Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

A Importância da Reavaliação de Crianças com Altas Habilidades/Superdotação Após os 6 Anos: Reflexões e Orientações


A Importância da Reavaliação de Crianças com Altas Habilidades/Superdotação Após os 6 Anos: Reflexões e Orientações

Como já disse, anteriormente, em meus posts, é possível realizar a identificação do perfil cognitivo e constatar a presença de fortes indicadores de Altas Habilidades/Superdotação, em crianças menores de 6 anos.

Também expliquei nos meus posts, que esta avaliação neuropsicológica poderá ser feita, a partir dos 2 anos e meio e indiquei os testes (no qual se destaca o SON R) e demais instrumentos utilizados para esta identificação (nesta faixa etária de 2 anos e meio aos 6 anos).

Embora a identificação do perfil cognitivo de altas habilidades/superdotação ou a presença de fortes indicadores de Altas Habilidades/Superdotação, antes dos 6 anos seja um parâmetro significante, a reavaliação após essa idade é importante para confirmar esta hipótese diagnóstica e ajustar o suporte necessário (educacional ou de terapias necessárias) à criança de forma mais eficaz e personalizada.

A reavaliação de crianças identificadas com altas habilidades/superdotação após os 6 anos é respaldada por diversos estudos acadêmicos que destacam a importância de um acompanhamento contínuo e criterioso dela.

Um estudo de caso publicado na revista “Psicologia Escolar e Educacional” descreve a reavaliação de um estudante com altas habilidades/superdotação após um ano e três meses da avaliação inicial, utilizando os mesmos instrumentos durante sessões estruturadas. Essa prática permitiu um acompanhamento preciso do desenvolvimento do estudante e a adequação das intervenções educacionais às suas necessidades específicas (Bergamin et al, em Estudos e Pesquisas em Psicologia.
Versão On-line ISSN 1808-4281. Estud. pesqui. psicol. vol.22 no.1 Rio de Janeiro jan./abr. 2022 Epub 17-Maio-2024. https://doi.org/10.12957/epp.2022.66497. Psicologia do Desenvolvimento. Avaliação de Estudante com Altas Habilidades/Superdotação Pré e Pós-Oferta de Enriquecimento Curricular).

Além disso, uma revisão sistemática publicada na "Revista Brasileira de Educação Especial" analisou 29 artigos sobre as características de crianças com altas habilidades/superdotação. Os resultados confirmam o caráter heterogêneo dessas habilidades e a importância de processos de identificação e avaliação contínuos para atender às necessidades educacionais desses alunos (SANTOS, DA COSTA, BIANCHI e Sant’Anna. Revisão de Literatura • Rev. bras. educ. espec. 28 • 2022 . Características de crianças com Altas Habilidades/Superdotação: uma revisão sistemática.

Esses estudos reforçam a necessidade de reavaliações periódicas para monitorar o desenvolvimento de crianças que foram identificadas com perfil cognitivo de altas habilidades/superdotação antes dos 6 anos ou que foram identificadas com AHSD, após os 6 anos, garantindo que as estratégias educacionais especiais sejam continuamente ajustadas para promover seu pleno potencial e verificar a necessidade de um eventual acompanhamento terapêutico ou até mesmo o fechamento de um diagnóstico o de Dupla Excepcionalidade, que não foi possível de ser diagnosticada, antes dessa fase.

Contudo, costumo orientar os pais que me procuram com esta dúvida, o meu entendimento é que, ainda que a literatura científica aponte sobre a importância da reavaliação de crianças identificadas com este perfil cognitivo de altas habilidades ou superdotação, após os 6 anos, pelos motivos acima expostos, eu entendo que, se o aluno, que foi avaliado, antes desta idade, e teve identificado o seu perfil cognitivo de altas habilidades/superdotação ou a presença de fortes indicadores dela estiver sendo bem atendidas em suas necessidades educacionais especiais e estiver sem queixas e problemas comportamentais, sociais ou de outra ordem, não vejo necessidade do aluno ser reavaliado. Mas, se houver queixas, prejuízos e dificuldades, uma nova avaliação neuropsicológica se faz necessária.

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Claudia Hakim

OAB/SP 130.783

Advogada Especialista em Direito Educacional (USP)

Pós-Graduada e especialista em Neurociências e Psicologia Aplicada

Sócia Fundadora do Instituto Brasileiro de Superdotação e Dupla Excepcionalidade

**Contato: **claudiahakim@uol.com.br

Insta: @‌claudia_hakim

YouTube: Claudia Hakim  - Superdotação e Direito Educacional

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