Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Flexibilizar o espaço, o tempo, os recursos e o conteúdo é o caminho para a aprendizagem das crianças com necessidades especiais entre elas, as crianças superdotadas






INCLUSÃO


Uma escola que ensine a todos



Gostei do texto, mas, acho que a inclusão deve ser feita tanto prá menos, quanto prá mais. Apesar dos superdotados não apresentarem nenhuma deficiência, também têm direito à uma Educação Especial. Também são mencionados na Declaração de Salamanca. Enfim, também têm direito à Inclusão, nos mesmos moldes apresentados pela reportagem abaixo. Confiram :


10/04/2012 15:20 




Foto: Alexandro de Quadros Silva, portador de deficiência visual, em sala de aula na EE Professor Pereira da Costa


 Alexandro de Quadros Silva, portador de deficiência visual, em sala de aula na EE Professor Pereira da Costa




Todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola regular. Isso é um direito. Mas nem sempre foi assim. Ao longo da história da Educação, as escolas trataram as crianças com deficiência como incapazes, necessitando de tratamento médico, não de ensino. Essa perspectiva começou a mudar a partir de 1948, com a Declaração Universal de Direitos Humanos, que garantiu o direito de todos à Educação. Demorou algumas décadas para, a partir dos anos 1990, a visão assistencialista ser deixada de lado e dar lugar ao conceito de inclusão, que ganhou um papel central em documentos internacionais, como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994). 





Por muito tempo, vigoravam no Brasil políticas que segregavam os que tinham necessidades especiais ou condicionavam a participação deles em classes convencionais à capacidade de "acompanhar os alunos ditos normais", como cita a Política Nacional de Educação Especial de 1994. A ideia de que a escola precisava se adaptar às necessidades das crianças ficou clara somente com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, que define : todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola regular. 





Contudo, para que o aluno aprenda, não basta que ele esteja matriculado. É primordial que a escola, as salas de aula e os profissionais que ali trabalham sejam preparados para que o ensino aconteça. "Quando a perspectiva ainda era a da segregação, o foco estava nas dificuldades das crianças. Os professores queriam checar o que elas não sabiam. Hoje se sabe que o primeiro passo é descobrir o que cada um conhece para criar situações de aprendizagem em que todos podem contribuir", explica a psicopedagoga Daniela Alonso, consultora da área de inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. 





Dessa forma, a tendência é o desaparecimento das escolas e turmas especiais. Os profissionais e as instituições especializadas passam assim a dar apoio às escolas regulares, orientando gestores, coordenadores pedagógicos e professores nas adaptações no currículo, na aquisição de recursos didáticos específicos e na busca de parcerias externas. 




Desde que os estudos sobre a psicogênese da língua escrita, como os da pesquisadora argentina Emilia Ferreiro, foram divulgados no Brasil, na década de 1980, há a clareza de que as crianças não aprendem no mesmo ritmo nem da mesma forma. Essa premissa - que vale para qualquer turma - é crucial quando se trabalha com crianças que têm necessidades especiais. O caminho apontado é o da flexibilização. "É preciso elaborar um plano educacional para cada estudante", recomenda Maria Teresa Mantoan, especialista em inclusão e professora da Universidade Estadual de Campinas. Existem vários tipos de flexibilização (e esse é o tema da edição especial Inclusão, de 
NOVA ESCOLA, que já está nas bancas). Ela precisa acontecer na escola em quatro frentes principais :





Determinar períodos maiores para que os estudantes com necessidades especiais realizem tarefas mais complexas, aprendam os conteúdos, entreguem trabalhos e façam provas. Os estudantes com perda auditiva, por exemplo, precisam de mais tempo para se alfabetizar.






Adequar o currículo, o projeto pedagógico e o planejamento das aulas. Com isso, os alunos têm a oportunidade de aprender cada um dentro das suas possibilidades. Alguém com síndrome de Down, por exemplo, talvez não consiga fazer cálculos complexos, mas pode aprender a fazer contas simples.







Adaptar o ambiente para que todos tenham acesso às dependências escolares. Isso inclui, além das mudanças essenciais - como a construção de rampas e a instalação de elevadores - a sinalização de degraus, vãos e obstáculos, a reorganização da sala de aula, a identificação em braile dos materiais para os deficientes visuais e o treinamento dos funcionários para que acompanhem os deficientes físicos na locomoção.






Buscar materiais didáticos e novas estratégias de ensino. O uso de recursos como ilustrações e modelos em 3D facilita não só a aprendizagem dos alunos com deficiência, como da turma toda.






Ao atuar nessas quatro frentes, os gestores tornam a escola melhor para os estudantes com necessidades especiais e para todos que ali estão para aprender. "Pensar nas diferenças implica fazer muitas e variadas intervenções. Os caminhos da inclusão para atender a diversidade costumam sempre beneficiar o coletivo e melhorar a qualidade do ensino", finaliza Daniela Alonso.





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