Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 7 de outubro de 2012

MAIA-PINTO, Renata Rodrigues. Aceleração de ensino na educação infantil: percepção de alunos superdotados, mães e professores.



Extraído do site : http://repositorio.bce.unb.br/handle/10482/11225?mode=full&submit_simple=Mostrar+item+em+formato+completo


Campo Dublin Core     Valor
dc.contributor.advisor Fleith, Denise de Souza         
dc.contributor.author  Maia-Pinto, Renata Rodrigues       
dc.date.accessioned      2012-09-19T14:38:28Z        
dc.date.available  2012-09-19T14:38:28Z        
dc.date.issued      2012-09-19T14:38:28Z        
dc.date.submitted         2012-06-05
         


dc.identifier.citation     MAIA-PINTO, Renata Rodrigues. Aceleração de ensino na educação infantil: percepção de alunos superdotados, mães e professores. 2012. 153 f., il. Tese (Doutorado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.




dc.identifier.uri   http://hdl.handle.net/10482/11225       



dc.description     Tese (Doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2012.



A aceleração de ensino é uma estratégia educacional que possibilita ao aluno mover-se pelo currículo, em áreas que domina, no seu ritmo, reduzindo seu tempo de permanência na escola e propiciando seu avanço acadêmico.



Ou seja, essa prática busca equiparar o nível e a complexidade do currículo ao conhecimento, interesse, motivação e ritmo de aprendizagem do estudante. É recomendada aos superdotados, especialmente, quando estes se deparam com um ambiente escolar pouco estimulador e desafiador, gerando tédio, irritação e mesmo indisciplina em sala de aula.



Apesar das pesquisas apontarem efeitos benéficos da aceleração de ensino ao aluno com altas habilidades, observa-se uma resistência por parte de pais e educadores à sua implantação.



O objetivo deste estudo foi caracterizar alunos superdotados, do ensino fundamental, que foram submetidos a procedimentos de aceleração de ensino quando frequentavam a educação infantil, do ponto de vista acadêmico, cognitivo e socioemocional, bem como examinar a percepção dos alunos, de suas mães e professores acerca dessa prática.



Participaram da pesquisa 12 estudantes superdotados de escolas públicas que frequentavam as salas de recursos do Atendimento Especializado a Alunos com Altas Habilidades da Secretaria de Educação do Distrito Federal e que foram acelerados quando frequentaram a educação infantil. Integraram, ainda, o estudo, 12 mães, 10 professores de salas de aula regular e 5 professores de salas de recursos.



Foram utilizadas escalas para a investigação das características comportamentais, dos estilos de aprendizagem e do autoconceito dos discentes, bem como entrevistas semiestruturadas com alunos, mães e professores.



Os resultados indicaram que a aceleração de ensino foi uma intervenção educacional bem sucedida para os alunos, não acarretando perdas acadêmicas ou dificuldades socioemocionais.



Os estudantes apresentavam bom rendimento acadêmico nas séries cursadas, inclusive, se destacando entre os melhores de sua turma; apreciavam a escola, gostavam de aprender; eram socialmente engajados, e a maioria tinha muitos amigos.

Segundo mães e professores, eles mostravam habilidades acima da média, particularmente relacionadas à inteligência e ao domínio do conteúdo escolar, linguagem oral avançada, velocidade de pensamento e bom relacionamento com os pares.



Os alunos destacaram seu excelente desempenho acadêmico e habilidades acima da média, descrevendo-se como inteligentes, espertos e estudiosos e demonstrando um autoconceito positivo.



As crianças deste estudo foram aceleradas porque se destacavam dos seus colegas da educação infantil quanto ao domínio do conteúdo escolar e precocidade na leitura e escrita, e em função de dificuldade de interação com seus pares, tendo em vista interesses diferentes entre eles.



Mães e alunos avaliaram positivamente a experiência de aceleração de ensino.



Tanto professores da sala de aula regular quanto da sala de recursos se posicionaram desfavoravelmente em relação à aceleração.



Os argumentos estavam associados a possíveis problemas de adaptação dos alunos acelerados nas séries seguintes devido à imaturidade emocional e à crença de que a aceleração gera dificuldades acadêmicas em anos subsequentes ou em outras áreas de conhecimento.



Contudo, não identificaram tais problemas ao caracterizaram seus alunos acelerados.



Os resultados indicaram ainda que os docentes relacionaram a aceleração de ensino exclusivamente ao avanço de série e que as escolas onde trabalham fornecem pouca orientação sobre como implementá-la.



A aceleração de ensino na educação infantil é considerada por pesquisadores da área como uma “pedra angular” para o bom desempenho acadêmico e socioemocional do aluno superdotado e por isso requer planejamento e acompanhamento.



A legislação educacional brasileira ampara o superdotado, mas, no entanto, traz barreiras à aceleração no primeiro ano do ensino fundamental, não define formas ou critérios para adoção dessa prática, tampouco prevê outras modalidades de aceleração. É importante que o estudante superdotado seja inserido em um ambiente educacional que estimule seu potencial, respeite seu ritmo de aprendizagem e atenda às suas necessidades cognitivas, acadêmicas, sociais e emocionais.


Como apontado nos resultados, a aceleração de ensino é uma alternativa promissora na educação do aluno com altas habilidades.




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