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Há quase um século (1905), Alfred Binet foi convidado pelo Ministro da Educação da França para determinar quem tinha dificuldades na escola.
Devido à migração das províncias para a capital e a imigrantes de origem desconhecida, o povo parisiense acreditava ser necessário saber quem não poderia avançar com desenvoltura pelo sistema de ensino.
Procedendo de maneira empírica, Binet formulou questões para que jovens de diferentes idades as respondessem. Simplesmente, responder corretamente as questões indicava sucesso na escola, caso contrário, indicava dificuldades na escola.
Os itens que distinguiam claramente esses dois grupos foram utilizados para formular o primeiro teste de inteligência, ou seja, o teste do QI (Quociente Intelectual).
Até meados da década de 70, devido a um excesso de demanda, as organizações estavam focadas prioritariamente na produção em massa e na economia de escala, ou seja, na otimização dos resultados.
Nessa época predominava amplamente a valorização do capital industrial, do intelecto racional voltado para os meios de produção.
Até então, a inteligência das pessoas era avaliada por este Quociente de Inteligência – QI.
No decorrer dos anos 80 a relação entre capital e trabalho foi mudando suas feições. A nova dinâmica dos mercados e a conseqüente compreensão de que as pessoas que integravam a organização eram mais importantes do que as máquinas, deram mais equilíbrio a esse conflito histórico.
Neste novo cenário, percebeu-se que as pessoas precisavam de muito mais do que o Quociente de Inteligência se propunha avaliar.
Então, começou a tomar forma a idéia das inteligências múltiplas, de acordo com a qual toda pessoa possui, simultaneamente, diversos tipos de inteligências, porém com algumas habilidades mais e outras menos desenvolvidas. Isto devido a biologias diferentes, estímulos recebidos e experiências vividas de cada um.
Howard Gardner, professor na Harvard Graduate School of Education, desenvolveu nessa época pesquisas com pessoas que possuíam lesões no cérebro e realizou uma série de estudos sobre a mente humana.
Estes estudos culminaram com a publicação do livro “Estruturas da Mente” em 1983. Nele o autor tenta chegar a uma visão mais ampla do pensamento humano em relação às concepções que eram aceitas por estudos cognitivos até então.
Mais tarde, em 1995, Gardner publica um livro contestando a idéia de inteligência única e o uso de testes para avaliar as capacidades das pessoas, uma vez que estes se limitavam a medir somente as capacidades lógico-matemática e lingüística, ignorando todas as outras de que os seres humanos são dotados.
O autor apresenta neste livro, a “Teoria das Inteligências Múltiplas”, com sete inteligências: a lógico-matemática, a lingüística, a sonoro-musical, a cinestésico-corporal, a espacial, a interpessoal e a intrapessoal.
Na ocasião, Gardner foi muito criticado por tentar mudar a definição psicológica de inteligência. No ano seguinte, contudo, sua teoria atraiu considerável atenção do meio científico.
Posteriormente, Gardner incorporou a este conjunto uma oitava inteligência, a naturalista, e recentemente admitiu a possibilidade de vir a acrescentar uma nona que seria a existencial.
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