A Escola Classe da 204 Sul já oferece acesso a salas de Recursos Multifuncionais
Agora é lei. As
escolas públicas do Distrito Federal terão que oferecer Atendimento Educacional
Especializado (AEE) a alunos superdotados. São considerados superdotados
aquelas crianças que possuem, entre outras dotações, alta habilidade ou talento
especial para artes visuais, dramáticas e musicais, capacidade intelectual
superior em relação as outras crianças de idade equivalente, ou aproximada,
pensamento criativo e liderança.
Para a psicopedagoga e chefe do
núcleo de Altas Habilidades e Superdotação, da Secretaria de Educação,
Viviane Calce, é muito grande o valor desses estudantes para o futuro do país.
“Eles são parte do capital humano do país, se investirmos neles, isso pode
voltar com inovações tecnológicas e em várias áreas como saúde e educação. A
longo prazo, teremos um retorno positivo”, declarou.
Regulamentação
Atualmente, o ensino público do DF
garante um complemento da educação a esses alunos em algumas escolas regulares.
Com o Decreto 36.461, que regulamenta a Lei 5.372, de 24 de julho de 2014,
publicado no Diário Oficial do Distrito Federal nessa quinta-feira (23), a Secretaria de Educação do DF terá que
ampliar o serviço, já oferecido para alunos de escolas públicas e
particulares.
Pelo decreto, os estudantes serão atendidos desde a educação infantil até o fim da
vida escolar. Com isso, a Secretaria
de Educação do Distrito Federal terá que disponibilizar um setor específico
para o acompanhamento pedagógico dos estudantes, adequar os espaços físicos, os
materiais pedagógicos, além de providenciar equipamentos de ensino. E também,
oferecer formação continuada e específica a esses professores.
O ingresso dos estudantes no atendimento especializado
será feito por meio de triagem. A
identificação das características de superdotação pode ser feita com critérios
de profissionais das áreas de educação, e a autoavaliação e afirmação da
própria família serão consideradas.
Direitos
Para a presidente da Associação de
Pais, Professores e Amigos dos Alunos com Altas Habilidades/Superdotação do
Distrito Federal (APAHSDF), Valquíria Theodoro, o decreto vai garantir os
direitos independentemente da mudança de gestão governamental, o que não
ocorria antes da regulamentação da Lei.
“Isso é uma grande conquista,
pois respalda os direitos obtidos na aprovação unânime que a Lei obteve pela
Câmara Legislativa do DF. Além de consolidar o papel da associação como
promotora de política pública para a educação de alunos superdotados”,
comemorou Valquíria, que é mãe de Augusto Cézar, superdotado. “Com três anos eu
comecei a perceber que ele era diferente. Com essa idade ele já lia e tinha um
espírito de liderança dentro dele”, relembrou
A associação surgiu em 2011, quando
pais e professores decidiram unir forças para buscar o atendimento diferenciado
para os alunos superdotados. Atualmente, o DF tem mais 1.400 alunos
identificados com superdotação, e 80% deles têm atendimento específico, de
acordo com a associação.
Como é o caso da estudante Leonor de Lima, de 9 anos, que estuda na Escola Classe 204 da Asa Sul. Lá, ela tem acesso a salas de Recursos Multifuncionais, que proporcionam assistência específica. Cláudia Guerreiro, jornalista e mãe de Leonor conta quando percebeu as altas habilidades da filha. ““Ela era bem pequenininha, tinha dois anos. O linguajar dela era mais desenvolvido, e algumas manifestações de percepção de mundo e comportamento estavam bem à frente das outras crianças. Além disso, ela escreveu um livro com apenas sete anos”, destaca.
Em geral, alunos com superdotação
avançam as séries escolares para que o desenvolvimento acelerado não seja
podado. “A Leonor tem notas altas, mas, não precisou avançar a séries, eu até
prefiro assim, porque é importante passar por todo o processo, isso traz
maturidade”, explicou, Cláudia.
Atendimento
A chefe do núcleo de
Altas Habilidades e Superdotação, da Secretaria de Educação, Viviane
Calce, lembrou que o DF atende essas crianças desde 1976, sendo que 70%
delas em escolas públicas e 30% em escolas particulares.
Para identificar se é superdotada, a criança é submetida
por 16 semanas a testes quando, então, são verificadas as habilidades e
superdotações, que podem ser manifestadas de formas variadas. “Essa habilidade pode estar na área acadêmica, artística
e intelectual. Isso depende muito de cada um. A superdotação não quer dizer que
a criança é um gênio em tudo, é algo específico”, ressaltou Viviane.
De acordo com a Organização Mundial
da Saúde pelo menos 5% da população mundial tem algum tipo de alta habilidade.
O Censo Escolar de 2010 registrou 2.769 crianças com essas características em
todo o país. Deste número, mais da metade reside no Distrito
Federal.
Esta é uma forma de ENRIQUECIMENTO CURRICULAR que complementa a ACELERAÇÃO DE SÉRIES - Este último significa PULAR DE SÉRIES... Ainda mais nas ESCOLAS PÚBLICAS, que sofrem GREVES LONGAS, BAIXOS SALÁRIOS DOS PROFESSORES E PROFISSIONAIS DE ENSINO, ETC.
ResponderExcluirSou mãe do Samuel, filjos sempre são especiais mais meu filho além de superdotado é muito usado por Deus é uma criança maravilhosa. Amooo ser a Mãe do Meu Samuel e Da minja Sophia... meus filhos Minha herança
ResponderExcluir