Enquanto na Síndrome de Asperger (AS)
a linguagem é pobre e a fala tem caráter erudito e pedante, nesta população
(TEAAF Não SA) a fala não será tão elaborada, já que o padrão é ter QI Verbal
(QIv) menor do que o QI Executivo (QIE).
A fala está sempre
significativamente comprometida, em graus variados. Este é um dos diferenciais
centrais do TEAAF em relação à SA. Um dos prejuízos usuais está na sintaxe
(raramente encontrada na SA), onde as estruturas frasais (verbo, sujeito,
preposição, adjetivo), são dispostas de forma errada.
Outras situações comuns estão na
elaboração de respostas. São comuns respostas descontextualizadas em relação à
pergunta, e temos também que diferenciar se ele não conseguiu montar o
pensamento-resposta ou não entendeu a pergunta, devido às respostas mal estruturadas,
sem começo-meio-fim. Para-respostas e respostas no interrogativo (também encontradas
nos afetados pela SA) são comuns e podem persistir até a vida adulta.
Já nos indivíduos com Síndrome de
Asperger não há atraso na fala e nem do uso do pronome pessoal “Eu”. A fala é
preciosa, mesmo tendo a pessoa dificuldade para uma precisa, ou mesmo boa
conceituação das mesmas palavras que usa.
Uma das características clássicas
das pessoas com Síndrome de Asperger é a presença de QI verbal mais alto que o
QI executivo, frequentemente 20%R mais alto. A fala precisa certamente é um dos
subprodutos desse QIV alto, assim como a facilidade de estocagem de palavras.
Fonte : Síndrome de Asperger e
outros Transtornos do Espectro do Autismo de Alto Funcionamento : da avaliação
ao tratamento.
Autor : Walter Camargos Jr. E colaboradores.
Editora ArteSÁ, Belo Horizonte -
2013
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