Extraído
do site : https://www.almanaquedospais.com.br/caracteristicas-da-superdotacao/
Artigo de minha autoria : Claudia Hakim
CARACTERÍSTICAS DA SUPERDOTAÇÃO
De uma forma bem simples e didática, as características que
usualmente as crianças superdotadas apresentam e que costumam ser percebidas pelos pais e seus
cuidadores, no dia a dia, e que têm motivado a procura dos pais pelos grupos de
Facebook, meu Blog ou por uma avaliação psicológica para identificar eventual
superdotação e que foram extraídas da Cartilha Saberes e Práticas da Inclusão,
organizada pela Secretaria da Educação Especial do MEC, 2006, são:
- alto grau de curiosidade;
- vocabulário avançado para a sua idade;
- liderança e autoconfiança;
- grande interesse por um assunto e
especial dedicação a ele;
- ótima memória;
- criatividade;
- facilidade de aprendizagem;
- alfabetização precoce;
- excelente desempenho em uma ou mais
disciplinas em comparação a seus pares;
- habilidade para adaptar ou modificar
ideias;
- facilidade em fazer observações
perspicazes;
- persistência ao buscar um objetivo.
- comportamento que requer pouca
orientação do professor.
Crianças que não são identificadas precocemente mostram-se:
desinteressadas pela escola, vulneráveis a críticas, com problemas de conduta,
como indisciplina e questionadoras das regras. Porém, nem todos os problemas de
conduta ou indisciplina são justificáveis pela superdotação. Daí porque a
importância de uma avaliação neuropsicológica para apurar se o comportamento
apresentado pela criança é por falta de atendimento das necessidades
educacionais especiais da superdotação ou por outra condição, como por exemplo,
TDAH, Asperger ou TDO.
CONCEITO DE SUPERDOTAÇÃO
O
conceito sobre superdotação não é estável, é polêmico, gera controvérsias, está
em constante evolução e percorre várias esferas, desde o foco para certas
habilidades e desempenhos, até conceitos mais amplos e complexos do potencial
humano, deixando de ter a visão unidimensional e passando a uma visão
pluridimensional, diferindo em função do que podem incluir, em seu âmbito,
outros aspectos, como: foco na psicopedagogia (que busca fatores psicológicos,
educacionais e sociológicos que possam determiná-la), foco na neurobiologia
(que valoriza os mecanismos cerebrais), ou considerando-se, ainda, o papel da
genética e da hereditariedade nas características de todos os seres vivos
(Simonetti, 2008).
Em
1972, o Relatório Marland apud Rangni e Costa (2011), definiu e categorizou a
superdotação em seis áreas, conceito este que foi incorporado ao conceito legal
de superdotação brasileira, pelo MEC. Segundo tal conceito: São consideradas
crianças portadoras de altas habilidades as que apresentam notável desempenho
e/ou elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou
combinados: capacidade intelectual, aptidão acadêmica ou
específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento
especial para artes visuais, artes dramáticas e música e capacidade psicomotora (Alencar
& Fleith, 2001, p. 56).
O
Relatório Marland também afirma que a programação para superdotação nas escolas
deve incluir, no mínimo, de 3% a 5% da população escolar – o que vai de
encontro com os dados divulgados pela OMS. Na visão da psicometria, por
sua vez, os superdotados se situam na curva dos 2% (dois por cento) de Gauss,
em termos de porcentagem populacional, com indivíduos que apresentam QI acima
de 130 pontos.
Diferentes
Teorias surgiram para explicar o conceito de superdotação, por diferentes
teóricos. Dentre elas, destacam-se: A Teoria das Inteligências Múltiplas
(Gardner, 1983), Teoria dos Três Anéis (Renzulli, 1986), Teoria Triárquica da
Inteligência (Sternberg, 1996), Modelo Diferenciado de Superdotação e Talento
(Gagné, 2000).
De
acordo com trabalhos de Renzulli (1978), que formulou a “Teoria dos Três
Anéis”, talento e superdotação são constituídos pela intersecção de três
características presentes em pessoas superdotadas: (i): habilidades cognitivas
acima da média; (ii): altos níveis de motivação (engajamento ou envolvimento)
com as tarefas; e (iii): elevados níveis de criatividade. Sua teoria enfoca a atuação do indivíduo, em sobreposição à sua
potencialidade e não se atém ao QI, e sim na junção de fatores,
sendo estes, não estritamente intelectuais. Superdotação é o resultado da
interação entre três fatores (três anéis): habilidade acima da
média, envolvimento com a tarefa e criatividade resultando num alto nível de
produtividade. Neste conceito, o envolvimento com a tarefa é
realizado com motivação, perseverança, persistência e dedicação do indivíduo
superdotado.
A
criatividade, segundo o conceito de Superdotação de Renzulli significa fluência
de pensamentos, flexibilidade mental, originalidade de pensamento, pensamento
divergente, formas diferentes de resolução de um problema, curiosidade e a
possibilidade de abertura a novas experiências.
ótimo artigo, resume bem tudo que começamos a notar em nosso filho!
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