Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Não existe uma pessoa mais ou menos inteligente que outra e sim que determinada pessoa possa ter desenvolvido melhor algumas inteligências do que outras ...







Considerando os diferentes tipos de inteligências descritos por GARDNER, pode-se pensar então que não existe uma pessoa mais ou menos inteligente que outra e sim que determinada pessoa possa ter desenvolvido melhor algumas inteligências do que outras. Sendo assim, pode-se perceber que os indivíduos que têm um bom desenvolvimento acadêmico acabam sendo considerados como os mais inteligentes, e na verdade o que acontece é que eles desenvolveram mais a inteligência lógico-matemática do que outros. Enquanto isso os outros alunos considerados não tão inteligentes podem ser muito bons em música ou apresentarem talentos incríveis nas aulas de educação artística. Eles podem não ter a inteligência lógico-matemática tão desenvolvida, mas podem apresentar um ótimo desenvolvimento em outras inteligências, como na inteligência musical, ou espacial.



O mesmo pode acontecer na pessoa com autismo, ou seja, ela pode ter algumas inteligências mais desenvolvidas do que outras, assim como qualquer outro indivíduo 'normal'. Pensando-se no autismo através da teoria das inteligências múltiplas pode-se perceber que as pessoas com autismo apresentam prejuízos em algumas inteligências e em outras podem apresentar até um alto nível de desenvolvimento, ou seja, há alguns prejuízos em determinadas áreas que acabam comprometendo seu desenvolvimento, mas em outras áreas podem obter excelentes rendimentos.



O quadro do autismo foi descrito pela primeira vez em 1943 por Leo Kanner,um psiquiatra infantil de origem austríaca e radicado nos EUA. Kanner ficou intrigado com um menino de cinco anos de idade que conseguia dizer o nome de todos os presidentes e vice-presidentes, falar as letras do alfabeto na seqüência habitual e de traz para frente, e recitar de forma impecável o salmo 23, mas era incapaz de manter uma conversação ordinária, não estabelecia contato com as pessoas, e se dirigia a outras pessoas como eu e a si mesmo como você. Kanner também descreveu a tendência ao isolamento, as dificuldades na comunicação, os problemas comportamentais e as atitudes inconsistentes que constituem a marca registrada do autismo. (SCHWARTZMAN, 2003). Em paralelo com a teoria das inteligências múltiplas, pode-se observar que esse menino tinha um ótimo desenvolvimento na inteligência lingüística, porém grande comprometimento nas inteligências intrapessoal e interpessoal.




Vários são os autores que se dedicaram ao estudo do autismo, entre eles destaca-se GAUDERER (1997, p.3), que resume a definição de autismo dizendo que é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave, durante toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de cinco em cada dez mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos que meninas. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. A pessoa com autismo apresenta dificuldades em três grandes áreas do desenvolvimento, ou seja, há prejuízo na interação social, comunicação e no comportamento. Essa inadequacidade no desenvolvimento é a causa do comprometimento em algumas inteligências, normalmente, no caso do autismo, as inteligências que mais aparecem comprometidas são a interpessoal e intrapessoal.

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