ATUALIDADES, SAÚDE, FAMÍLIA,
LITERATURA, CARREIRA…
Extraído
do site : http://meunomenai.wordpress.com/2013/06/24/quando-um-filho-tem-altas-habilidades-e-o-irmao-nao/
É bastante comum ouvir pais
dizerem que “relaxaram” quando receberam o diagnóstico de altas habilidades de
seus filhos. Nada mais natural, afinal quase sempre um longo caminho é
percorrido até se chegar a esse diagnóstico, um caminho marcado por angústia,
ansiedade e incertezas.
Receber a
notícia de que seu filho possui altas habilidades traz, portanto, um enorme
alívio. Em consequência, toda a família ficará aliviada, a começar pela própria
criança diagnosticada. Quando se tem outros filhos, entretanto, o período de
paz pode durar pouco, pois outras dificuldades surgirão.
Rivalidade
entre irmãos é a coisa mais corriqueira do mundo – sempre existiu e sempre
existirá, por mais que os pais se esforcem para tratar a todos de forma igual.
A má notícia é que uma criança nem sempre tem maturidade para entender, por
exemplo, que o fato de você não exigir que seu filho com altas habilidades
passe horas estudando para uma prova significa que você sabe que ele não
precisa de todo esse tempo para repassar a matéria. Mas talvez este outro filho
precise, e você lembrá-lo disso não significa que o considera inferior ou o ama
menos. Mas será que ele sabe disso?
Quem tem
mais de um filho e recebe diagnóstico de altas habilidades para um deles deve
prestar atenção para não supervalorizar as qualidades da criança o tempo todo.
Cada vez menos usa-se expressões como superdotado e, menos ainda, “gênio”, em
referência a crianças com altas habilidades. Isso significa um avanço para a
própria criança, à medida em que se diminui, assim, a pressão por um desempenho
excepcional em todas as áreas.
O ganho
maior, porém, talvez seja para os irmãos desta criança, sobretudo os que não
apresentam altas habilidades. Afinal, a sociedade insiste na polarização
dos rótulos: se existe um “bom”, a crença geral é de que deverá existir um
“mau”; logo, se existe um filho “gênio”, existirá um filho “não-gênio”. E cada
criança, de acordo com a própria auto-estima, tratará de substituir essa
expressão por outra palavra, correndo o risco de carregá-la consigo por toda a
vida…
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