📚 Em sua tese de doutorado intitulada "Superdotação: Estudo comparativo da avaliação dos processos cognitivos através de testes psicológicos e indicadores neurofisiológicos", defendida na Universidade do Minho em 2008, Dora Cortat Simonetti comparou avaliações cognitivas tradicionais com indicadores neurofisiológicos em adolescentes com altas habilidades.
📄 Além disso, no artigo "Identificação de alunos com altas capacidades: uma contribuição de indicadores neuropsicológicos", publicado em 2010, Simonetti e colaboradores investigaram a convergência entre medidas psicométricas de inteligência e indicadores fisiológicos da atividade mental, utilizando eletroencefalogramas quantitativos (EEGq) em adolescentes com alta capacidade intelectual.
🧩 Esses trabalhos contribuem para a compreensão dos processos neurofisiológicos associados à superdotação e oferecem insights valiosos para a identificação e apoio a indivíduos com altas habilidades.
👥 Participantes da pesquisa:
📌 15 adolescentes com altas habilidades/superdotação, selecionados a partir de um grupo inicial de 77 colegas com base nos resultados obtidos no teste WISC-III.
🔬 Achados principais:
🧠 Predominância de ondas alfa – Nos adolescentes superdotados, observou-se uma constante predominância de ondas alfa, com frequência e amplitude elevadas, durante as tarefas cognitivas. Esse padrão não foi identificado nos colegas com inteligência média. As ondas alfa, associadas a estados de relaxamento e eficiência cognitiva, sinalizam que os superdotados podem processar informações de maneira mais eficiente, necessitando de menor esforço mental para executar tarefas complexas.
📍 Localização das ondas cerebrais – As ondas alfa nos superdotados foram predominantemente localizadas nas áreas occipital, pré-frontal e frontal do cérebro, com uma dominância no hemisfério esquerdo. Essas regiões estão relacionadas ao processamento visual, funções executivas e habilidades linguísticas, respectivamente, indicando uma possível base neurofisiológica para as habilidades cognitivas avançadas observadas nesses indivíduos.
🔎 Conclusão:
🧠 Esses resultados indicam a possibilidade de que existe uma relação entre o quociente intelectual elevado e padrões específicos de atividade cerebral, particularmente no que diz respeito à frequência e amplitude das ondas alfa durante a realização de tarefas cognitivas.
⚡ A pesquisa sugere que o EEGq pode ser uma ferramenta complementar na identificação e compreensão dos processos neurofisiológicos associados à superdotação, especialmente em adolescentes com alta capacidade intelectual, como os que fizeram parte da amostra desta tese.
📚 Referências:
📖 Simonetti, D. C. (2008). Superdotação: Estudo comparativo da avaliação dos processos cognitivos através de testes psicológicos e indicadores neurofisiológicos. Tese de Doutorado, Universidade do Minho.
📖 Simonetti, D. C., et al. (2010). Identificação de alunos com altas capacidades: uma contribuição de indicadores neuropsicológicos.
Claudia Hakim
OAB/SP 130.783
Advogada Especialista em Direito Educacional (USP)
Pós-Graduada e especialista em Neurociências e Psicologia Aplicada
Sócia Fundadora do Instituto Brasileiro de Superdotação e Dupla Excepcionalidade
**Contato: **claudiahakim@uol.com.br
Insta: @claudia_hakim
YouTube: Claudia Hakim - Superdotação e Direito Educacional
Autora dos livros:
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