A VIDA FÁCIL DO SUPERDOTADO
INTRODUÇÃO
É importante a compreensão dos conceitos básicos, bem como o processo de identificação que envolve a superdotação. E essa preocupação procede da constatação de que há pouco conhecimento sobre o assunto, carência de profissionais especializados e inexistência de instituições específicas para acolhimento dessas crianças. Além disso, sabe-se que muitas, por não terem suas necessidades educacionais atendidas, acabam por apresentar dificuldades em suas relações interpessoais e, podem até vir a abandonar a escola.
Para o alcance desses objetivos optou-se pela abordagem conceitual, comportamental e psicológica, que permite aprender a totalidade dos fatos pesquisados considerando os sujeitos constituídos nas suas relações sociais.
Assim sendo, fez-se necessário realizar um estudo de pesquisa sobre o conhecimento dos métodos, técnicas e abordagem teórica que norteiam o processo de identificação da superdotação, bem como diálogos com os profissionais na área de educação e com os pais. Assim, constata-se o ponto de vista de cada um, uma vez que é através da linguagem que se pode ter acesso ao pensamento dos sujeitos e entender seu ponto de vista e dificuldades que possam estar enfrentando em lidar com essas crianças.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O assunto da dotação vem sendo abordado há mais de 2300 anos através de conceitos de inteligências. Com relação a isso Platão disse; "Deus que te criou, colocou metais diferentes na tua composição : ouro, para que os que são preparados para governar ; prata, para os que têm de agir como executores (da lei) e uma mistura de ferro para aqueles, cuja tarefa será a de cultivar o solo ou os bens manufaturados. Todavia, ocasionalmente, um pai de ouro pode gerar um filho de prata ; ou um pai de prata, um filho de ouro ; de fato, qualquer tipo de pai pode, às vezes, procriar qualquer tipo de filho", segundo Sednicov (2006).
De acordo com Platão, a inteligência era uma determinação divina, onde a genética e a sociedade não exerciam qualquer influência. Naquela época eram os filósofos que davam explicações, uma vez que ainda não existiam estudos científicos. E, somente por volta do século XIX , a psicologia foi considerada como ciência, podendo explicar o comportamento humano. Então, surgem os primeiros estudos científicos sobre inteligência.
As contribuições de hoje constituem diferentes teorias que tentaram explicar da melhor forma possível o desenvolvimento do homem. Desde abordagens em que o comportamento humano é controlado pelos estímulos externos, até a consideração da inteligência constituir fatores genéticos e hereditários.
Segundo Sabatella (2005) existe várias razões para se justificar a necessidade de uma atenção especial ao superdotado. Uma delas é por ele apresentar um potencial superior que o torna um dos recursos humano mais precioso, responsável por uma contribuição significativa ao desenvolvimento de uma civilização. Outra seria a possibilidade de proporcionar um melhor desempenho escolar aos seus companheiros, pois num trabalho colaborativo e na aprendizagem com o outro, os alunos têm possibilidades de sucesso maior, principalmente aqueles com dificuldades de aprendizagem. E ainda é impossível pensar em integração quando não existir um profundo respeito às diferenças e uma enorme vontade de estudar e aprender acrescenta, a autora.
Com base no Censo Escolar 2006, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), estima que no Brasil existam 2.553 meninos e meninas com essas características. Porém, a realidade pode ser maior ainda, pois muitas escolas podem deixar de informar quantos alunos são atendidos como pessoas superdotadas.
E ainda, segundo dados do INEP, a educação de PAH deveria ser feita através de salas de recursos, freqüentadas no turno contrário ao do ensino regular. Sendo que a instalação dos mesmos fica a critério das direções das escolas municipais. E de acordo com essas as escolas geralmente dão prioridade ao trabalho de alfabetização e o ensino de estudantes com deficiências, enquanto que as crianças com altas habilidades são atendidas nas salas de aula normais, sem nenhuma atenção especial.
De acordo com as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (Ministério da Educação, 2001), este considera crianças superdotadas e talentosas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados : capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para as artes e capacidade psicomotora.
CARACTERÍSTICAS
Para a Secretaria de Educação Especial do Mec (1998), em acordo com classificações internacionais, a pessoa com altas habilidades, destaca-se pela consistência dos seguintes traços :
- Capacidade intelectua l;
- Aptidão acadêmica ou específica ;
- pensamento criador ou produtivo ;
- Capacidade de liderança ;
- Talento especial para artes visuais, artes dramáticas e música ;
- Capacidade psicomotora.
CONCEPÇÃO CIENTÍFICA
A ciência utiliza a média de QI (quoeficiente de inteligência) para definir a dotação e vem realizando diversas experiências a fim de explicá-los. Segundo publicação da Academia de Sobredotados, no Instituto Nacional de Saúde Mental, em Bethesda nos Estados Unidos, uma equipe de neurologistas concluiu que o cérebro humano de crianças com QI elevado se desenvolve de forma diferenciada.
Segundo Gardner (1995), existe uma escala de 1 a 6 considerada dessa forma :
Nível 1 pessoas com pouca inteligência ;
Nível 2 pessoas razoavelmente inteligentes ;
Nível 3 pessoas de inteligência média ;
Nível 4 pessoas muito inteligentes ;
Nível 5 os superdotados ;
Nível 6 os gênios.
Existe ainda uma grande discussão na área científica sobre o talento. Alguns autores defendem a herança biológica outros estímulos do ambiente. Portanto, pode-se entender que ambos contribuem para o processo de desenvolvimento de uma pessoa dotada de altas habilidades e favorece a manifestação de suas características.
IDENTIFICAÇÃO
O objetivo da identificação é de não rotular, e sim estabelecer uma ação pedagógica adequada de acordo com necessidades educacionais, sociais e emocionais desses alunos e que esteja expressa no projeto político pedagógico da escola. O superdotado é um curioso, inquisidor e por muitas vezes, instável, irritado e agressivo, exigindo muito das pessoas com quem se relaciona e que nem sempre está psicologicamente preparada para enfrentá-lo. Pode se sentir inseguro, inferiorizado e perseguido, pois é aquele que sabe mais, que faz perguntas difíceis e pode abalar o saber da autoridade.
Há duas linhas direcionais levadas à identificação, de acordo com Guenther (2000) :
a) Medidas apoiadas em um critério de pontuação, que indica o limite mínimo de produção que deve ser alcançado ;
b) Identificação ao longo de tempo, baseado em acontecimentos do dia-a-dia, orientado pela observação contínua, direta e cuidadosa nas mais diversas situações de ação, produção, posição e desempenho.
TRANSTORNOS
"Muitas vezes um superdotado é diagnosticado erroneamente como autista, hiperativo ou portador de algum distúrbio de aprendizagem, como déficit de atenção ou problema de conduta comportamental" (ALENCAR & VIRGOLIM, 1999). Portanto relaciona-se a seguir os possíveis distúrbios que podem ser atribuídos aos mesmos.
Dissincronia- O psicólogo francês Jean-Jaques Terrasier define esse termo como "uma discrepância entre o funcionamento intelectual, e dificuldades em outras habilidades, que algumas crianças talentosas podem apresentar". O seu ritmo rápido de desenvolvimento intelectual muitas vezes não é acompanhado pelo desenvolvimento afetivo psicomotor.
Autismo - Existe superdotados entre a população autista, o que indica que pode haver características qualitativas do autismo que promova a dotação. O interesse obsessivo por um algo, muito característico do autismo e que não aparece nas pessoas com deficiência, pode ser um fator que contribui para o desenvolvimento desse talento especial e esses dons podem e devem ser aproveitados para a sua valorização. Essa obsessão pode ser explorada de uma maneira positiva para desenvolver a aprendizagem e seus talentos podem ser motivo de admiração para os outros alunos da classe e como tal contribuem para uma melhor inserção social.
Hiperatividade - A combinação entre superdotação e TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade) pode gerar confusão mesmo no meio acadêmico e profissional. Os erros de diagnósticos existentes na área se devem principalmente, a presença de características de superdotação já reconhecidas, erroneamente interpretadas como sintomas de TDAH, e também à ocorrência de desordens de atenção entre superdotados, avaliadas equivocadamente como características típicas de superdotação. Normalmente a criança superdotada possui muita energia, pois sua mente trabalha sempre com muitas idéias e conceitos que estão sempre presentes, fazendo com que ele esteja sempre em grandes atividades, tentando decifrar ou executar todas essas idéias, sendo assim tem dificuldades em permanecer sentado. Está sempre em movimento, possui constante sensação de inquietude e ansiedade, fica sempre ocupado com algum problema em relação a si ao outro e, frequentemente, fala sem parar. Dessa forma vem a similaridade com as atitudes de um TDAH.
A ESCOLA
É nesta área que o superdotado pode apresentar o melhor ajuste ou o pior desajuste. Onde tanto sua capacidade superior pode ajudar-lhe nos estudos e contribuir para um desempenho excepcionalmente bom, como pode levá-lo ao tédio, aborrecimento ou rebeldia, capazes de provocar desempenho insatisfatório.
Segundo Saviani (1984), a escola existe para proporcionar aquisição dos instrumentos que possibilitem acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber. Dificuldades tendem a surgir devido ao fato de serem excepcionalmente inteligentes mergulhados num mundo de crianças com intelecto mediano, o que poderá gerar uma série de dificuldades de adaptação e desenvolvimento.
Já para Pfromm Neto (1987), o superdotado encontrará meios de desenvolver ao máximo suas potencialidades, mesmo submetido aos mesmos procedimentos, esquemas, ritmos de aprendizagem e ensino que seus companheiros menos dotados. Não é raro que a criança seja até hostilizada, direta ou indiretamente por professores ao constatarem que ela já sabe tudo que pretendem ensinar, ou que em poucos dias, aprendem o que outros levam semanas ou meses.
HABILIDADES
Segundo Souza (2002), o psicólogo Seagoe as classifica como:
a) Poder agudo de observação, pronta receptividade, senso do significativo, capacidade para estabelecer o diferente. Problemas Resultantes : Possibilidade de rejeição grupal, oposição ao meio, defesa do próprio sistema de valores, intolerância.
b) Poder de abstração, de associação e de síntese, interesse pela aprendizagem indutiva e resolução de problemas, prazer na atividade intelectual. Problemas Resultantes: Resistência ocasional à imposição de tarefas, omissão de detalhes, não aceitação de atividades de rotina.
c) Interesse nas relações causa e efeito, habilidade para perceber relações, interesse na aplicação de conceitos. Problemas Resultantes: Dificuldade para aceitar o ilógico, o superficial e conhecimentos mal estruturados e pouco definidos.
d) Gosto pela estrutura e pela ordem, pela consistência, seja de valores ou números. Problemas Resultantes: Invenção dos próprios sistemas, por vezes, em conflito com os pré-estabelecidos na escola.
e) Capacidade de retenção, de reorganização do conhecimento. Problemas Resultantes: Desinteresse pela rotina, necessidade de precoce domínio das habilidades fundamentais.
f) Habilidade verbal, amplo vocabulário, facilidade de expressão, interesse pela leitura, extensão da informação às diversas áreas do conhecimento. Problemas Resultantes: Necessidade precoce de especialização no vocabulário da leitura, resistência às imposições dos pais e professores, fuga no verbalismo.
g) Indagação, curiosidade intelectual, espírito inquisidor, motivação. Problemas Resultantes: Falta de estimulação familiar e escolar apropriada, desestímulo, indiferença.
h) Espírito crítico, ceticismo, avaliação e autocrítica. Problemas Resultantes: Atitude crítica em relação aos outros, desencorajamento, exigência interna excessiva.
i) Criatividade e capacidade inventiva, inclinação para novas maneiras de ver as coisas, interesse pela livre expressão. Problemas Resultantes : Rejeição do conhecido, necessidade de inventar constantemente.
j) Poder de concentração e atenção. Problemas Resultantes: Resistência à interrupção quando concentrado nas atividades.
k) Comportamento persistente e dirigido para metas. Problemas Resultantes: Obstinação, certo desligamento do desnecessário e secundário.
l) Sensibilidade, intuição, empatia pelos outros, necessidade de suporte emocional. Problemas Resultantes : Necessidade de sucesso e reconhecimento, sensibilidade à crítica, vulnerabilidade à rejeição dos colegas.
m) Energia, vivacidade, agilidade, períodos de intenso e voluntário esforço, precedentes aos da invenção. Problemas Resultantes : Frustração com a inatividade e ausência de progresso, impaciência.
n) Independência no trabalho e no estudo, preferência pelo trabalho individualizado, necessidade de liberdade de movimento e ação, necessidade de isolamento. Problemas Resultantes : Não-conformismo com as pressões dos pais e grupos de colegas, problemas de rejeição e de antagonismo, quando pressionado.
APRENDIZAGEM
As estratégias diferenciadas visam um melhor desenvolvimento bio-sócio-psicológico de alunos superdotados e seu melhor desenvolvimento como sujeito e cidadãos inseridos numa sociedade tão diversificada quanto a brasileira. Para tanto, é indispensável que tenham total participação na sociedade vigente, e um dos primeiros passos é o período escolar, que tem meios de proporcionar este ambiente socializado, permitindo-lhes o convívio com outras crianças portadoras ou não de necessidades educativas especiais.
É necessário citarmos que toda essa prática de inserção está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, fundamentada na constituição brasileira de 1988. As necessidades do superdotado são diferentes das crianças comuns. Nesse sentido, deve-se reconhecer e fazer um trabalho pedagógico, psíquico e social, visando uma melhoria na qualidade de vida dessas crianças. Tende-as a acreditar que elas não precisam de maiores cuidados que não teriam problemas e sim soluções. Mas nem sempre é verdade, pois ao se conviver com elas, podem-se perceber quantas dificuldades de relacionamento apresentam.
De acordo com Sabatella (2005), existem aspectos importantes que devem ser considerados na educação :
a) Devem frequentar tanto o ensino formal como o não-formal, em atividades variadas de forma a estimular todas as suas capacidades, procurando um equilíbrio.
b) Possibilitar um ambiente rico em estímulos e oportunidades de aprendizagem, principalmente democrático e livre.
c) A criatividade, as atividades científicas, tecnológicas, artísticas, de lazer, esportivas, entretenimento precisam ser articuladas por professores criativos, democráticos, com pares com os mesmos interesses.
d) Deve-se ser observada a necessidade de programas especiais, suas diferentes habilidades, se for o caso, muitos não suportam a rotina e atividades decorativas.
e) Precisam de desafios que girem em torno de idéias importantes e úteis, enriquecendo seus conhecimentos e proporcionando oportunidades para alargar seus horizontes.
f) Deve estar inserido no seu cotidiano habitual, procurando conviver bem com seus companheiros, familiares e professores.
g) O professor deverá analisar qual a melhor metodologia de ensino a ser trabalhada, de acordo com o tema proposto, com seus alunos e com os objetivos de ensino, proporcionando a construção do conhecimento em vários níveis de abstração.
h) Poderá ser proposto atividades extra-classe quando não houver a sala de recursos, de forma a oportunizar um trabalho para desenvolver suas potencialidades.
PROFESSORES
Segundo Scoz (2000), é preciso que os alunos sejam motivados a aprender. Mas, é fundamental que o professor tenha competência para conhecer as necessidades desses alunos, propondo desafios adequados, levando-os a construir conhecimentos, além de levá-los a experimentara sucesso e adquirir uma auto-estima positiva, a fim de que o prazer venha da própria aprendizagem, do sentimento de aptidão e da segurança de resolver problemas e vencer desafios intelectuais.
O professor, em geral, observa na criança característica como habilidade acadêmica, alta motivação e conformismo social. Ao constatarem que o aluno é mais inteligente que seus colegas, passam a exibi-lo ou a protegê-lo, distinguindo-o dos demais e prejudicando suas relações com os outros, os quais passam a rejeitá-lo. Ou ainda o professor se identifica com o superdotado e projeta nele a imagem daquilo que gostaria de ter sido. Por esta razão, o professor deve estar atento no sentido de proporcionar uma educação de boa qualidade, levando em conta as diferenças individuais e encorajando o desenvolvimento de talentos, competências e habilidades diversas.
FAMÍLIA
Os pais ou responsáveis precisam identificar o quanto antes a dotação do filho e entender profundamente o assunto, pois deverão dar instrumentos para que ele possa colocar seu talento em prática. Devem procurar ajuda de um profissional para orientar nesse processo. Precisam ser claros com seu filho, explicando que ele tem um talento especial, mas que não é melhor do que os outros. Precisam estimular a convivência com outras os incentivando a descobrirem os talentos dos outros. Além disso, precisam acompanhar seu filho na busca de materiais e informações que o ajudem a entender sua capacidade. É importante que a família imponha limite aos filhos, sem cobranças e exageros para que não gerar insegurança. Assim, é imprescindível a família tenha ação em benefício destas crianças para que possam ter oportunidade de utilizar seus talentos para si próprios e para a sociedade. O superdotado por ter resistência a regras, às vezes, torna-se intolerante, portanto cabe aos pais explicar as formas de conduta adequada para uma convivência social saudável.
SOCIEDADE
É importante criar oportunidades de integração no âmbito social. Assim, terão maior acesso ao ambiente de sua comunidade, poderão melhor identificar sua área de interesse e, certamente, utilizarão o seu talento especial em benefício desta mesma comunidade. No que diz respeito à liderança, são as que encontram menos problemas desta natureza, pois tem o hábito de cultivar relações sociais variadas, porém as que mais apresentam problemas de relacionamento. Podem vir a procurar companhia de pessoas mais velhas com objetivo de manter o mesmo nível intelectual ou interesse.
De acordo com Alencar (2001), os superdotados podem manifestar crises existenciais como quando do convívio social :
a) Perfeccionismo : Tendem a ser crianças-modelo, muitas vezes por culpa de uma educação severa de pais autoritários, exigentes, ambiciosos e perfeccionistas para agradar aos pais ou a si próprio.
b) Criatividade não copreendida : Tendem a abordar os problemas e o insucesso escolar é frequente. Têm dificuldade em seguir regras e normas, revoltam-se com autoridade, podem ser vítimas de perseguição de algumas pessoas.
c) Impulsividade desgastante : Podem ser hiperativos e apresentarem déficit de atenção. Mesmo assim, respondem e agem de forma inesperada e rápida mostrando-se incapazes de controlar a sua necessidade de agir imediatamente.
d) Hipersensibilidade : Possuem sentido crítico da realidade que as envolve, uma visão aguda dos problemas e uma quase clarividência sobre o desenrolar dos acontecimentos da vida.
e) Isolamento social : Tendem a ser exigentes, ambiciosos e perfeccionistas para agradar aos pais ou a si próprio. Por outro lado, sofrem frequentemente de ansiedade e medos. Seu principal dilema é a busca constante da perfeição e daí a isolar-se e a sofrerem dificuldades de relacionamento.
O medo de não ser aceito, especialmente na adolescência, pode levá-lo à ansiedade e a um maior envolvimento com atividades individuais. Essas crianças podem, pela natureza da sua personalidade ou das suas altas capacidades, criarem alguns problemas muito concretos, no que diz respeito ao relacionamento social, que pode gerar uma situação patológica de fobia social. Tendem a isolar-se no seu mundo porque não tem com quem partilhar suas idéias segundo Alencar (2001).
CONCLUSÃO
O superdotado é alguém que sobressai na sua área de habilidade, possui um talento especial, ou ainda, alguém com uma inteligência superior comprovada. Portanto parece não ser necessário se preocupar em relação ao desempenho escolar destes alunos que aprendem facilmente seja qual for seu ambiente de estudo. Porém, entre os profissionais da educação e da comunidade científica, a realidade é outra. Estas crianças enfrentam várias dificuldades durante seu período escolar, mesmo apresentando qualidades peculiares. Segundo estudos, algumas crianças passam despercebidas pelos professores, e acabam sendo intituladas como alunos problemáticos, com dificuldades, apresentam mau comportamento, desatenção, desinteresse, e baixo desempenho social.
Acredita-se que as crianças de um modo geral, incluindo as superdotadas, estão vivendo num mundo complexo, carregado de incertezas e dúvidas, mas também com algumas oportunidades e, precisam ser mantidas na escola. E tudo acontece porque os ainda não se perceberam que, o futuro dessas crianças será vivido numa sociedade totalmente diferente daquela em que um dia se viveu, e que precisa de mentes ativas e desenvolvidas. E para tanto devem ser acrescentadas novas disciplinas, e extintas as desinteressantes, com novas dinâmicas de aulas, novos estilos de ensino e novas abordagens para que essas crianças estejam aptas para enfrentar esse novo tempo, mais veloz.
É neste contexto que a educação dessas crianças deve ser moldada para que se modernize o atraso da nação em relação à aprendizagem e que possamos oferecer-lhes um futuro onde possam sentir-se realizadas, úteis e felizes. Portanto, deve-se investir em profissionais que identifiquem e trabalhem as potencialidades dessas crianças desde cedo, para que possamos preservar esses talentos. Portanto é necessário que se encontre com urgência, uma solução para melhorar a condição do superdotado, onde ocorra uma intervenção educativa bem sucedida e condições para a expressão e desenvolvimento dessas qualidades excepcionais.
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(Artigonal SC #3222100)
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MARISA GONÇALVES CRUZ - Perfil do Autor:
MARISA GONÇALVES CRUZ: Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional, graduada em Administração de Empresas e graduanda de Pedagogia. Pesquisas nas áreas de Pedagogia Empresarial e Pedagogia da Superdotação
Clau, falou tudo:eita vidinha fácil!!!!! Só Deus pra entender e ajudar!!! beijos srsrsrsrsrsr
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