Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 28 de dezembro de 2014

Morador do Capão Redondo, aluno de SP é aprovado em Stanford, EUA


Gustavo Torres da Silva, de 17 anos, quer inspirar jovens da comunidade.
'Tem muita gente com potencial. Os jovens podem sonhar mais alto', diz.
Gustavo Torres da Silva, de 17 anos, quer fazer engenharia nos Estados Unidos (Foto: Victor Moriyama/G1)
Gustavo Torres da Silva, de 17 anos, quer fazer engenharia nos Estados Unidos (Foto: Victor Moriyama/G1)

O estudante Gustavo Torres da Silva, de 17 anos, acaba de ser aceito em uma das mais renomadas universidades do mundo, a Universidade Stanford, nos Estados Unidos, para cursar engenharia física. A resposta positiva da universidade ao seu application chegou na sexta-feira (12) e foi a consagração de uma vida dedicada aos estudos deste jovem morador no Capão Redondo, bairro da periferia na Zona Sul de São Paulo, um lugar mais conhecido pelos altos índices de criminalidade e falta de oportunidades.

"Me identifico muito com a minha comunidade, tenho orgulho enorme de ser do Capão Redondo", afirma Gustavo, que ainda espera as respostas dos pedidos para estudar em Harvard, MIT, Universidade da Pensilvânia, Duke e outras cinco instituições de ensino superior norte-americanas. "Sei que a minha conquista vai gerar um impacto. Conheço gente de lá com muito potencial. Os jovens podem sonhar mais alto também."

De Capão para o mundo. E do mundo para o Capão. Assim Gustavo encara a nova fase de sua vida que lhe espera. Ele quer aplicar o conhecimento do ensino superior para projetos que alcancem benefícios sociais. "O sonho que tenho desde pequeno é criar empresa de tecnologia que possa gerar benefício social, fazer a diferença e poder mudar o mundo."

Gustavo sempre acreditou que a educação é o melhor caminho para se ir cada vez mais longe. Filho único de uma cuidadora de idosos e de um técnico em elétrica, Gustavo sempre gostou muito de estudar e de entender o funcionamento dos aparelhos eletrônicos que o pai trazia para casa. "Ele adorava desmontar tudo e montar de novo", diz o pai, Adalberto Claro.

Bolsa de estudos

O menino era aluno da Escola Estadual Miguel Munhoz Filho. Depois de um bom desempenho dele em uma olimpíada de matemática, Gustavo ganhou a indicação da professora para disputar uma bolsa do Ismart, instituto que apoia estudantes talentosos de baixa renda, e oferece bolsas de estudo em colégios particulares de excelência de São Paulo e do Rio de Janeiro. "A gente identificava nele um aluno com potencial extraordinário, com muita vontade de crescer, sonho de grandeza", destaca Inês França, gerente de Projetos do Ismart. (Para saber mais sobre o Instituto Ismart, clique aqui, neste link : http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/06/programa-oferece-200-bolsas-de-estudo-para-alunos-de-baixa-renda.html).

Durante todo o oitavo e nono anos do ensino fundamental, Gustavo ia para o Munhoz Filho à tarde e pela manhã fazia um curso preparatório do Colégio Santo Américo, uma escola particular na região do Morumbi, para se preparar para a transição da rede pública para a rede particular de ensino. "A diferença de ensino era grande, era muito mais puxado, acordava 5h chegava 18h em casa", conta.

A partir do ensino médio, tornou-se aluno bolsista do Santo Américo. Ganhou também bolsa para estudar inglês, tudo pago pelo Ismart. Mas não esqueceu do Capão Redondo. "Fui dar aulas na minha antiga escola aos sábados para alunos que também queriam ganhar esta bolsa de estudos." Ele diz que se inspirou na história de outro jovem aluno de escola pública, Marco Antônio Pedroso, que foi aceito para estudar no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e criou um projeto para ajudar alunos carentes de Santa Isabel (SP) a obterem bom desempenho em olimpíadas de conhecimento.





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