Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

QUANDO UM FILHO TEM ALTAS HABILIDADES E O IRMÃO, NÃO

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ATUALIDADES, SAÚDE, FAMÍLIA, LITERATURA, CARREIRA…




É bastante comum ouvir pais dizerem que “relaxaram” quando receberam o diagnóstico de altas habilidades de seus filhos. Nada mais natural, afinal quase sempre um longo caminho é percorrido até se chegar a esse diagnóstico, um caminho marcado por angústia, ansiedade e incertezas.
Receber a notícia de que seu filho possui altas habilidades traz, portanto, um enorme alívio. Em consequência, toda a família ficará aliviada, a começar pela própria criança diagnosticada. Quando se tem outros filhos, entretanto, o período de paz pode durar pouco, pois outras dificuldades surgirão.


Rivalidade entre irmãos é a coisa mais corriqueira do mundo – sempre existiu e sempre existirá, por mais que os pais se esforcem para tratar a todos de forma igual. A má notícia é que uma criança nem sempre tem maturidade para entender, por exemplo, que o fato de você não exigir que seu filho com altas habilidades passe horas estudando para uma prova significa que você sabe que ele não precisa de todo esse tempo para repassar a matéria. Mas talvez este outro filho precise, e você lembrá-lo disso não significa que o considera inferior ou o ama menos. Mas será que ele sabe disso?


Quem tem mais de um filho e recebe diagnóstico de altas habilidades para um deles deve prestar atenção para não supervalorizar as qualidades da criança o tempo todo. Cada vez menos usa-se expressões como superdotado e, menos ainda, “gênio”, em referência a crianças com altas habilidades. Isso significa um avanço para a própria criança, à medida em que se diminui, assim, a pressão por um desempenho excepcional em todas as áreas.



O ganho maior, porém, talvez seja para os irmãos desta criança, sobretudo os que não apresentam altas habilidades. Afinal, a sociedade insiste na polarização dos rótulos: se existe um “bom”, a crença geral é de que deverá existir um “mau”; logo, se existe um filho “gênio”, existirá um filho “não-gênio”. E cada criança, de acordo com a própria auto-estima, tratará de substituir essa expressão por outra palavra, correndo o risco de carregá-la consigo por toda a vida…

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