A única coisa que eu não achei legal
tanto na Reportagem da Istoé (para quem não leu, leia aqui : http://maedecriancassuperdotadas.blogspot.com.br/2013/01/vejam-o-artigo-que-saiu-na-capa-da.html),
que contou com a minha entrevista, quanto o anúncio que saiu, no Jornal "A
Folha de SP", em 15/01/2.013, feito pelo Colégio Objetivo é que as duas matérias se referem ao aluno Matheus Camacho como gênio e
também se referem ao aluno superdotado como gênio, fazendo disso uma apologia.
Todo gênio é um superdotado. Porém, nem todo superdotado é um gênio.
Uma série de mitos estão relacionados aos
superdotados. O mais forte deles é o de que a criança superdotada tem de ser
genial e, por exemplo, ler aos 3 anos ou entrar na faculdade com 9.
Segundo a presidente da Associação Brasileira para Altas
Habilidades/Superdotados (ABAHSD), Erondina Miguel Vieira, a história não é bem
essa.
É
preciso, contudo não confundir superdotação com genialidade. O aluno pode ser brilhante numa única
área e não ir tão bem em outras. Um gênio é sempre um superdotado,
mas nem todo superdotado é um gênio. As características do superdotado são
identificadas em escalas de observação de comportamento, capazes de um
excelente desenvolvimento das altas habilidades desse aluno.
Segundo a pedagoga da Associação
Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados (ABAHSD), Erondina Miguel Vieira, “Nem todo
superdotado é gênio. Gênio é um superdotado que já morreu”, brinca a
pedagoga. “Na verdade, uma pessoa só é considerada genial quando faz ação
que fica por séculos e séculos”. A quantidade de estereótipos, de acordo com
Erondina, é enorme. “As pessoas acham que o superdotado tem de se virar
sozinho, que é bom em tudo ou que usa óculos fundo de garrafa”, diz.
Quando a repórter da Revista IstoÉ me
ligou, para eu dar a entrevista, eu frisei e pedi
muito que ela desse especial atenção e enfoque à esta questão e procurasse
dissociar e ajudar a mídia a dissociar a palavra gênio do superdotado. Expliquei para ela o quanto isto era importante para nós, pais de
crianças superdotadas, pois, a primeira coisa que nos falam ou pensam
(quando não falam, pensam, com certeza.. he he), quando comentamos que os
nossos filhos são superdotados, é que eles não são gênios. Este mesmo
pensamento possuem os professores, diretores e diretores de ensino e eu já ouvi
isto da boca de uma Conselheira do Conselho de Educação.
E.. em relação ao Colégio Objetivo, pode ser que tenham optado por usar a palavra gênio, em uma menção honrosa ao seu fundador (Di Gênio..rs..).
Daí a importância da gente tentar
obter com que a mídia e o público dissocie a imagem do gênio a do superdotado.
Mas, parece que o gênio dá mais ibope, não ? rs
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