Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Programa Estrela Dalva impulsiona desenvolvimento de jovens superdotados







Conheça o dia a dia de uma participante do programa


Como será o dia a dia de uma adolescente superdotada? Sua vida social, estudos, cursos, e de que forma lida com o fato de ter altas habilidades em comparação com outros colegas? Moradora do centro do Rio de Janeiro, Rayane Proença é participante do Programa Estrela Dalva há mais de dois anos e tira tudo isso de letra.

Aos 16 anos de idade, Rayane está no final da 8ª série/9º ano do Colégio Pedro II – Unidade Centro, e quer ser violoncelista ou médica reconhecida internacionalmente. Conversamos com a estudante sobre a correria das atividades que ela faz questão de realizar diariamente, seu amor e interesse pela música, e a importância que o Programa Estrela Dalva tem em sua vida.


Instituto Brookfield: Como você se sente sendo superdotada?

Rayane: Normal, semelhante aos outros. Todo mundo tem suas diferenças, e essa é uma delas. Por exemplo: uns usam óculos, outros não; uns são homossexuais, outros não; as diferenças estão presentes em tudo!

Instituto Brookfield: Conte-nos as atividades que você realiza atualmente.

Rayane: Faço aulas de violoncelo em três lugares, aulas de balé clássico, dança do ventre e dança espanhola (flamenco), aulas de inglês e francês, e estou sempre lendo e tocando vários instrumentos musicais. No caso da flauta doce, aprendi com meu irmão e logo passei a fazer aulas. Toco teclado também. Meu vizinho me deu um teclado no Natal e, com o auxílio da minha flauta, aprendi a tocar sem nunca ter feito aula.


Instituto Brookfield: Por qual motivo você faz tantas coisas ao mesmo tempo?

Rayane: Em primeiro lugar, porque sou muito ansiosa e hiperativa. Em segundo, não consigo desapegar das atividades que amo tanto e com as quais já estou tão habituada. Comecei a ser assim aos três ou quatro anos de idade. Por ter um sério problema na forma dos meus pés e pernas, os médicos recomendaram que eu fizesse aulas de balé clássico. Chegando lá, havia aulas de outras danças também, e fui fazendo todas as atividades que apareciam. Os conhecimentos, as amizades, os desafios eram tão diversos que eu me encantava e me empolgava em avançar nas etapas. Quando paro, sofro muito, mas logo consigo repor os buracos da minha agenda. Pretendo continuar assim enquanto houver oportunidade.


Instituto Brookfield: Você sente muita diferença de aprendizado em relação aos seus amigos da sua idade? Isso a prejudica ou ajuda de alguma forma?

Rayane: Acho que não temos tantas diferenças. No meu colégio, por exemplo, os meus amigos são muito inteligentes e cultos. As diferenças existem, mas elas contribuem para reforçar nossa amizade, conversando sobre assuntos diversos e trocando conhecimentos.



Instituto Brookfield: Quais são os benefícios do Programa Estrela Dalva para você? Ele tem e teve um papel importante para que alcançasse seus objetivos?

Rayane: No Programa, eu tiro dúvidas escolares, faço novas amizades nas reuniões de fim de ano – onde me comunico com pessoas experientes em diversas áreas profissionais e, assim, posso saber mais sobre cada uma delas. O Programa Estrela Dalva é o maior responsável pelo que sou hoje. Graças a ele, estudo em um colégio de ótima qualidade. Esse colégio me permitiu conhecer a música mais a fundo, que hoje é o meu maior interesse, e até nisso o Programa Estrela Dalva me ajuda, me dando ingressos para o camarote do melhor teatro do Brasil. Assistir a tantos musicistas, especialmente violoncelistas, me inspira de uma forma que, cada vez que retorno ao Teatro Municipal, corro para tocar violoncelo. Fico horas ali treinando e pensando que um dia tocarei como eles, ou quem sabe até melhor.





Rayane. Foto: Arquivo pessoal.

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