Os
efeitos positivos da inclusão só aparecem quando o professor :
a) percebe discrepâncias
entre o que ele quer fazer e o que permitem os atuais limites, relacionamentos
e estruturas ;
b) adapta esses
limites, relacionamentos e estruturas para possibilitar os próximos passos para
a inclusão;
c) há um maior
conhecimento da realidade existente na escola, no que tange à inclusão escolar
de crianças com necessidades especiais;
d) ocorre a
abertura de um espaço canalizador das angústias e dificuldades sentidas pelos
docentes, na busca de alternativas para a solução das questões evidenciadas no
cotidiano escolar;
e) ocorrem
mudanças atitudinais por meio de um olhar diferenciado para o aluno, que deixa
de ser percebido como doente para ser olhado como um indivíduo capaz de aprender;
f) desenvolve-se um
maior aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos necessários para
atuar frente à diversidade do alunado
Reavaliação do
manejo nos problemas de comportamento da criança TDA/H.
É
importante que o professor busque algumas sinalizações que normalmente
deflagram comportamentos inadequados. Eis algumas delas :
a)
aluno, que deixa de ser percebido como doente para ser
olhado como um indivíduo capaz de aprender;
b) desenvolve-se um maior aprofundamento dos
conhecimentos teóricos e práticos necessários para atuar frente à diversidade
do alunado.
• Qual o nível de
atividade que a criança suporta? – é importante perceber o momento em que a
criança necessita sair de sala, beber água, ou alguma outra atividade que
diminua o estado de tensão acumulado.
• Com que
facilidade se distrai ? – a criança que passa rapidamente de uma atividade a
outra certamente estará perdendo algum conteúdo solicitado pela professora. É
melhor que a tarefa seja segmentada em partes menores, a fim de garantir o
término da atividade.
• Qual a
intensidade nas emoções ? – existem crianças que protestam diante de novas
experiências por medo de não conseguir realizá-las corretamente.
É importante que o
professor verifique se entendeu a solicitação da tarefa correspondente.
• Quão persistente
ou teimosa é quando quer algo ? – não adianta bater de frente com a criança
nesse momento – é importante dar um tempo para o “esfriamento” da irritação, de
forma que a criança possa se reorganizar e mudar sua estratégia de ação.
• Qual o seu limiar
sensorial ? – existem crianças com uma hipersensibilidade inata ao tato,
odores, luz ou ruídos. Quando chegam a
seu limiar, normalmente se descontrolam e tornam-se mais agitadas. É necessário
tentar diminuir esses estímulos.
• Qual o humor
básico? – existem crianças que se
mostram mais deprimidas, com pouca autoconfiança e baixa auto-estima.
• Qual o nível de
agressividade? – normalmente, a criança envolve-se em brigas pela
incapacidade de controlar seus impulsos. É importante que o professor verifique
a série de incidentes que costumam culminar em brigas.
Isto o ajudará a
encontrar uma solução. Importante é ser prático e imparcial, combinando previamente
normas de boa convivência.
Dicas gerais para o
professor :
• Tente descobrir,
no seu aluno, qual o sistema sensorial mais desenvolvido.
• Use estratégias
educacionais mais flexíveis.
• Dê retorno
constante do seu desempenho – automonitoração.
• Utilize regras de
funcionamento em sala, que devem ser claras e objetivas.
• Utilize estratégias
de motivação.
• Use recursos
facilitadores.
• Avalie mais pela
qualidade do que pela quantidade.
• Utilize
estratégias de ensino participativo.
• Não use textos
longos.
• Divida tarefas.
• Reduza os testes
cronometrados.
• Ensine seu aluno
a esquematizar as informações.
• Estimule a
leitura em voz alta.
• Procure inseri-lo
em turma pequena.
• Convide-o para
ser o monitor da turma.
• Verifique se ele
entendeu as ordens antes de iniciar a próxima atividade.
• Combine tarefas
de grande interesse com tarefas de baixo interesse.
• Faça seu aluno
utilizar o comportamento auto-instrutivo durante o trabalho.
• Administre seu
nível de estresse e frustração.
• Permita que os
alunos falem e não se limitem a ouvir.
• Mantenha as
promessas.
• Diga o que você
pretende. Seja transparente.
• É essencial
prestar atenção às emoções envolvidas no processo de aprendizagem.
• Propicie uma
espécie de válvula de escape como, por exemplo, sair da sala de aula por alguns
instantes .
• Sente a criança
perto de você. Olhe-a sempre nos olhos.
BIBLIOGRAFIA
BARKLEY, R.
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: guia completo para pais,
professores e
profissionais da
saúde. Porto Alegre: Artmed, 2002.
BROWN, R. et al. Prevalence and Assessment of
Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder
in Primary
Care Settings. Pediatrics, v.107, n. 2, p. e43,
2001.
DSM-IV-TR TM
– Manual
diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Claudia Dornelles; 4 aed. rev – Porto Alegre: Artmed,
2002.
THOMPSON, R. A ação
terapêutica da psicomotricidade na criança com TDA/H. In: FERREIRA, C. ;
THOMPSON, R. e
MOUSINHO, R. (Org.). Psicomotricidade Clínica. São Paulo: Lovise, p. 95-107,
2002.
THOMPSON, R.
Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem
In psicomotricidade: da Educação infantil à gerontologia. São Paulo:
Lovise, 2000.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo:
Martins Fontes, 1988
Tão pouco se divulga sobre este tema.. De como o professor deve lidar com este tipo de aluno. A mídia sempre chama a atenção para o uso ou não uso dos remédios controladores da TDAH, mas, uma vez que a criança apresenta este transtorno, como ajudá-la em sala de aula ??? Isto tudo começou, porque fui procurada por um pai, cuja filha acabou de ser diagnosticada como tendo Déficit de Atenção, mas, tardiamente, já que a escola não ofereceu o atendimento educacional adequado e a menina repetiu de ano.. muito triste...
ResponderExcluir