Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Parte 5 - Talentosos e disléxicos... Alunos que a Escola Rejeita : Sinais de dotação que podem ser captados na vida regular da escola :


Parte 5

Talentosos e disléxicos...
 Alunos que a Escola Rejeita...


Zenita C. Guenther , Ph.D.


 


Sinais de dotação que podem ser captados na vida regular da escola :


Domínio da inteligência



a)               indicadores de vivacidade mental :

                   - Interesse, sucesso em atividades extracurriculares

                   - Boa linguagem, crianças verbais e falantes

                   - Curiosidade, interesses amplos e variados

                   - Participação em atividades variadas

                   - Vivacidade, sintonia, são ativos

                   - Perspicácia, observadores
                   - Senso de humor, são levados, engraçados...


 b) indicadores de profundidade de pensamento :

                   - Produção em matemática e ciências

                   - Boa memória, aprende e fixa com facilidade

                   - Amplo acervo de conhecimentos e informações

                   - Persistência e compromisso nas tarefas que escolhe

                   - Independência, autonomia, iniciativa

                   - Segurança e confiança em si

                   - Pensamento analítico global

                   - Capacidade de pensar e tirar conclusões.



Domínio da criatividade


                   - Produção superior em artes visuais

                   - Distração, tédio, desinteresse nas aulas

                   - Senso crítico, com os outros, e consigo próprio

                   - Originalidade, fora dos padrões

                   - Fluência na produção de idéias e ações

                    - Respostas verbais ou não, inesperadas e pertinentes.



A criança disléxica na escola



Vários estudos mostram que o QI médio de crianças com dislexia é rotineiramente mais alto que a população normal, e de acordo com Linda Silverman, em sua pesquisa de mais de duas décadas, há evidência de confiabilidade (ao nível de 80%) para se afirmar que essas crianças:



          - Em pelo menos um terço, apresentam orientação para o pensamento não linear

          - Em pelo menos um terço são fortemente marcadas por preferência viso -espacial

          - Um quinto delas são fortemente áudio – seqüenciais, com preferência linear

           - O restante da população parece apresentar um balanço entre os dois estilos.



 Na escola, dada opção para escolher, esses alunos geralmente gravitam para áreas das artes, design, arquitetura, programação de computadores, animação, gráfica... Ou das ciências físicas, biológicas, agrociências ...



Na visão dos psicólogos, crianças disléxicas são, geralmente otimistas, cheias de energia, interessantes, animadas, fascinadas pelo mundo ao redor, estão prontas a correr riscos sem medos ou receios, são teimosas e focalizadas em seus objetivos, inteira ou parcialmente indiferentes à opinião dos outros. São crianças com bom desempenho em artes, construção, dão-se bem no uso de mapas, quadros, bandeiras, fotos, assim como em mecânica, joalheria, desenho gráfico, treino de animais e cuidados com plantas. Talvez tenham que substituir aritmética linear e álgebra por trigonometria e geometri a... que são conceitos mais úteis às suas inclinações e organização mental. Ao contrário das crianças verbais, com pensamento linear seqüencial, terão mais sucesso em matemática básica, xadrez e informática, do que em linguagem, historia, ou língua estrangeira...



Resumindo, há entre nós conhecimento suficiente, embora ainda não organizado em termos da prática educativa, para abalizar uma mudança no modo de ver, interpretar e educar as crianças disléxicas, ao âmbito de ação da escolaÉ urgente que comecemos a acolher e aceitar os alunos disléxicos, não somente focalizando e acudindo as suas “dificuldades”, mas com um novo olhar para incentivar e desenvolver suas capacidades e potencial para realizações. 
O futuro agradece ...



Bibliografia e Referências

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Combs A., (1980) Some Observations on Self Concept Research and Theory,  Un. of Northern Col.

CLARK, Bárbara (1984) Growing up Gifted, Macmillan Publishing Co. N Y.

Davis, R. e Braun, E. (1997) The Gift of Dyslexia: Why Some of the Smartest People
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Gagné, F., (2008). Debating giftedness: Pronat vs. Antinat. In L. Shavinina (Ed.), Handbook of Giftedness, Chapter 7, Springer.

Gagné, F. (2005). Transforming Gifts into Talents: The DMGT as a Developmental Theory. High Ability Studies, 15, 119-147.

Grandin, T. (1995) Thinking in Pictures. Vintage Press (Division of Random House), New York, NY.

Guenther, Z.C. (2009) Uma Nova Psicologia para a Educação - Educando o Ser Humano, Canal6 Editora, Buaru S. Paulo

Guenther, Z. (2006) Capacidade e Talento- Um Programa para a Escola, EPU, S. Paulo

Kerr, Bárbara, editor, (2009) Encyclopedia of Giftedness, Creativity, and Talent, Sage, NY

Montgomery, D (2003) Gifted and Talented Children with Special Educational Needs London: David Fulton. Westwood, P (2003) Commonsense Methods for Children with Special Educational Needs London: Routledge Falmer.


Purkey,  W.  (1970) Self Concept and School Achievement Englewood Cliffs, N. J.

Rawson, Margaret (1995) Dyslexia Over the Lifespan: A Fifty five Year Longitudinal Study, Educators Publishing Service NY .

Rosenthal, R. e Jacobson, L. (1968) Pygmalion in the Classroom 

Shavinina, L. (2004) Explaining high abilities of Nobel laureates, High Ability Studies, 15(2), 243–54.

Silverman, Linda (2002) Upside-Down Brilliance: The Visual Spatial Learner, De Leon Publis NY

St. Clair, R. N (2006) Visual Metaphors, Visual Thinking and The Organization of Cognitive Space

West, Thomas G. (1997), In the Mind's Eye: Visual Thinkers, Gifted People with Dyslexia and Other Learning Difficulties, Computer Images and the Ironies of Creativity, Prometheus Books NY



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