Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Dicas para o professor trabalhar com o aluno que tem TDAH em sala de aula











Apesar deste assunto do TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade) não ser do meu domínio, como é um assunto que me interessa e que, vira e mexe, esbarra na questão da superdotação, ora por ter os seus sintomas confundidos com os da superdotação, ora pelo fato da criança superdotada apresentar a dupla excepcionalidade, aonde estão presentes tanto a TDAH quanto a superdotação e, também, porque estou sendo procurada, por clientes, que tiveram os direitos de uma educação especial violados em seus filhos que apresentam TDAH, acabei pesquisando, um pouco sobre este assunto e encontrei um artigo que achei interessante de ser postado.



Os efeitos positivos da inclusão só aparecem quando o professor :


a) percebe discrepâncias entre o que ele quer fazer e o que permitem os atuais limites, relacionamentos e estruturas ;


b) adapta esses limites, relacionamentos e estruturas para possibilitar os próximos passos para a inclusão;


c) há um maior conhecimento da realidade existente na escola, no que tange à inclusão escolar de crianças com necessidades especiais;


d) ocorre a abertura de um espaço canalizador das angústias e dificuldades sentidas pelos docentes, na busca de alternativas para a solução das questões evidenciadas no cotidiano escolar;


e) ocorrem mudanças atitudinais por meio de um olhar diferenciado para o aluno, que deixa de ser percebido como doente para ser olhado como um  indivíduo capaz de aprender;


f) desenvolve-se um maior aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos necessários para atuar frente à diversidade do alunado



Reavaliação do manejo nos problemas de comportamento da criança TDA/H.



É importante que o professor busque algumas sinalizações que normalmente deflagram comportamentos inadequados. Eis algumas delas :


a)               aluno, que deixa de ser percebido como doente para ser olhado como um indivíduo capaz de aprender;


b)      desenvolve-se um maior aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos necessários para atuar frente à diversidade do alunado.


• Qual o nível de atividade que a criança suporta? – é importante perceber o momento em que a criança necessita sair de sala, beber água, ou alguma outra atividade que diminua o estado de tensão acumulado.



• Com que facilidade se distrai ? – a criança que passa rapidamente de uma atividade a outra certamente estará perdendo algum conteúdo solicitado pela professora. É melhor que a tarefa seja segmentada em partes menores, a fim de garantir o término da atividade.



• Qual a intensidade nas emoções ? – existem crianças que protestam diante de novas experiências por medo de não conseguir realizá-las corretamente.



É importante que o professor verifique se entendeu a solicitação da tarefa correspondente.



• Quão persistente ou teimosa é quando quer algo ? – não adianta bater de frente com a criança nesse momento – é importante dar um tempo para o “esfriamento” da irritação, de forma que a criança possa se reorganizar e mudar sua estratégia de ação.



• Qual o seu limiar sensorial ? – existem crianças com uma hipersensibilidade inata ao tato, odores, luz ou ruídos.  Quando chegam a seu limiar, normalmente se descontrolam e tornam-se mais agitadas. É necessário tentar diminuir esses estímulos.




• Qual o humor básico? –  existem crianças que se mostram mais deprimidas, com pouca autoconfiança e baixa auto-estima.




• Qual o nível de agressividade? – normalmente, a criança envolve-se em brigas pela incapacidade de controlar seus impulsos. É importante que o professor verifique a série de incidentes que costumam culminar em brigas.




Isto o ajudará a encontrar uma solução. Importante é ser prático e imparcial, combinando previamente normas de boa convivência.



Dicas gerais para o professor :


• Tente descobrir, no seu aluno, qual o sistema sensorial mais desenvolvido.


• Use estratégias educacionais mais flexíveis.


• Dê retorno constante do seu desempenho – automonitoração.


• Utilize regras de funcionamento em sala, que devem ser claras e objetivas.


• Utilize estratégias de motivação.


• Use recursos facilitadores.


• Avalie mais pela qualidade do que pela quantidade.


• Utilize estratégias de ensino participativo.


• Não use textos longos.


• Divida tarefas.


• Reduza os testes cronometrados.


• Ensine seu aluno a esquematizar as informações.


• Estimule a leitura em voz alta.


• Procure inseri-lo em turma pequena.


• Convide-o para ser o monitor da turma.


• Verifique se ele entendeu as ordens antes de iniciar a próxima atividade.


• Combine tarefas de grande interesse com tarefas de baixo interesse.


• Faça seu aluno utilizar o comportamento auto-instrutivo durante o trabalho.


• Administre seu nível de estresse e frustração. 


• Permita que os alunos falem e não se limitem a ouvir.


• Mantenha as promessas.


• Diga o que você pretende. Seja transparente.


• É essencial prestar atenção às emoções envolvidas no processo de aprendizagem.


• Propicie uma espécie de válvula de escape como, por exemplo, sair da sala de aula por alguns instantes .


• Sente a criança perto de você. Olhe-a sempre nos olhos.


BIBLIOGRAFIA

BARKLEY, R. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: guia completo para pais, professores e
profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2002.
BROWN, R. et al. Prevalence and Assessment of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder  in Primary
Care Settings. Pediatrics, v.107, n. 2, p. e43, 2001.

DSM-IV-TR TM


– Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Claudia  Dornelles; 4 aed. rev – Porto Alegre: Artmed, 2002.
THOMPSON, R. A ação terapêutica da psicomotricidade na criança com TDA/H. In: FERREIRA, C. ;

THOMPSON, R. e MOUSINHO, R. (Org.). Psicomotricidade Clínica. São Paulo: Lovise, p. 95-107, 2002.

THOMPSON, R. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem  In psicomotricidade: da Educação infantil à gerontologia. São Paulo: Lovise, 2000.

VYGOTSKY, L.  A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988


Um comentário:

  1. Tão pouco se divulga sobre este tema.. De como o professor deve lidar com este tipo de aluno. A mídia sempre chama a atenção para o uso ou não uso dos remédios controladores da TDAH, mas, uma vez que a criança apresenta este transtorno, como ajudá-la em sala de aula ??? Isto tudo começou, porque fui procurada por um pai, cuja filha acabou de ser diagnosticada como tendo Déficit de Atenção, mas, tardiamente, já que a escola não ofereceu o atendimento educacional adequado e a menina repetiu de ano.. muito triste...

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