Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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sábado, 28 de julho de 2012

Por que ela está tão feliz ?



PURA INSPIRAÇÃO Gisela Ceresér, de 6 anos, em sua casa. Ela adora convidar os amigos para brincar e passear com os cachorros (Foto: Ricardo Jaeger/ÉPOCA)







Uma nova pesquisa revela o que deixa as crianças brasileiras alegres ou tristes


THAIS LAZZERI







Criar filhos felizes é uma das maiores preocupações dos pais – e começa antes mesmo de eles nascerem. O que deixa as crianças realmente felizes? Brinquedos, viagens ou parques de diversões? Uma pesquisa exclusiva mostra, pela primeira vez, o que sentem as crianças brasileiras. E ninguém melhor que elas próprias para contar o que as deixa felizes ou tristes.



A pedido da Sociedade Brasileira de Pediatria, o instituto de pesquisas Datafolha ouviu 1.525 crianças, de 4 a 10 anos, de 131 municípios. Até então, não existia no Brasil uma investigação sobre esses sentimentos. Não era possível afirmar se a diferença cultural ou a classe econômica poderia contribuir para o grau de felicidade na infância. Para surpresa dos pesquisadores, nenhum desses fatores foi significativo. Crianças do Recife deram respostas muito parecidas com as de São Paulo ou Porto Alegre. “Os sentimentos se mostraram universais”, afirma Eduardo Vaz, pediatra, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).



O estudo contemplou os estados emocionais da criança em relação à família, ao futuro, às brincadeiras e à escola. E aí veio mais uma surpresa: o que deixa a criança mais feliz são coisas simples, como estar com os avós, brincar com os amigos e praticar esportes. Para saber se os pais têm essa mesma percepção, ÉPOCA conversou com dez famílias, das cinco regiões brasileiras. A seguir, os resultados.



Família


Querer ficar perto dos pais, dos irmãos e... dos avós. Sim, dos avós também
. É isso que deixa 87% das crianças brasileiras mais alegres, de acordo com a pesquisa. E eles estão mais presentes no dia a dia dos netos por vários motivos.

CONECTADOS Os Mozetos em casa, em São Carlos, São Paulo. Os irmãos Fernando, de 11 anos, e Leonardo, de 5, falam por telefone ou Skype todos os dias com a avó materna (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)


CONECTADOS 


Os Mozetos em casa, em São Carlos, São Paulo. Os irmãos Fernando, de 11 anos, e Leonardo, de 5, falam por telefone ou Skype todos os dias com a avó materna (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA).
Os avós de hoje chegam à velhice mais saudáveis, conectados e menos saudosistas. Lucia Maria Chavez mora em São Paulo e os netos, Fernando, de 11 anos, e Leonardo, de 5 anos, em São Carlos. Mas eles se falam todos os dias, por Skype ou telefone. Quando a mãe, a nutricionista Fernanda Mozeto, trabalhava fora e uma das crianças tinha febre, a avó percorria os 255 quilômetros que separam as duas cidades para cuidar do neto. “Os avós são repositórios da história daquela família”, diz Lídia Aratangy, psicóloga, autora de Novos desafios da convivência(Ed. Rideel). A presença deles traz, para a criança, a segurança de onde ela veio.”
Estar perto dos pais também é motivo de alegria para a maioria das crianças. Para 87%, ficar perto da mãe; para 78%, do pai. E um dos fatores que mais entristecem as crianças é ficar longe deles. Cerca de 71% dizem ficar muito tristes quando longe do núcleo da família (geralmente o pai e a mãe).
O dia do aniversário aparece como motivo de alegria para 96% das crianças. Não só os presentes são responsáveis pela felicidade dos pequenos, mas a atenção que recebem na data da família e dos amigos também – além do próprio fato de crescerem oficialmente.
Longe do estereótipo de família perfeita, saber que a proximidade é tão importante para o bem-estar da criança pode ajudar os pais a, dentro do possível, adotar pequenas atitudes que façam diferença para os pequenos. Pode ser um recado surpresa na lancheira, uma ligação no meio da tarde, um SMS ou usar a hora do almoço para buscá-lo na escola. Levar ao cinema ou a um parque também é bom, mas a presença dos pais faz mais diferença que o tipo de programa. Como disse o escritor Guimarães Rosa, “felicidade se acha em horinhas de descuido”.
Fazer refeições em família, mostrou a pesquisa, deixa 87% das crianças felizes. Mas e aquele dia em que a mãe chega tarde do trabalho e os filhos estão dormindo? “Esses momentos pontuais não importam se os pais estão presentes”, afirma Lídia. Presença física é importante, mas não é só a isso que Lídia se refere quando fala em presença. Saber onde o filho está, o que vai comer, se está usando casaco em dia de frio, se voltou da escola bem ou se vai ter um aniversário de um colega e é preciso comprar um presente são cuidados à distância que fazem diferença na relação familiar. “As crianças sentem essa conexão”, diz Lídia.
Uma vez que é ouvida, valorizada, recebe atenção e carinho, a criança sente que pode confiar nos pais. Essa confiança torna-se um canal aberto para o diálogo na adolescência. O que não significa que percalços não acontecerão. Mas, se algum problema ocorrer, esse adolescente tem intimidade para se abrir e pedir ajuda.





2 comentários:

  1. Matéria muito interessante.
    Gostei demais do seu espaço.
    bj Sandra
    http://projetandopessoas.blogspot.com.br//

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  2. Se vc gostou deste espaço, venha conhecer o meu grupo no facebook, chamado "Mãe de Crianças Superdotadas", que é é destinado para os pais que procuram o melhor para o desenvolvimento do seu filho em todos os aspectos e também para os profissionais e pessoas quem possuem interesse, na área da superdotação, me chame no facebook, apresentando-se, que eu te insiro no grupo, ok ?

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