Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Superdotação gera direito a terapias? O que a lei permite e o que ela não autoriza.


Muitas famílias acreditam que a superdotação, por si só, garante acesso a terapias custeadas por planos de saúde ou decisões judiciais.
Mas isso não é o que a legislação prevê.


O ponto central da questão
📌 Superdotação não é doença.
📌 Não é transtorno.
📌 Não possui CID (Classificação Internacional de Doenças).

Sem CID, não há fundamento legal para exigir terapias como tratamento de saúde exclusivamente com base na superdotação.


O que o Judiciário tem entendido
Quando a ação judicial é baseada somente na superdotação, a tendência é o indeferimento do pedido.
Isso porque o direito à terapia está vinculado a condições de saúde reconhecidas, como:

  • Transtorno do Espectro Autista (TEA)

  • Deficiências (PCD)

  • Outros transtornos com CID específico


Então, superdotados não têm direitos?
❌ Isso é um mito.
✔️ Superdotados têm direitos, mas em outra esfera.

Eles têm direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), no âmbito educacional, e não terapêutico.


Direitos garantidos aos alunos superdotados
Na educação, o aluno com altas habilidades/superdotação tem direito a:

  • Identificação adequada

  • Atendimento Educacional Especializado

  • Enriquecimento curricular

  • Aceleração de estudos, quando indicada

  • Inclusão escolar com estratégias pedagógicas específicas

Tudo isso previsto na LDB e nas políticas de educação especial.


Quando as terapias podem existir
Se o aluno superdotado também possui:

  • TEA

  • Deficiência

  • Outro transtorno com diagnóstico médico

➡️ As terapias devem ser fundamentadas no CID correspondente, e não na superdotação.

É o laudo médico que define a base legal para o direito às terapias.


Um erro comum que prejudica famílias
Generalizar tudo como superdotação pode:
⚠️ Fragilizar ações judiciais;
⚠️ Levar à negativa de direitos reais;
⚠️ Criar expectativas jurídicas que a lei não sustenta.

Cada condição exige fundamento técnico e legal próprio.



Superdotação gera direitos educacionais, não terapêuticos.
Terapias são garantidas quando há transtorno ou deficiência reconhecidos legalmente.

Misturar esses conceitos enfraquece a proteção jurídica da criança.



📚 Informação correta protege direitos.
⚖️ Direito educacional exige técnica, não achismo.

Siga este perfil para compreender, com clareza jurídica, os direitos de alunos com superdotação, TEA e deficiência, e saber como agir corretamente diante da escola, do plano de saúde e do Judiciário.


 

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