marcantes do caráter de uma pessoa.



“Todos os entrevistados demonstraram uma abertura para se relacionar com pessoas significativamente diferentes em suas novas escolas. Nesse conceito estão incluídas não apenas deficiências físicas e intelectuais, mas também orientação sexual, religião, etnia, classe social e demais questões que caracterizam o diferente”, disse.




Também foi possível observar pelas entrevistas que os estudantes percebem claramente as situações que fogem da norma, mas não as veem como algo negativo. “Eles não têm a ideia preconcebida de que uma pessoa com deficiência, por exemplo, é triste ou insatisfeita. Percebemos nos relatos uma relação de respeito”, contou Sekkel.




Os entrevistados também demonstraram agir de forma diferenciada no ambiente escolar. “Enquanto a maioria das pessoas se cala diante de uma cena de discriminação ou agressão, eles se preocupam e alguns interferem na tentativa de ajudar. Isso mostra que a formação foi capaz de criar uma consciência suficientemente forte para desencadear também ações e compromissos”, disse.




Essa abertura para com o diferente, de acordo com a pesquisadora, manteve-se independentemente dos valores familiares. “Há algo comum na educação dessas crianças para o qual a escola exerce forte determinação. Isso mostra o potencial das instituições de educação na formação desses alunos”, disse.




Sekkel pretende agora investigar também o impacto dessa experiência pré-escolar inclusiva nos pais dos alunos. “A fase pré-escolar é quando os pais estão mais próximos da criança e da escola. Então tudo o que acontece com os alunos acaba influenciando a vida familiar”, disse. 




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