Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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terça-feira, 10 de abril de 2012

Nota de Falecimento descrevendo um indivíduo superdotado







 
Vi esta nota no caderno de óbitos do Jornal “A Folha de SP” (eu tenho este costume, de, de vez em quando ler a seção de óbito.. he he) e encontrei esta Nota de Falecimento muito simpática. Não conheci este senhor, mas, pela descrição da nota, ele possui todas as características de um indivíduo que viveu como superdotado. Com boa formação, criativo e envolvido em sua área de interesse e de habilidade, notei uma personalidade superdotada neste senhor que morreu hoje, mas, que me simpatizei pela sua Nota de Falecimento.


Jornal “ A Folha de SP” de 10/04/2.012


William Raduan Ansarah (1935-2012) - Engenheiro e doutor Pardal nas horas vagas



ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO



Um dos passatempos de William Raduan Ansarah era inventar, tanto que ganhou de familiares e amigos o apelido de doutor Pardal. Patenteou muitas de suas criações.



A família se lembra de algumas delas : um acendedor automático de fogão, um contador de pulso de telefone e um sistema de escrita musical que substituía a tradicional partitura. Era inteligente e muito curioso, contam.



Seu pai, imigrante libanês, fundou em São Paulo, na rua 25 de Março, o depósito de meias Ansarah. No negócio, que já está nas mãos da terceira geração da família, William não se envolveu. Sempre quis ser engenheiro.



Sua formação foi na Poli-USPem engenharia civil e eletromecânica. Por muito tempo, trabalhou na IBM, onde entrou na década de 60.



Ficou na empresa de computadores por dez anos, conta Marília, sua primeira mulher, com quem teve dois filhos: uma engenheira de alimentos e um engenheiro civil.



Depois, atuou no ramo do comércio - foi sócio num empresa de peças para carros.



Além da facilidade para resolver cálculos e da criatividade na hora de bolar suas invenções, tinha dom para trabalhos manuais e música.



Com o canivete, fazia em madeira barquinhos à vela e porta-guardanapos, entre outras peças. Também pintava.



Como músico, tocava violão, piano e chegou a integrar uma orquestra de gaita.



Havia abandonado o cigarro, mas, devido aos seus longos anos como fumante, lutava contra um enfisema.



Morreu na segunda (2), aos 76 anos, de problemas pulmonares. Estava no segundo casamento, com Ophélia.




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