Extraído do site : http://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=44921
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Adriano Gosuen
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Resolver problemas de matemática em um instante. Tocar
música de ouvido. Que pai nunca fantasiou ver o filho desenvolver uma
superhabilidade, que facilitasse seus caminhos pela vida? Pois, de vez em
quando, isso acontece! E nas mais variadas classes sociais. Não há números
precisos, mas, estima-se que cerca de 3% das crianças apresentam o que é
chamado de “altas habilidades”.
Entretanto, nem tudo é alegria na vida de um
superdotado e de sua família. Ser portador de altas habilidades é uma
característica de poucos e pode causar estranhamento. Pais de superdotados
relatam que o convívio na escola às vezes provoca irritação e inveja nos
colegas. Sem falar nos pais dos colegas, que podem achar que a família da
criança superdotada é arrogante ou que a estimula em excesso.
Por outro lado, a criança com altas habilidades pode se
entediar facilmente com as rotinas escolares, apresentando, então,
comportamento inadequado em sala. Também há a possibilidade de que ela venha
a usar sua alta habilidade para atacar e humilhar os colegas. Por tudo isso,
a escola precisa ter um cuidado especial com os estudantes que apresentam
superdotação.
A primeira tarefa é observar continuamente o
desenvolvimento das crianças. Não é incomum que algumas apresentem interesse
mais focado em uma ou outra área da vida, desproporcional em relação às
outras crianças, tais como aprender palavras novas ou conhecer mais sobre os
bichos. Dado seu empenho e motivação, elas irão, consequentemente, apresentar
maior desempenho nestas áreas.
Mas como diferenciar a criança que tem altas
habilidades da que tem grande interesse por um tema? O uso de testes pode
indicar certas competências, mas eles não devem ser vistos como o principal
método de avaliação; tampouco, como diagnóstico taxativo. A principal avaliação
se baseia em registros comparativos de desempenho da criança com suspeita de
portar alta habilidade em relação às outras de sua idade. Quase sempre aquela
com altas habilidades tem um desenvolvimento geral relativamente próximo das
demais crianças, destoando fortemente em uma área específica.
Esta competência deve destoar claramente do que ocorre
com as demais crianças de sua idade, podendo ser comparada com a competência
de crianças mais velhas. Exemplo disso é a capacidade de entender conceitos
matemáticos que não são próprios de sua idade ou aprender a ler quase sem
ajuda de ninguém. A alta habilidade também pode aparecer na rapidez com que
se aprende a tocar um instrumento musical ou a desenhar com destreza para
além do que seria esperado em sua idade.
Como vimos, por ser diferente, a criança com alta
habilidade pode vir a sofrer. Mais do que ter um diagnóstico conclusivo, o
importante é que os que estão ao seu redor cuidem do bem-estar desta criança.
Isso implica frequentar a escola regular, a fim de desenvolver as habilidades
na qual sua competência é apenas regular. E realizar atividades
complementares em sua área de alta competência: curso de línguas, artes
plásticas ou treinamento esportivo. O importante é que as atividades
complementares sejam instigantes e desafiadoras!
Para saber mais, consulte:
• “A Construção de Práticas Educacionais para Alunos
com Altas Habilidades/Superdotação” – Documento do MEC para orientação às
famílias e escolas. Em: http://bit.ly/12bX5ns
Nota do Editor: Adriano Gosuen é psicólogo escolar, especializado em saúde mental e direitos humanos pela Organização Mundial de Saúde (Índia), atuou na University of New Hampshire (EUA) e foi oficial de programa na African Network Campaign on Education for All (Senegal). É consultor do Ético Sistema de Ensino (www.sejaetico.com.br), da Editora Saraiva. |
O blog traz artigos e informações por uma advogada Especialista na área do Direito Educacional, Pós-Graduada e Especialista em Neurociência, Psicologia Aplicada, Superdotação e Dupla Excepcionalidade. É palestrante, professora e autora de livros e artigos sobre estes temas. Sócia Fundadora do Instituto 2e. Livro: Superdotação e Dupla Excepcionalidade. Ed. Juruá. Grupos do Face: Mães de Crianças Superdotadas por Claudia Hakim e Asperger (TEA) e Superdotação por Claudia Hakim
Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim
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domingo, 28 de julho de 2013
Lidando com superdotados
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