Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Por favor, aprendam : SUPERDOTAÇÃO NÃO É GENIALIDADE !!!




A única coisa que eu não achei legal tanto na Reportagem da Istoé (para quem não leu, leia aqui : http://maedecriancassuperdotadas.blogspot.com.br/2013/01/vejam-o-artigo-que-saiu-na-capa-da.html), que contou com a minha entrevista, quanto o anúncio que saiu, no Jornal "A Folha de SP", em 15/01/2.013, feito pelo Colégio Objetivo é que as duas matérias se referem ao aluno Matheus Camacho como gênio e também se referem ao aluno superdotado como gênio, fazendo disso uma apologia.





Todo gênio é um superdotado. Porém, nem todo superdotado é um gênio.



Uma série de mitos estão relacionados aos superdotados. O mais forte deles é o de que a criança superdotada tem de ser genial e, por exemplo, ler aos 3 anos ou entrar na faculdade com 9. Segundo a presidente da Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados (ABAHSD), Erondina Miguel Vieira, a história não é bem essa. 




É preciso, contudo não confundir superdotação com genialidade. O aluno pode ser brilhante numa única área e não ir tão bem em outras. Um gênio é sempre um superdotado, mas nem todo superdotado é um gênio. As características do superdotado são identificadas em escalas de observação de comportamento, capazes de um excelente desenvolvimento das altas habilidades desse aluno.




Segundo a pedagoga da Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados (ABAHSD), Erondina Miguel Vieira,  “Nem todo superdotado é gênio. Gênio é um superdotado que já morreu”, brinca a pedagoga. “Na verdade, uma pessoa só é considerada genial quando faz ação que fica por séculos e séculos”. A quantidade de estereótipos, de acordo com Erondina, é enorme. “As pessoas acham que o superdotado tem de se virar sozinho, que é bom em tudo ou que usa óculos fundo de garrafa”, diz. 




Quando a repórter da Revista IstoÉ me ligou, para eu dar a entrevista, eu frisei e pedi muito que ela desse especial atenção e enfoque à esta questão e procurasse dissociar e ajudar a mídia a dissociar a palavra gênio do superdotado. Expliquei para ela o quanto isto era importante para nós, pais de crianças superdotadas, pois, a primeira coisa que nos falam ou pensam (quando não falam, pensam, com certeza.. he he), quando comentamos que os nossos filhos são superdotados, é que eles não são gênios. Este mesmo pensamento possuem os professores, diretores e diretores de ensino e eu já ouvi isto da boca de uma Conselheira do Conselho de Educação.



E.. em relação ao Colégio Objetivo, pode ser que tenham optado por usar a palavra gênio, em uma menção honrosa ao seu fundador (Di Gênio..rs..).



Daí a importância da gente tentar obter com que a mídia e o público dissocie a imagem do gênio a do superdotado. Mas, parece que o gênio dá mais ibope, não ? rs

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