Unidade do Objetivo é voltada para alunos inteligentes. Veja como ficou o ranking de escolas com a mudança
Com apenas um ano de atividade e 130 alunos, o Colégio Integrado Objetivo assumiu o segundo lugar no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A posição só foi conquistada na última sexta-feira, após uma decisão judicial determinar o cálculo das médias dos 43 estudantes do colégio que prestaram o exame.
A explicação para uma escola nova e com poucos alunos figurar entre as melhores do Brasil está justamente em seus estudantes. O Colégio Integrado Objetivo foi criado para alunos superinteligentes, medalhistas de olimpíadas do conhecimento e até considerados superdotados. Os professores e diretores selecionaram estudantes da rede do Objetivo com este perfil para ingressar na nova escola (financiada inclusive por outra mantenedora).
“Percebemos que nossos alunos medalhistas – temos mais de 2.200 medalhas em olimpíadas – tinham tendência a se dedicar somente a interesses específicos. Eles não iam tão bem nas avaliações e simulados por se dedicarem a uma parte do conhecimento que não caia no exame. Então montamos um colégio de tempo integral para estes alunos colocarem a matéria em dia”, explica João Carlos Di Gênio, reitor da Universidade Paulista (Unip) e um dos diretores do Colégio Integrado Objetivo.
Na nova escola do Objetivo, os alunos estudam em tempo integral, das 7h às 19h. Apesar da carga horária maior, a mensalidade cobrada é a mesma das unidades comuns do Objetivo, cerca de R$ 1.600. A ideia gerou polêmica e o colégio foi acusado de ter sido criado apenas para ser bem rankiado no Enem. Às acusações, Di Gênio responde que os rankings são criados pela mídia: “Acho que nem deveria existir o ranking do Enem, porque ele é muito superficial. Bons são os alunos, não as escolas”.
Silvia Colello, doutora e especialista em psicologia da educação, vê problemas na separação de alunos por desempenho, tanto para os considerados inteligentes como para os alunos comuns. “Se o mundo não é assim, a escola não deveria ser desta forma. A separação cria uma falsa ideia de excelência para alguns e uma imagem de fracasso para outros que tem efeitos na auto-estima”, afirma.
Professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Silvia diz que esta prática de ensino prioriza a aquisição de conteúdo e os bons resultados em avaliações e vestibulares e é preocupante do ponto de vista social. “Mais do que português, matemática e ciência, a escola deve ensinar respeito, diversidade e valores. Conviver com a sociedade, com as diferenças, é uma aprendizagem. O aluno que passa por essas situações na escola estará muito mais preparado para a vida”, enfatiza.
Redação contestada
Ainda há a possibilidade do Colégio Integrado Objetivo assumir o primeiro lugar do ranking do Enem, pois a nota da redação de uma de suas alunas está sendo contestada. Como menos de um ponto separam o do Colégio Vértice, atual líder, se a nota for aumentada, a configuração do ranking pode mudar novamente.
De acordo com Di Gênio, a autora da redação recebeu nota 3,75 no Enem, o que não confere com o seu perfil. “Esta aluna foi aprovada na FGV (Fundação Getúlio Vargas de São Paulo), na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na USP. Atualmente ela cursa São Francisco (Faculdade de Direito da USP). Nunca teve nota abaixo de 8. Se for revisada a nota, nós passaremos para o primeiro lugar”, afirma o diretor do colégio.
Com apenas um ano de atividade e 130 alunos, o Colégio Integrado Objetivo assumiu o segundo lugar no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A posição só foi conquistada na última sexta-feira, após uma decisão judicial determinar o cálculo das médias dos 43 estudantes do colégio que prestaram o exame.
A explicação para uma escola nova e com poucos alunos figurar entre as melhores do Brasil está justamente em seus estudantes. O Colégio Integrado Objetivo foi criado para alunos superinteligentes, medalhistas de olimpíadas do conhecimento e até considerados superdotados. Os professores e diretores selecionaram estudantes da rede do Objetivo com este perfil para ingressar na nova escola (financiada inclusive por outra mantenedora).
“Percebemos que nossos alunos medalhistas – temos mais de 2.200 medalhas em olimpíadas – tinham tendência a se dedicar somente a interesses específicos. Eles não iam tão bem nas avaliações e simulados por se dedicarem a uma parte do conhecimento que não caia no exame. Então montamos um colégio de tempo integral para estes alunos colocarem a matéria em dia”, explica João Carlos Di Gênio, reitor da Universidade Paulista (Unip) e um dos diretores do Colégio Integrado Objetivo.
Na nova escola do Objetivo, os alunos estudam em tempo integral, das 7h às 19h. Apesar da carga horária maior, a mensalidade cobrada é a mesma das unidades comuns do Objetivo, cerca de R$ 1.600. A ideia gerou polêmica e o colégio foi acusado de ter sido criado apenas para ser bem rankiado no Enem. Às acusações, Di Gênio responde que os rankings são criados pela mídia: “Acho que nem deveria existir o ranking do Enem, porque ele é muito superficial. Bons são os alunos, não as escolas”.
Silvia Colello, doutora e especialista em psicologia da educação, vê problemas na separação de alunos por desempenho, tanto para os considerados inteligentes como para os alunos comuns. “Se o mundo não é assim, a escola não deveria ser desta forma. A separação cria uma falsa ideia de excelência para alguns e uma imagem de fracasso para outros que tem efeitos na auto-estima”, afirma.
Professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Silvia diz que esta prática de ensino prioriza a aquisição de conteúdo e os bons resultados em avaliações e vestibulares e é preocupante do ponto de vista social. “Mais do que português, matemática e ciência, a escola deve ensinar respeito, diversidade e valores. Conviver com a sociedade, com as diferenças, é uma aprendizagem. O aluno que passa por essas situações na escola estará muito mais preparado para a vida”, enfatiza.
Redação contestada
Ainda há a possibilidade do Colégio Integrado Objetivo assumir o primeiro lugar do ranking do Enem, pois a nota da redação de uma de suas alunas está sendo contestada. Como menos de um ponto separam o do Colégio Vértice, atual líder, se a nota for aumentada, a configuração do ranking pode mudar novamente.
De acordo com Di Gênio, a autora da redação recebeu nota 3,75 no Enem, o que não confere com o seu perfil. “Esta aluna foi aprovada na FGV (Fundação Getúlio Vargas de São Paulo), na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na USP. Atualmente ela cursa São Francisco (Faculdade de Direito da USP). Nunca teve nota abaixo de 8. Se for revisada a nota, nós passaremos para o primeiro lugar”, afirma o diretor do colégio.
Que hipocrisia dizer que a vida não separa as pessoas de alto desempenho...
ResponderExcluirAcho que ela quis se referir mais no ambito social do que no profissional... Nem sempre podemos escolher com quem vamos nos relacionar socialmente, por ex., os amigos de nossos conjuges, os pais dos amigos de nossos filhos, nossos parentes, as pessoas que frequentam o mesmo clube que nos frequentamos, etc... Por outro lado, profissionalmente, vai acabar havendo uma separacao que premiara os mais talentosos. Mas, mesmo assim, eles terao que conviver, no trabalho, tambem com os menos talentosos... acho que foi mais ou menos isto que ela quis dizer...
ResponderExcluir130 alunos na escola inteira? Pelo o que eu vi, a quantidade de alunos do Objetivo que fizeram a prova do enem estava em 7 alunos dos 44 que faziam lá o seu ensino médio. Enquanto o Instituto Dom Barreto, que não leva em consideração superdotados ou não, teve 131 alunos na prova do Enem! O objetivo prefere qualidade a quantidade? Seria mais justo fazer de uma quantidade, a qualidade. O Vértice também teve um baixo índice de alunos, 37 alunos dos 62 que lá estudavam fizeram o Enem. Com tanta diferença entre a quantidade de alunos é justo Vértice e Objetivo obterem o primeiro lugar? Acho que não.
ResponderExcluir