https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/bom-jesus/guia-dos-pais/noticia/veja-se-o-seu-filho-tem-altas-habilidades.ghtml
As
crianças com as chamadas altas habilidades geralmente manifestam diferenças no
desenvolvimento ainda em idade pré-escolar. No entanto, nem sempre as
características manifestadas nessa fase permanecem quando a criança cresce.
Então, como saber se existe mesmo algo diferente e que merece um
acompanhamento? De acordo com Mônica Munhoz da Rocha, gestora do Bom Jesus –
Modalidade de Educação Especial, as crianças com superdotação
podem demonstrar maior facilidade nas áreas da linguagem, na socialização ou
desempenho escolar superior. Existem outros sinais:
1.
Vocabulário superior ao esperado
para a idade.
2.
Nível de leitura acima da média do
grupo.
3.
Observação acurada.
4.
Raciocínio incomum.
5.
Disposição de liderança.
6.
Relacionamento aberto e receptivo.
7.
Sensibilidade aos sentimentos dos
outros.
8.
Atenção prolongada e centrada nos
assuntos de seu interesse.
9.
Grande curiosidade a respeito de
objetos, situações ou eventos.
10. Tendência a começar sozinha as
atividades e a dar prosseguimento nos interesses individuais.
11. Originalidade de expressão oral e
escrita, com constantes respostas diferentes, individuais e não estereotipadas.
12.
Talento incomum para expressão em
artes, como teatro, música, desenho, dança.
13. Habilidade para apresentar
alternativas, respostas e soluções para problemas difíceis ou complexos.
14.
Facilidade de decisão.
15.
Gosto por correr risco em várias
atividades.
16. Habilidade de encontrar relações
entre fatos, informações ou conceitos aparentemente não relacionados.
17.
Aborrecimento fácil com a rotina.
18.
Espírito crítico, capacidade de
análise e síntese.
19.
Desinteresse por regulamentos e
normas.
20.
Gosto pela investigação e pela
proposição de muitas perguntas.
De
acordo com a gestora, apesar de ser possível identificar as altas habilidades, é importante não generalizar. “As
crianças são diferentes, únicas. Por esse motivo, nem sempre apresentam todas
as características apontadas nos superdotados. Alguns podem ter desempenho
significativo em algumas áreas, na média ou inferior em outras, dependendo do
tipo de altas habilidades”, conta Mônica.
A
maioria dos pais percebe as altas habilidades antes que a criança complete
cinco anos. O ideal é procurar um psicólogo experiente no assunto, que poderá
fazer testes psicométricos e uma avaliação neuropsicológica para identificar se
as potencialidades estão realmente acima da média de outras crianças. O
profissional deve fazer, também, escalas de características, questionários,
observação do comportamento, sondagens do rendimento e desempenho escolar,
entrevistas com familiares e professores.
Para lidar com
uma criança superdotada em casa, os pais devem ajudar no desenvolvimento
psicológico saudável e proporcionar um ambiente que estimule continuamente as
capacidades intelectuais da criança. Aos pais cabe, também, aceitar falhas e
ajudar a criança a enfrentar dificuldades de qualquer ordem. Isso significa
evitar a supervalorização e as expectativas quanto ao desempenho da criança,
pois ela, normalmente, já é muito exigente.
Já na escola,
os educadores precisam estimular a construção do conhecimento por meio de
aprendizado voltado para a ampliação de conceito, que valoriza a
responsabilidade, o espírito de equipe, a ética, o respeito, a cidadania e
práticas educativas que desenvolvam a curiosidade, a capacidade criadora, a
socialização e o raciocínio lógico. “É primordial que o aluno com altas
habilidades/superdotação se desenvolva em seu próprio ritmo, aproveitando ao
máximo suas potencialidades e competências; que seja estimulado a construir
novos conhecimentos, ao mesmo tempo em que conviva com parceiros da mesma faixa
etária. Propor conteúdos que desafiem a aprendizagem a fim de mantê-lo
motivado”, completa Mônica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário